VITOR MÁRCIO RIBEIRO, 1º-vice-presidente da Sociedade Mineira de Medicina Veterinária – SMMV
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 28/08/2024
Página 4, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas RQN 7469 de 2024
33ª REUNIÃO ESPECIAL DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 26/8/2024
Palavras do Sr. Vitor Márcio Ribeiro
Boa noite a todos. Há um cerimonial com o qual não sou muito acostumado. Exmo. Sr. Deputado Coronel Henrique, autor do requerimento que deu origem a este momento tão cheio de história, tão cheio dessa essência que a gente carrega pela vida, neste ato, representando o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Tadeu Leite; Exmo. Sr. Affonso Lopes, colega, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária; Exmo. Sr. Prof. Afonso de Ligório, diretor da Escola de Veterinária da UFMG; Exmo. Dr. Prof. Geraldo Heleno Silveira, da Escola de Veterinária também da UFMG.
Eu sou sempre surpreendido com essas cerimônias. Hoje não era uma homenagem que eu esperava e sempre fico muito emocionado com homenagens, porque sou de uma geração em que a medicina veterinária, além de ser uma vocação, era uma dedicação. Eu trago, falando aqui comigo, vários outros colegas que não estão aqui mais, mas que fizeram da medicina veterinária aquela busca de valorizar uma profissão e de viver uma profissão, às vezes, espelhados até em santos, não é? A gente se espelhava até em São Francisco de Assis, que nunca buscou honra, poder, bens, fazendo o trabalho comunitário que fazia. E o mundo se transformou muito. E, nessa transformação do mundo, a gente vê que nem todos fazem os trabalhos coletivos com interesses puros, nem todos são abnegados em fazer crescer uma missão, uma ideia, uma vocação ou uma dedicação. Mas, quando eu vejo aqui, entre nós pessoas antigas, como o Amauri, que faz parte de uma história, assim como o Pontello, que faz parte de uma história também de muitos anos, quando estávamos começando a construir as ideias. E eu vejo pessoas que são filhas daqueles que começaram ou alunos daqueles que começaram e que estão levando a ideia em frente; estão liderando as associações, estão participando de cargos não remunerados, não estão buscando poder, mas estão buscando vocação, ideal dentro da nossa medicina veterinária. Isso me faz ter um amor pela medicina veterinária espetacular, ainda com todas as dificuldades que a gente sabe que a gente tem e quantos desafios que há num país como o Brasil, mas que a gente se sente extremamente confortado.
Então mais me enche de esperança saber que a nossa geração, o Amauri e tantos outros... Queria que o Isnard... Como está o Isnard Diniz? Nós temos um colega que participou da fundação do sindicato mineiro de medicina veterinária, como o Prof. José Divino, que já partiu e que fez parte também desse momento. O Dr. Isnard Diniz, que talvez represente grandemente o clínico veterinário do Estado de Minas Gerais. O Dr. Isnard estava presente em todas as reuniões, e hoje está com 102 anos, e tem, na sua descendência, dois médicos-veterinários que ajudaram muito também a reconstruir a Anclivepa, que hoje é presidida pelo Amauri, e que já foi presidida pelo Abílio, e já foi presidida pelo Bruno Divino, que é filho do Miranda, que começou a Anclivepa.
Nós que começamos não a sociedade, mas o sindicato. Eu assinei o livro de ata da fundação do sindicato. E a sociedade, que está aí, precisando de mãos, precisando de erguer-se e voltar a brilhar no meio dos veterinários, como ela sempre brilhou. Eu e o meu grupo, que estivemos juntos, demos uma contribuição ainda muito pequenininha. Eu sinto a energia desta sociedade, que vai crescer e que vai ocupar este espaço que ela nunca perdeu, porque o carisma dela nunca deixou de existir.
Então, neste momento de muita grandeza, em que eu vejo muitos outros que poderiam estar aqui e que me trazem uma recordação muito forte e uma alegria muito grande, e que, muito mais do que eu, poderiam estar aqui neste momento. Estou vendo o Joaquim ali, e a gente lembra sempre do Manfredo. Quando eu vejo o Joaquim, lembro do Manfredo, e lembro do Cruzeiro, que era o prato predileto das nossas conversas, com muita alegria. Eu lembro das nossas lutas, e eu vejo a Carmem e me lembro do Prof. José Oswaldo, também com muita, muita alegria. E é isso.
Eu agradeço muito, muito. E agradeço sobretudo porque o meu coração não se corrompeu; o meu coração continua o mesmo daquele tempo em que eu me formei, que a gente começou. E a gente está aqui. E continuamos, viu, Lasmar? Não falei do Lasmar, que está ali. Ele está tão velhinho que eu nem o reconheço. Muita brincadeira, Lasmar, você está muito enxuto.
E nós estamos em casa, não é? E é assim que eu me sinto neste ambiente que tem seu glamour, que tem sua cerimônia, mas eu me sinto em casa, para a gente poder sorrir, divertir e dizer que a medicina veterinária é muito boa. E graças a Deus que ela tem a gente, tem vocês, tem o Coronel Henrique, tem o Affonso. E o Affonso também é da minha geração. O Affonso era o melhor amigo do Manfredo nos congressos. Muitas histórias que nós temos juntos. Isso tudo é a medicina veterinária, que luta pelo bem do povo brasileiro nesta Casa, que é a Casa do povo, como o Coronel Henrique falou.
Muito, muito, muito obrigado. E continuamos juntos.