O Dia Internacional da Mulher 2019 será marcado por um evento unificado em 8 de março, entre o meio-dia e as 18 horas, na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. A programação começou a ser definida na 5ª Reunião Preparatória para o evento, realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta terça-feira (5/2/19), no Plenarinho I. A reunião contou com a participação das deputadas Andreia de Jesus (Psol), Beatriz Cerqueira, Leninha e Marília Campos, as três do PT.

Este ano a agenda será baseada no direito à vida e no combate ao feminicídio e outras violências contra as mulheres. As atividades estão sendo organizadas por cinco Grupos Temáticos (GTs): Praça Sete, Exposição, Descentralização das mobilizações, Calendário e Debates na Escola do Legislativo.

A abertura do evento em 8 de março será feita pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da ALMG, que foi tornada permanente em julho de 2018 por meio do Projeto de Resolução (PRE) 49/17, de autoria da Mesa da Casa. No ano passado, quando o evento foi realizado na Praça Sete pela primeira vez, a comissão ainda era temporária.

A programação, que está em discussão, abrange apresentações culturais com artistas que ainda serão convidados e falas sobre temas como a violência psicológica e a rede de acolhida a mulheres. Também haverá um momento para reflexão a respeito da situação das mulheres afetadas pelo rompimento de barragens de mineradoras em Mariana (Central) e Brumadinho (RMBH).

Há, ainda, a previsão de marchas ou atividades culturais em outras quatro cidades: Montes Claros (Norte de Minas), Araçuaí (Jequitinhonha), Alfenas (Sul de Minas) e Juiz de Fora (Zona da Mata). A proposta de descentralização ainda será formatada e aprovada em definitivo.

Formações – A intenção do grupo organizador é que o Dia Internacional da Mulher reverbere ao longo do ano por meio de atividades de formação e palestras da iniciativa Pensando em Minas, da Escola do Legislativo da ALMG. Um dos cursos sugeridos é oratória para mulheres, com o objetivo de incentivá-las a tomar a palavra em espaços de discussão e decisão.

O ciclo de palestras proposto envolve encontros do Pensando em Minas e debates, com convidados ainda a definir. Entre os temas sugeridos até o momento estão a discriminação racial, mercado de trabalho e a violência obstétrica.

Entre as entidades e instituições representadas na Reunião Preparatória desta terça-feira estavam o Movimento Quem Ama Não Mata; o Centro de Apoio à Mulher Benvinda da Prefeitura de Belo Horizonte; a Defensoria Pública; o Conselho Regional de Psicologia; e a coordenação LGBT da Secretaria de Estado de Direitos Humanos.

História - O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. Ele faz referência a alguns acontecimentos históricos da luta das mulheres por igualdade de direitos. Um foi a passeata de 1909 em Nova Iorque (EUA) por melhores condições de trabalho.

Outro evento marcante foi a manifestação de mulheres na Rússia, quando elas protestaram nas ruas contra a Primeira Guerra Mundial e a fome. Essa marcha aconteceu em 23 de fevereiro de 1917 no calendário juliano (utilizado na Rússia até 1918), o que correspondia a 8 de março no calendário gregoriano.