O vice-presidente da comissão recebeu de sindicalista uma sugestão de projeto de lei que contempla demandas dos revendedores de GLP

Revendedores protestam contra reajustes no gás de cozinha

Representantes da categoria criticam política de preços do governo federal em reunião da Comissão de Minas e Energia.

07/11/2017 - 18:56

A reunião da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi marcada, na tarde desta terça-feira (7/11/17), por protestos de integrantes do Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de GLP do Estado de Minas Gerais (Sirtgas).

O presidente do Sindicato e da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito (Asmirg-BR), Alexandre José Borjaili, entregou ao vice-presidente da comissão, deputado Bosco (Avante), uma sugestão de projeto de lei que contempla demandas da categoria.

Uma dessas demandas, de acordo com Alexandre Borjaili, é frear os reajustes do produto. Foram sete no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em botijões para os distribuidores desde o começo do ano, o que resultou em R$ 8 de aumento por unidade. “Quase 500 mil botijões foram comprados a menos entre agosto e setembro”, lamentou o sindicalista.

“Apesar de não termos o poder de interferir diretamente nos preços, temos como demonstrar nosso descontentamento junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e assim o faremos. Contem com essa comissão”, afirmou o deputado Bosco, que recebeu o documento.

O presidente do Sirtgas falou, ainda, de outros problemas vivenciados pela categoria, como o roubo de cargas e a venda de gás de cozinha por representantes não autorizados pela agência. “A verdade é que o setor ficou de cabeça para baixo. Temos de parar esse abuso. Os aumentos saíram do limite e ainda devem ter mais até fevereiro”, alertou.

Nova política - Em junho deste ano, a diretoria executiva da Petrobras aprovou uma nova política de preços para a venda às distribuidoras de GLP em botijões, para uso residencial.

As tarifas estão sendo revisadas todos os meses e o preço final às distribuidoras é formado pela média mensal do valor do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%.

Consulte o resultado da reunião.