Pronunciamentos

DEPUTADO ALENCAR DA SILVEIRA JR. (PDT)

Questão de Ordem

Critica a situação das polícias Civil e Militar do Estado por ocasião do ataque de criminosos armados ao quartel da Polícia Militar de Minas Gerais - PMMG - no Município de Guaxupé, em 8 de abril de 2025.
Reunião 19ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 10/04/2025
Página 51, Coluna 1
Indexação

19ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 8/4/2025

Palavras do deputado Alencar da Silveira Jr.

O deputado Alencar da Silveira Jr. – Muito Obrigado, presidente. Eu vou lembrar a V. Exa. que hoje estamos acompanhando pela imprensa o cangaço chegando em Minas Gerais com o ataque em Guaxupé. Agora eu fico me perguntando, Sr. Presidente… Nós que tivemos a condição de colocar a emenda impositiva para a Polícia Militar, armamento, colete à prova de balas temos que lembrar que a segurança para o pessoal da Polícia Militar tem que existir. Quando a gente vê o que aconteceu hoje, um bando chegando até Guaxupé e enchendo o quartel de tiro… V. Exa. conhece de segurança, porque já trabalhou e vive a segurança aqui, no Parlamento. A gente vê a Polícia Militar recebendo bala e, na hora em que tira a arma, tira um revólver 38, Sr. Presidente, enquanto os outros só faltavam dar bala de canhão. Não entendo muito, não, mas a gente estava vendo pela televisão as balas, o fusível de um nome que eu nem sei, um armamento todo pesado. Como você, que escuta agora a TV Assembleia, TV essa que nós criamos, quer que a Polícia Militar reaja, se nem equipamento e se nem arma de segurança ela tem, Sr. Presidente? V. Exa. entende, por isso que constantemente eu vejo os seus pronunciamentos pedindo maior segurança em Minas Gerais, pedindo segurança para a Polícia Militar e para a Polícia Civil, com a bancada que defende a segurança no nosso Parlamento. Por que o governo de Minas não faz nada? Agora eu vou lembrar a V. Exa. que antigamente, quando houve isso no passado, a Polícia Militar e a Polícia Civil uniam-se e acabavam, de cara, com o que a gente via. O que está faltando para a Polícia Militar e para a Polícia Civil? Armamento? Mais condição? A gente via aqui, na Casa, o pessoal pedindo “Coitadinho deles, coitadinho daquele bandido e tudo mais”, agora a gente vê o que realmente foi plantado no passado, com o que está acontecendo hoje. A gente vê, no Parlamento: “É esquerda? É direita?”. A gente tem que centrar e pedir para a esquerda e para a direita para se preocupar com a segurança do povo mineiro. Nós temos um estado muito grande, e isso aconteceu no Sul de Minas, onde há um poder aquisitivo maior, onde há uma cultura melhor. Agora vai começar a acontecer em todas as cidades. Ou a Polícia Militar vai fazer uma força-tarefa… Se eu sou secretário de segurança pública, eu falo o seguinte: “Resolve, busca e faz. Pega com o pessoal de São Paulo e apura, custe o que custar”. Ou o secretário ou a secretária vai falar com o chefe da Polícia Militar, pedir providências, ou então a segurança da população mineira, no interior, como há muito não acontecia… No passado, no tempo de João Reis – V. Exa. se lembra de Gunga, de Toninho Pipoco, dentro da Polícia Civil, de Cachimbinho – o pessoal não passava nem perto de Minas Gerais. Naquela época, havia uma polícia presente, uma polícia ferrenha. Quando a Polícia Militar chegava, a Polícia Civil tinha nomes que eu quero aqui registrar, mais uma vez: João Reis, Cachimbinho, Romeu Rocha. A Polícia Militar era melhor; a Polícia Civil era melhor e tinha mais condição, deputado Arlen. V. Exa. viveu isso aqui. Era uma polícia que dava resultado, porque buscava. Agora, sem armamento, sem condição de trabalho, fica ruim. Espero que o governo de Minas apure o que aconteceu, porque, daqui a pouquinho, isso vai chegar em outras cidades. “Vamos ali, em Minas Gerais, lá o guardinha tem um 38, lá o guardinha não tem nem condição, lá o carro não consegue nem andar porque está todo despedaçado. Quem banca gasolina lá é o prefeito”. Ou daremos condição a esse pessoal ou teremos mais outras cidades. Obrigado, Sr. Presidente.