Gustavo Corrêa criticou proposição do governador que permite venda da Codemig
Gustavo Valadares afirmou que
Para o deputado Sargento Rodrigues, parcelamento de salários é inaceitável

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 26/4/2018

PEC do piso nacional dos servidores da educação e possibilidade de impeachment do governador dominam pronunciamentos.

26/04/2018 - 18:55

Educação
O deputado Gustavo Corrêa (DEM) classificou a PEC 49/18, que trata do pagamento do piso nacional aos servidores da educação, como mais uma jogada eleitoreira do governador e seus aliados, lembrando assinatura do acordo com a categoria para o mesmo fim que não foi cumprido. Ele acrescentou que é dever da oposição defender os interesses dos mineiros, como a tentativa de venda do “maior patrimônio dos mineiros”, as reservas de nióbio que atualmente são exploradas pela Codemig, alvo de um projeto de cisão e venda de seus ativos. “Querem vender a empresa para fazer caixa para as eleições”, denunciou. O parlamentar ainda lembrou problemas como parcelamento nos salários dos servidores e atrasos em repasses financeiros, que levaram à autorização da ALMG para que comissão apure se o governador cometeu crime de responsabilidade. Em aparte, Doutor Jean Freire (PT) lembrou obras realizadas pelo Executivo, como o asfaltamento de estradas no Vale do Jequitinhonha.

 

Impeachment I
O deputado Gustavo Valadares (PSDB) reforçou a importância de, momentos antes no Plenário, ter sido lida denúncia de iniciativa popular que deu margem à autorização para que uma comissão apure se o governador cometeu crime de responsabilidade. “O motivo foi o atraso nos repasses do duodécimo da ALMG e do Tribunal de Justiça, ato que se constitui como crime de responsabilidade. Mas se fosse citar as outras irregularidades que justificam o impeachment do governador ficaria aqui por todo o restante da Reunião Ordinária”, ironizou. De acordo com o deputado, o governador criou em seu mandato “diversas modalidades de calote”, que atingiram recursos da saúde, educação e o ICMS e IPVA devido às prefeituras. O mais grave de todos, de acordo com ele, é a retenção do pagamento de parcelas de empréstimo consignado dos servidores, que pode até resultar na prisão do governador. “Precisamos terminar com o sofrimento dos cidadãos mineiros”, resumiu.

 

Impeachment II
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) também criticou o governador que, segundo ele, teria institucionalizado o calote no Estado. Ao comentar a apuração de crime de responsabilidade contra Fernando Pimentel, o deputado disse que há duas irregularidades ainda mais graves do que aquela apontada na denúncia que pode resultar no impeachment do chefe do Executivo. Elas seriam o uso de depósitos judiciais e o parcelamento nos salários dos servidores, que já dura dois anos e quatro meses. “Esse é o governo mais caloteiro que já vi. Nisso ele tem uma competência enorme”, afirmou. Sargento Rodrigues também lembrou atrasos nos repasses ao Ipsemg e ao IPSM, que provocam transtornos às famílias de servidores civis e militares. “Esse pedido de impeachment veio tarde demais, mas antes tarde do que nunca. Onde está a base de apoio ao governador agora? Fugiram porque não tem como defender esse governo incompetente que não conhece o significado da palavra gestão”, afirmou.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.