Pronunciamentos

DEPUTADO LELECO PIMENTEL (PT)

Discurso

Pede desculpas por expressão utilizada em pronunciamento anterior. Destaca a presença da Associação Mineira das Escolas Famílias Agrícolas. Solicita apoio ao projeto de lei de sua autoria que cria o marco regulatório para a educação do campo, das águas e das florestas, que funciona pela pedagogia da alternância, equiparando as escolas famílias agrícolas às escolas públicas, em 1º turno.
Reunião 25ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 20/12/2024
Página 48, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 511 de 2023

25ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 18/12/2024

Palavras do deputado Leleco Pimentel

O deputado Leleco Pimentel – Presidente, eu vou ser breve. Primeiro, por um dever de consciência, me comprometi a subir a esta tribuna, para, ao mesmo tempo que peço o voto dos deputados, dizer que, pela minha expressão que aqui foi colocada há dias e que a muitos ofendeu, peço desculpas aos deputados. E o faço com dever de consciência, porque, ao sermos chamados de hipócritas, nós todos nos sentimos ofendidos. Eu proferi uma palavra que acabou atingindo a todos. Por essa razão, peço desculpas aos deputados e deputadas, o que me coloca no dever de consciência de cuidar para que esta Casa tenha zelo para com aqueles e aquelas que em nós votaram e que acompanham, a partir dos nossos projetos de lei, as mudanças que estes provocarão na vida de cada uma e cada um. Então, eu o faço com o dever de consciência e com esta publicidade.

Mas a alegria que tive aqui hoje… Quero destacar a presença da Associação Mineira das Escolas Famílias Agrícolas. Estão presentes conosco Idalino, que é da coordenação, junto com João Begnami, Ricardo, Mônica, Jane, a Rede Mineira de Educação do Campo. Nós todos estamos muito felizes com a vitória de trazer ao Plenário o Projeto de Lei nº 511. Para entendimento, professor Dr. Hely: o que está em discussão hoje é que um aluno da escola família agrícola, ao fazer um vestibular para o Estado, era comparado a um aluno da escola particular. Até mesmo a alimentação escolar não chega àquela escola, porque o Estado entende que ali há uma escola particular. Nós, na verdade, estamos tratando da pedagogia da alternância e tratando daquilo que o Estado não deu conta, ou seja, da educação do campo contextualizada e como um dever do Estado. Portanto, esse projeto de lei equipara as escolas e os alunos, e o protagonismo é das escolas famílias agrícolas.

Eu quero, rapidamente, dizer que assinam esse projeto de lei a EFA Paulo Freire, de Acaiaca; a EFA Camões, de Sem Peixe; a EFA Puris, de Araponga; a EFA Dom Luciano, de Catas Altas da Noruega; a EFA Margarida Alves, de Simonésia; a EFA Margarida Alves, de Conceição de Ipanema; a EFA Efan, de Natalândia; a EFA Tabocal, de São Francisco; a EFA de Cruzília; a EFA de Veredinha, de Araçuaí, de Virgem da Lapa; a EFA Jacaré, em Itinga; a EFA Nova Esperança, em Taiobeiras; a EFA Bontempo, em Itaobim; a EFA Vida Comunitária, em Comercinho; a EFA Renascer, em Jequitinhonha; a Efacil de Itaipé; a Efaset, de Malacacheta; e a Efasa de Serra dos Aimorés.

Eu peço para que todos que aqui estão entendam que é justamente no projeto Pé-de-Meia que se corrigiu também essa negação do Estado àqueles que se reuniram de forma autogestionada para organizar uma associação e dar conta da educação contextualizada do campo. Foi com o Pé-de-Meia, por uma emenda do deputado federal Padre João, que os alunos começaram a receber também o recurso e que, a partir de então, começa-se a trabalhar contra essa evasão escolar, que, no campo, é maior. É dia de vitória para a educação no campo e do campo. E o protagonismo é também dos deputados e deputadas da Assembleia Legislativa, que será a primeira Casa a aprovar e a equiparar essas escolas e esses alunos aos de escola pública.

Muito obrigado. Peço a todos o voto para que a gente possa, também na Comissão de Educação, voltar com esse projeto de lei no 2º turno. Sabem por quê? Porque ano que vem, em fevereiro, haverá, em Minas Gerais, o Encontro Nacional da Pedagogia da Alternância, e nós poderemos dar esse grande presente para o campesinato, para a agricultura familiar e para a educação do campo no Brasil. Muito obrigado. Peço que possam votar conosco.