Museu dos Quilombos e Favelas Urbanas busca valorizar a cultura negra - Arquivo ALMG

Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos será tema de audiência

Objetivo é discutir ações e estudos do Muquifu, espaço de cultura e resistência criado no Aglomerado Santa Lúcia, em BH.

13/12/2021 - 11:54

Conhecer o trabalho e os estudos realizados pelo Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu). Esse é o objetivo de audiência pública que a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realiza nesta terça-feira (14/12/21), às 14 horas, no Auditório do andar SE da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A reunião atende a requerimento da deputada Ana Paula Siqueira (Rede), que preside a comissão, e vai abordar ainda outras ações coordenadas pelo padre Mauro Silva, curador do museu e coordenador do Projeto NegriCidade, na perspectiva das mulheres.

Acompanhe a reunião ao vivo e participe do debate, enviando dúvidas e comentários.

O Muquifu nasceu em 2012, em Belo Horizonte, no Aglomerado Santa Lúcia, tendo como vocação garantir o reconhecimento e a salvaguarda das favelas e dos quilombos urbanos enquanto lugares não apenas de sofrimento e de privações, mas também de memória digna de ser cuidada. 

A parlamentar lembra que a maior parte das moradias da periferia são chefiadas por mulheres. “O museu é também um espaço que conta histórias das mineiras, com suas dificuldades, superações e conquistas. É um símbolo de resistência”, afirma.

Ana Paula Siqueira frisa, ainda, que a proposta da audiência também considera os debates da Consciência Negra, que na sua avaliação não pode ser reduzida a um dia apenas, devendo contemplar, inclusive, a discussão dos desafios da ocupação dos espaços públicos e de poder por parte da população negra.

“Conhecer o passado, resgatar e valorizar as identidades de um povo é também construir um futuro mais justo, digno e igualitário”, defende a deputada, sobre a importância do Muquifu para preservar memórias e manter vivo o patrimônio imaterial das comunidades.

 “Seu acervo cultural e histórico traz histórias de vida que precisam ser conhecidas por todos, não só pelos moradores que estão ali representados. Como mulher, negra e da periferia, acredito ser importante dar voz e visibilidade a iniciativas que valorizam as memórias e a representatividade dessa população”, justifica a deputada, que também é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, Quilombolas e Demais Comunidades Tradicionais.