O universitário Leonardo Martins Costa (fundo) destacou que a visita ao Memorial agregou conhecimento
Espaço pretende contribuir para a formação da consciência histórica - Arquivo/ALMG
Memorial da Assembleia aborda história do Parlamento, participação popular, atuação parlamentar e os deputados - Arquivo/ALMG

Mais de 17 mil pessoas visitam Memorial da Assembleia

Espaço que conta a história do Parlamento mineiro fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30.

15/02/2017 - 16:11

Balanço de atividades de 2016 do Memorial da Assembleia de Minas revela que o espaço recebeu 17.074 pessoas entre a sua inauguração em 2013 e o fim do ano passado. Cerca de 94% das visitas foram do público externo, incluindo visitantes espontâneos e agendamentos por meio de programas da instituição. O nível de satisfação com o local, que funciona como um centro de referência do legado político do Parlamento mineiro, é de cerca de 95%.

O Memorial fica aberto ao público, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30, no Palácio da Inconfidência (Rua Rodrigues Caldas, 30, bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte). Também é possível agendar visitas para grupos de estudantes pela Escola do Legislativo e para o público em geral pelo Centro de Apoio ao Cidadão (CAC).

Contribuir para a formação da consciência histórica e para o fortalecimento da confiança do cidadão nas instituições democráticas são alguns dos objetivos do espaço. Percorrendo os módulos da exposição de longa duração, é possível refletir sobre a história do Legislativo, a participação popular, a atuação parlamentar e os deputados mineiros.

Com painéis interativos, vídeos, fotos e textos, o Memorial da Assembleia de Minas destaca o processo que culminou no Parlamento dos dias atuais: das Câmaras das Vilas Coloniais, órgãos que concentravam as funções judiciárias, executivas e legislativas no Brasil colônia, passando pelas Assembleias Provinciais, após a independência do País, até o Legislativo bicameral a partir de 1891.

A história do Legislativo mineiro, evidenciada no espaço, reflete também a trajetória do Brasil. Com a Revolução de 30, ele é fechado e reaberto por um curto período, de 1935 a 1937, até ser fechado novamente com o golpe do Estado Novo. Depois, a Assembleia é reaberta em 1947 e passa por um período de democratização.

Anos depois, na Ditadura Militar, a instituição permaneceu aberta, porém com restrições em sua autonomia, até o fim desse período e a retomada das suas funções. Capítulos sombrios do percurso de uma Casa que requer discussão e participação popular.

Preservar toda essa história é fundamental, segundo a gerente de Memória Institucional da ALMG, Márcia Milton Vianna. Para ela, o balanço nesses anos de funcionamento do Memorial é positivo. “A Assembleia Legislativa de Minas Gerais tem dedicado esforços para o resgate da sua memória”, afirmou a gerente. Ela acrescentou que as visitas são acompanhadas por monitores que recebem treinamento contínuo.

Atuação parlamentar – Visitando o espaço pela primeira vez, o estudante de Engenharia Civil Leonardo Martins Costa, de 22 anos, salientou que as informações disponíveis agregam conhecimento e que recomenda uma ida ao local para quem não o conhece. Entre o conteúdo exposto, ele relatou que a atuação parlamentar é o que mais chama sua atenção. Isso porque possibilita que saiba as funções dos deputados e, assim, diferencie o Legislativo do Executivo.

Atividades – Além de trazer informações sobre o Parlamento, outra frente de atuação do Memorial da Assembleia é a participação na Semana Nacional de Museus, promovida anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Em 2016, esteve presente pela terceira vez consecutiva no evento, com a temática "Museus e paisagens culturais", oferecendo visitas especiais que levaram os visitantes a perceberem a paisagem cultural urbana existente no Legislativo mineiro.

No segundo semestre do ano passado, o Memorial, em parceria com a Escola do Legislativo, também promoveu o ciclo de palestras “Diálogos sobre experiências educativas em espaços de memória”. O objetivo foi propiciar a troca de experiências com outras instituições, buscando discutir temas relacionados à história de Minas e às práticas educativas em museus.

Mostra trata do Parlamento mineiro em quatro módulos

O Memorial da Assembleia conta a trajetória do Parlamento em quatro partes. A primeira delas é sobre o "Legislativo Mineiro na História" e tem suporte documental, ocupando espaço generoso. Esse módulo aborda a evolução da organização política brasileira e a história do Poder Legislativo no Estado. A abordagem é feita por meio de textos, mapas, infográficos, reprodução de documentos, fotografias e vídeos.

A parte denominada "Assembleia de Minas e Sociedade Civil" aborda, por meio de fotografias e vídeos, a relação entre a Assembleia de Minas e a população. Esse módulo tem apelo visual e sonoro.

Já o espaço "Atuação Parlamentar" aborda, por meio de infográficos, textos, reprodução de imagens e vídeos, a atividade parlamentar, destacando a produção legislativa da Assembleia, sua ação fiscalizadora, os novos canais de participação que atuam em seu âmbito e seu papel na formulação de políticas públicas.

Por fim, o quarto módulo retrata os "Parlamentares Mineiros", representando todos os deputados que fizeram parte do Legislativo no período de 1890 até os dias de hoje, por meio de painel e multimídia, nos quais o visitante pode acessar mais informações.