Pronunciamentos

DEPUTADO ANTONIO CARLOS ARANTES (PL)

Declaração de Voto

Comemora a aprovação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 1.561/2020, de sua autoria, que autoriza o Poder Executivo a doar ao Município de Arcos o imóvel que especifica, que passará a ser gerido pela Academia Arcoense de Letras - Alarc -, destinado a atividades na área da cultura. Critica o suposto arrendamento de terras ocupadas no Município de Campo do Meio por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra - MST -, por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Reunião 1ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 14/03/2025
Página 47, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 1561 de 2020

1ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 12/3/2025

Palavras do deputado Antonio Carlos Arantes

O deputado Antonio Carlos Arantes – Sra. Presidente, nobres colegas, manifesto nossa satisfação pela aprovação do projeto de lei que faz com que a antiga Delegacia de Polícia Civil de Arcos, ainda sob o comando do Estado, passe para o Município de Arcos. A partir do momento em que ela for para a prefeitura municipal, a prefeitura fará uma reforma, uma limpeza; o prédio tem uma estrutura muito boa. A partir daí, a estrutura será repassada para o pessoal da Alarc, associação do pessoal da cultura, de um pessoal que trabalha com muita seriedade e muita dedicação no Município de Arcos. Então, é uma grande satisfação poder manifestar a aprovação, por todos os parlamentares presentes, desse projeto, doando-se para o Município de Arcos esse prédio tão importante, que, na mão da Alarc, será, se Deus quiser, muito bem usado pelo pessoal da academia arcoense de cultura. Quero falar – inclusive isso foi mencionado pelo deputado que me antecedeu há pouco – da ida do Presidente Lula a Campo do Meio. Sobre isso, basta que o pessoal que tenha dúvida visite a cidade pessoalmente. Verá que a área produtiva hoje é arrendada. Os invasores arrendaram. A área que ficou mesmo sob o comando deles – vá ver – é só mato e capoeira. E a área que foi restituída aos proprietários – apenas 80ha dos mais de 4.000ha – hoje produz três safras por ano. Produz soja no início do ciclo, depois milho, depois aveia. É gente que sabe produzir. E, se quiserem ter mais conhecimento, basta frequentar quando eles aparecem. Eles nem lá ficam, a maioria não fica lá; têm barracos, mas nem lá vão, ou vão de vez em quando. Basta pegar na mão deles. Ninguém tem carro. A verdade é que a maioria é realmente de invasores que querem aproveitar e vender… A maioria desses lotes já foram vendidos várias vezes. E vende-se assim: um faz por R$70.000,00, outro por uns R$100.000,00; há gravações, inclusive. Quem fala, quem nos dá essas informações são pessoas que frequentaram o Movimento dos Sem Terra. São eles mesmos que dizem: “Nós, que gostamos de trabalhar, não aceitamos ficar num movimento desse, porque não vem ao encontro das nossas necessidades, e esse pessoal realmente não sabe produzir”. Esse pessoal, gente, a maioria deles nunca pegou no cabo do guatambu. Nunca pegou, não sabe o que é pegar no cabo do guatambu. Ainda mais agora que, com a evolução tecnológica, pegam um trator, um equipamento qualquer, uma roçadeira elétrica, equipamentos que possam produzir com qualidade. Ninguém sabe o que é isso. Eles sabem realmente é usar as coisas privadas, através de invasões, e fazer dinheiro disso. Cada um passa para um, passa para outro. É um círculo danoso, vicioso, triste. Quem tiver dúvidas é só ir lá ver. Eu fiquei lá por 5 horas, andando por todos esses 4.000ha. Eu vi apenas uma pessoa, apenas uma pessoa capinando a mandioca. A mandioca estava ali com 60cm de altura, enquanto a braquiária estava com quase 1m de altura. Ou seja, não trabalham nada. Essa é a realidade. Vi também muita gente que realmente ocupou as áreas lá para fazer a área de lazer. E com carrão! Ouviu, gente? Estavam andando de caminhonete, andando de Citroën, andando de Corolla. E as placas, gente, não são mineiras. São placas do Estado de São Paulo, da cidade de Hortolândia, da cidade de Campinas, da cidade de Indaiatuba. Esse pessoal veio lá daquela região. Ou seja, ali realmente há uma exploração danosa do povo mineiro, da região. Mais uma vez, venho aqui me manifestar. Convido aquelas pessoas que tiverem dúvidas a irem lá visitar e conhecer in loco. Verão a decepção. Muito obrigado.