Os deputados da FFO aprovaram parecer para um dos projetos analisados e adiaram a votação do parecer de outro projeto em pauta

Projeto sobre IPVA em transferências pode voltar ao Plenário

Parecer de 2º turno foi aprovado em reunião que teve adiada votação de parecer sobre taxa de segurança pública.

10/04/2019 - 14:55

Em reunião nesta quarta-feira (10/4/19), a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou parecer de 2º turno favorável ao Projeto de Lei (PL) 2.182/15.

Do deputado Elismar Prado (Pros), o projeto trata do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em casos de transferência do documento.

O relator, deputado Virgílio Guimarães (PT), opinou pela aprovação do projeto na forma do vencido (texto aprovado com modificações no 1º turno), com a emenda nº 1, que apresentou.

Como aprovado pelo Plenário em 1º turno, o texto altera a Lei 14.937, de 2003, que dispõe sobre o IPVA, dando nova redação ao parágrafo único do artigo 14 da norma.

A nova redação diz que a propriedade do veículo somente poderá ser transferida para outra unidade da federação após o pagamento integral do imposto devido.

Para outro município do Estado, a transferência poderá ocorrer após o pagamento do imposto ou das parcelas que já tenham vencido. A emenda nº 1 acrescenta a essa mesma regra a transferência dentro do mesmo município.

Com a análise da FFO, o projeto está em condições de voltar ao Plenário para votação final. 

Votação adiada - Na mesma reunião, foi discutido o PL 2.516/15, que dá nova redação a dispositivo do artigo 113 da Lei 6.763, de 1975.

A proposta amplia de 50% para 100% o percentual obrigatório de aplicação do produto da arrecadação da Taxa de Segurança Pública no reequipamento das unidades sediadas no município onde foi gerada a receita.

O projeto foi relatado pelo deputado Virgílio Guimarães e recebeu parecer pela aprovação em 1º turno, na forma proposta pelo autor, o deputado Sargento Rodrigues (PTB).

Apesar de declarar apoio à proposta, o presidente da comissão, deputado Hely Tarqüinio (PV), apresentou pedido de vista (mais tempo para analisar o texto), adiando assim a votação do parecer.

Segundo ele, o pedido visaria atender desejo manifestado pelo relator de promover mudanças na fundamentação de seu parecer, mantendo a conclusão pela aprovação.

Também se manifestaram a favor do projeto os deputados Glaycon Franco (PV) e Fernando Pacheco (PHS), este último tendo defendido, ainda, a criação de um fundo para reunir esses recursos da taxa e dar maior fluidez à sua aplicação.

Engessamento - Já a deputada Laura Serrano (Novo) manifestou posição contrária. Apesar de elogiar o mérito do projeto, ela disse que a proposta engessa a aplicação de recursos públicos e justificou que 100% do que é arrecadado com a taxa já vai para o Corpo de Bombeiros.

Presente, o autor do projeto defendeu a proposta dizendo que, sem a obrigatoriedade que pretende ver aprovada, muitas vezes recursos oriundos da taxa vão parar no caixa único do Estado, sem identificação de onde veio a arrecadação e sem a destinação necessária.

"Unidades são criadas, mas na maioria (dos municípios) não tem nem escada para atender a um prédio de cinco andares", criticou Sargento Rodrigues.

Consulte o resultado da reunião.