Representantes de mais de 30 entidades, deputadas e servidores da ALMG se reuniram, pela segunda vez, nesta terça (4)

Avançam os preparativos para o Dia da Mulher 2019

Neste segundo encontro, os debates evidenciaram os conceitos de luta, unidade e resistência.

04/12/2018 - 14:03

“A violência contra as mulheres, em suas mais diferentes formas, é uma temática que evidencia a necessária luta e unidade entre nós.” A afirmação, da presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Marília Campos (PT), marcou a segunda reunião preparatória para o Dia Internacional da Mulher 2019, comemorado em 8 de março.

O encontro foi realizado na manhã desta terça-feira (4/12/18), no Edifício Tiradentes, em frente à sede do Legislativo Mineiro, e reuniu representantes de mais de 30 entidades, deputadas e servidores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os debates evidenciaram três conceitos: luta, unidade e resistência.

Foi lembrado o desenho “Ninguém solta a mão de ninguém”, que retrata uma rosa e mãos dadas. Criado pela artista e tatuadora mineira Thereza Nardelli, o trabalho artístico viralizou nas redes sociais no final de outubro, após as eleições. Segundo a deputada, o desenho serve de inspiração.

A defensora pública Júnia Carvalho, da Defensoria Pública de Direitos Humanos, defendeu a importância de se mostrar as conquistas históricas das mulheres durante as atividades do Dia Internacional da Mulher. “Estamos vivendo uma espécie de demonização do feminismo e dos direitos humanos”, alertou.

A preocupação com a conjuntura política; com as diretrizes dos futuros governos, tanto em âmbito estadual, como nacional; e com o impacto das reformas trabalhista e previdenciária sobre as mulheres foi externada por vários participantes da reunião.

Mais uma vez, foi defendida a criação de um calendário de luta para todo o ano de 2019. “Vamos definir as principais temáticas a serem trabalhadas e as políticas que queremos defender”, propôs a deputada Marília Campos.

Visibilidade – A deputada eleita Ana Paula Siqueira (Rede) lembrou que o próximo dia 8 de março será sexta-feira pós-Carnaval. “Precisamos pensar em estratégias para garantir a visibilidade de nossas ações”, afirmou. O grupo reforçou, ainda, a importância do envolvimento, nas atividades comemorativas, das jovens, de mulheres que integram os sistemas prisional e sócio-educativo e também de lésbicas e travestis.

Mulheres se dividiram em três grupos de discussão

Para facilitar a organização das ideias e propostas, os participantes da reunião se dividiram em três grupos de trabalho: temática, formato e descentralização/interiorização das atividades. Os dois primeiros estão responsáveis por aprofundar a discussão sobre o tema e o formato da comemoração ao Dia Internacional da Mulher 2019.

Ao terceiro grupo coube traçar estratégias para envolver o interior de Minas e outras instituições e órgãos públicos nas atividades. Douglas Miranda, da Coordenadoria Especial de Política de Diversidade Sexual da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), sugeriu a utilização de webconferência para facilitar a participação de representantes do interior.