Parlamentares receiam que haja uma queda na qualidade dos serviços prestados pela Cemig, caso ela seja privatizada

Privatização em Goiás motiva preocupação com futuro da Cemig

Venda da companhia energética do estado do Centro-Oeste e suposta piora dos serviços serão debatidas na ALMG.

01/10/2019 - 20:42 - Atualizado em 02/10/2019 - 15:27

A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai receber, nesta quinta-feira (3/10/19), membros da CPI da Enel, instalada no âmbito da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), para investigar a precariedade do serviço prestado e o aumento de tarifas ocorrido após a privatização da Companhia Energética de Goiás (Celg), há dois anos.

A audiência pública será realizada a partir das 10 horas, no Auditório José Alencar, a pedido do deputado Ulysses Gomes (PT). O parlamentar já esteve na Assembleia de Goiás para conhecer a atuação da CPI. Segundo ele, a privatização da companhia de energia elétrica teria resultado em uma piora nos serviços prestados à população daquele estado.

São esperados na reunião desta quinta-feira (3) o presidente e o relator da CPI da Enel, respectivamente os deputados Henrique Arantes (PTB) e Cairo Salim (Pros).

O deputado Ulysses Gomes afirmou ainda ter receio de que o mesmo ocorra em Minas Gerais, caso se concretize a proposta, do governador Romeu Zema, de privatizar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Durante a visita, Ulysses Gomes apurou que, desde a privatização da Celg, a conta de luz subiu 15,89% para consumidores residenciais, ou seja, um aumento cinco vezes maior que o da inflação. Outro dado que o preocupou: logo após a compra da companhia pela italiana Enel, em fevereiro de 2017, a empresa permanece classificada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como a pior empresa de distribuição de energia elétrica do País.

Os dados relativos a 2018 indicam que o consumidor goiano ficou 26,61 horas sem energia, em média, enquanto a média nacional foi de 12,85 horas.

Os parlamentares goianos apuram o descumprimento de termos contratuais da privatização da Celg e de investimentos da nova empresa, os relatórios de gastos, a insuficiência de bens e de instalações relacionadas à prestação de serviço público de qualidade, além de outras irregularidades, referentes ao ano de 2017 e subsequentes.

Convidados - Também foram convidados a participar da reunião o secretário da CPI da Enel, Jocelino Antônio Laranjeiras Neto; o assessor adjunto do presidente da Assembleia de Goiás, Rubens Bueno Sardinha da Costa; e o coordenador-geral do Sindieletro de Minas Gerais, Jefferson Leandro Teixeira da Silva.

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