A proposta do Governo do Estado para a construção do Rodoanel – que vai cortar 13 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) - será tema de nova audiência pública, desta vez na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Requerida pelo presidente da comissão, deputado Noraldino Júnior (PSC), a reunião será realizada nesta quarta-feira (12/5/21), a partir das 14 horas, no Auditório do andar SE da ALMG, com transmissão e participações on-line.

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Em razão de críticas e alertas de ambientalistas, o deputado quer avaliar a forma como a obra impactará as áreas verdes a serem cortadas pela nova via. O projeto do governo propõe alças passando, por exemplo, pelo Parque do Rola Moça, a Serra da Calçada e em uma área de recarga de nascentes da Represa Várzea das Flores.

Em audiência sobre os riscos sociais da obra, realizada na última terça-feira (4), representantes de movimentos populares, parlamentares de oposição e profissionais das áreas de engenharia, geologia e arquitetura sugeriram a suspensão do processo da obra.

Na ocasião, houve alertas de que o projeto pode causar grande devastação nas áreas de preservação, além de gerar insegurança hídrica, uma vez que as nascentes da Várzea das Flores respondem por grande parte do abastecimento de água da RMBH. 

Convidados - Entre os convidados, estão o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato; o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Minas Gerais, Ênio Marcus Fonseca ; o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Antônio Augusto Malard, além de ambientalistas, prefeitos e secretários de municípios afetados pela obra.

Rodoanel Metropolitando - Segundo o governo, a via - cujo edital de concessão está previsto para o próximo mês de junho - tem o propósito de reduzir o fluxo de veículos pesados no Anel Rodoviário, retirando dali cerca de 5 mil caminhões por dia.

O custo previsto da obra é de R$ 4,5 bilhões, sendo que a maior parte dos investimentos (R$ 3,5 bilhões) virá do acordo entre o governo estadual e a mineradora Vale, referente à reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (RMBH).  O restante seria custeado com dinheiro de pedágios a serem cobrados pela concessionária da via.

A previsão inicial do governo é de que a construção do rodoanel tenha início em março de 2023 e as principais alças sejam entregues em 2028. Entre 5 de fevereiro e 22 de março deste ano, houve uma consulta pública on-line sobre a proposta.