Fernando Pacheco manifestou sua torcida por Cataguases e Belo Horizonte
Delegado Heli Grilo homenageou a Família Ma Shou Tao
Beatriz Cerqueira criticou votação da Reforma da Previdência
Virgílio Guimarães falou de alternativas possíveis à Reforma da Previdência
Sargento Rodrigues se opôs ao regime de recuperação fiscal
Bartô negou que a Reforma da Previdência prejudique os pobres
Doutor Jean Freire pediu auxílio para estudantes do Jequitinhonha

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 11/7/19

Votação da Reforma da Previdência repercute entre parlamentares mineiros.

11/07/2019 - 19:26

Cidades Criativas
O deputado Fernando Pacheco (PHS) usou sua fala para homenagear duas cidades mineiras candidatas a fazerem parte do projeto Rede de Cidades Criativas da Unesco: Cataguases e Belo Horizonte. Segundo ele, já há alguns anos Cataguases é o polo audiovisual da Zona da Mata, que começou e cresceu de maneira independente. “Só esse ano teremos quatro longas-metragens filmados lá, cada um deixando um milhão em recursos diretos no município. Governo precisa incentivar mais esse polo, um projeto bem-sucedido”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, são essas diversificações na economia do estado que tirarão Minas da crise. “Esse modelo regional precisa ser melhor aproveitado. O orçamento tem de ser investido de forma equitativa, para aparelhar também as cidades do interior do estado. A economia precisa mudar seu rumo e não agredir mais o meio ambiente”, completou.

 

Soja
O deputado Delegado Heli Grilo (PSL) fez homenagem ao grupo Ma Shou Tao, administrado pela família chinesa Ma Ong, pelos seus 46 anos à frente da administração da Fazenda Boa Fé, na cidade de Conquista (Triângulo). Segundo ele, a produção de soja da fazenda já está atingindo sete países, sendo que, graças à Embrapa, o grão chegou a ser o mais plantado do Brasil. “Em breve esta será uma das empresas mais sólidas do ramo. Agradecemos à família por ter escolhido o Triângulo para produzir. Desejamos sucesso, o que, com certeza, acarretará no crescimento econômico para o bem de nossa região”, completou.

 

 

 

Reforma da Previdência
A deputada Beatriz Cerqueira (PT) criticou os parlamentares mineiros que votaram a favor da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados nesta quarta (10). Segundo ela, a votação é uma afronta a toda a população já que destrói a seguridade social no país. “As votações acontecem de madrugada para as pessoas não acompanharem, acontecem com portas e galerias fechadas. Questões que antes estavam garantidas pela Constituição agora poderão ser alteradas a qualquer momento por projetos de lei comuns. Essa desconstitucionalização é o mais triste e grave”, ponderou. Ela também criticou a capitalização. “Não teve um único país no mundo que isso deu certo”. Em aparte, o deputado Bartô (Novo) fez uma crítica aos juros pagos pelo país.

 

 

Reforma da Previdência (II)
O deputado Virgílio Guimarães (PT) voltou a sugerir a taxação sobre movimentações financeiras previdenciárias, em moldes semelhantes à CPMF, durante seu pronunciamento. Segundo ele, seria uma forma de aumentar a arrecadação sem penalizar os trabalhadores da forma como está colocado, atualmente, no texto da Reforma da Previdência. Outra opção seria, também, o aumento no número de vagas e na formalização dos empregos. “Ajustes previdenciários são necessários e sempre ocorreram. Mas esse não observa sequer as perdas de poder aquisitivo para o trabalhador. Se é pra corrigir, tem de corrigir tudo. Faltou uma visão realista, que traga equilibro da seguridade ao mesmo tempo que olha mais amplamente a outras possibilidades”.


 

 

Regime de recuperação fiscal
O deputado Sargento Rodrigues (PTB) falou do encerramento do Assembleia Fiscaliza e criticou a intenção do governador Zema de colocar em tramitação na ALMG o regime de recuperação fiscal, que é, segundo o parlamentar, “mais um sacrifício enorme colocado no ombro dos servidores”. De acordo com ele, as consequências desse regime para os servidores públicos incluem a proibição da realização de concurso público por 3 anos, sobrecarregando os atuais servidores, e o impedimento das promoções das carreiras e de aumento salarial. “Vejo com muita preocupação essa série de restrições, que vão castigar os trabalhadores. Não tenho problema com vender estatais porque alguma solução temos que ter. Mas a dívida do estado ser paga apenas pelos servidores públicos não pode”, enfatizou. O deputado disse ainda que os outros poderes precisam ser envolvidos no pagamento desta “conta”. “Não aceitaremos passivamente. Vamos resistir e lutar”, completou.

  

Reforma da Previdência (III)
O deputado Bartô (Novo) negou que a reforma que tramita na Câmara dos Deputados penalize especialmente os trabalhadores. Segundo ele, a idade média de aposentadoria atualmente já está sendo em torno de 65 anos. Além disso, a realidade, em comparação com 30 anos atrás, mudou. “As mulheres estão tendo menos filhos e graças aos avanços médicos nós estamos vivendo mais. É uma adequação que precisa ser feita. Além disso, o salário-mínimo teve um ganho real nos últimos anos, sustentado pela previdência e pelos trabalhadores. Não é justo que financiemos a aposentadoria dos mais ricos”, explicou. Ainda segundo o parlamentar, em 2060 42% da população será de idosos e, mesmo que o governo cobrasse a dívida de todas as empresas que devem à Previdência, não seria suficiente. “Problema é o fluxo negativo, que tem aumentado consideravelmente desde 2015. Nos próximos 5 anos 40% dos nossos servidores vão se aposentar”, completou.

 

Olimpíada de Matemática
O deputado Doutor Jean Freire (PT) pediu ajuda aos presentes em nome de jovens da cidade de Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, que foram selecionados para concorrerem à Olimpíada Internacional de Matemática, representando o Brasil, em Taiwan. Segundo ele, o custo da viagem é de R$ 11 mil por pessoa, um valor impeditivo. “Trago aqui hoje essa situação, que já foi passada para o governador. Me reuni com a Cemig e ainda aguardo respostas. Fica o pedido a todos que queiram contribuir”, afirmou. O parlamentar relatou também visita a condomínio no bairro Betânia, no qual, dos 218 apartamentos, 93 são do governo do estado. “Era um programa de moradia para policiais militares em situação de risco. Mas dos 93, 77 estão fechados e em situação que nos entristece. Penso que poderiam ser usados por jovens universitários que não tem onde morar ou doentes que vem para tratamento do interior”, completou.



Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.