Funcionamento do Parlamento durante a pandemia

A pandemia de covid-19 forçou a Câmara e o Senado, além de outras casas legislativas, a mudarem a forma de funcionamento. As reuniões e votações passaram a ocorrer de forma remota, o que exigiu a rápida adaptação tecnológica e mudanças nos procedimentos regimentais de discussão e tramitação de projetos. Um estudo conduzido pelo cientista político da UERJ, Fabiano Santos, demonstra quais foram os impactos trazidos por essa nova forma de funcionamento parlamentar e sinaliza os pontos para serem observados com o prosseguimento da pandemia. Em conversa com a jornalista Vivian Menezes, ele aponta como as matérias passaram a ser analisadas nesse período e o papel das lideranças nessa nova dinâmica de apreciação de projetos. Santos vê no funcionamento das comissões a maior perda do período, com a redução da influência dos presidentes dos colegiados e a restrição da participação popular, com a não realização de audiências públicas. O cientista político avalia que o Congresso priorizou a análise de projetos que visavam ao enfrentamento da pandemia e entende que isso ocorreu por causa do perfil de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre nas presidências da Câmara e do Senado. Fabiano Santos analisa como é a relação atual do presidente Jair Bolsonaro com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e com o Centrão. Fabiano Santos, cientista político / UERJ