Escola Estadual Alberto Delpino funciona em imóvel alugado, visitado pela comissão; professores temem consequências de fusão com outra escola

Deputada defende nova escola, em vez de fusão

Decisão do governo de unificar duas escolas na região do Barreiro, em Belo Horizonte, preocupa servidores e alunos.

04/10/2021 - 17:45

A construção de um novo prédio para a Escola Estadual Alberto Delpino, no Barreiro de Baixo, em Belo Horizonte, foi defendida pela presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputada Beatriz Cerqueira (PT), em visita à instituição nesta segunda-feira (4/10/21).

O novo prédio para a escola foi apontado como uma alternativa ao processo de fusão da Alberto Delpino com a Escola Estadual Desembargador Rodrigues Campos, também localizada no Barreiro. Essa unificação foi decidida pelo Governo do Estado sem ouvir servidores, alunos e familiares das duas escolas.

A intenção da Secretaria Regional da Educação é demolir o prédio atual da Rodrigues Campos e construir outro estabelecimento, que também receberia os alunos da Alberto Delpino, escola que hoje funciona em um prédio alugado. Integrantes das duas escolas se queixam, no entanto, que não foram consultados e temem prejuízos para alunos e professores.

A Alberto Delpino atende hoje 500 alunos. Passou a funcionar em um prédio alugado após o imóvel original, que ficava ao lado da Desembargador Rodrigues Campos, ter sido demolido. Já esta outra escola, que atende 1,1 mil alunos, reivindica uma reforma para construção de uma nova quadra de esportes e mais salas de aula.

As duas escolas já foram visitadas pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, que também já discutiu o assunto em audiência pública. Durante a visita desta segunda-feira, a deputada Beatriz Cerqueira foi recebida pela diretora da Alberto Delpino, Sônia de Jesus Pereira Santos, e por outros integrantes da comunidade escolar.

Entre as preocupações de servidores e alunos está a possibilidade de que o novo prédio proposto pelo governo não seja suficiente para atender a todos. Além disso, se a fusão de fato ocorrer, a diretora Sônia Santos defende que os nomes das duas escolas devem ser preservados, a fim de respeitar a história de cada uma.

Um dos temores dos professores da Alberto Delpino é que, no caso de uma unificação, eles podem ser preteridos por terem menos tempo de atuação em sua atual escola, em comparação com os professores da Rodrigues Campos. Por isso, querem que o tempo de serviço no Estado seja considerado.

A deputada Beatriz Cerqueira, no entanto, defendeu que a fusão deve ser evitada. “A defesa mais importante a ser feita é da construção de um novo prédio para o Alberto Delpino, sem fusão alguma”, concluiu.