Audiência sobre tragédia em Mariana será nesta segunda (7) - Arquivo/ALMG

Impactos da tragédia de Mariana serão discutidos na ALMG

Reunião lembra um ano do desastre e apresenta o livro A Tragédia de Mariana e o Narcisismo Gerencial na Pós-Modernidade.

04/11/2016 - 12:17 - Atualizado em 04/11/2016 - 16:41

Com o objetivo de debater as consequências da tragédia de Mariana (Região Central do Estado), que completa um ano em 5 de novembro, e apresentar o livro "A Tragédia de Mariana e o Narcisismo Gerencial na Pós-Modernidade", de Epaminondas Bittencourt, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promove audiência pública nesta segunda-feira (7/11/16). A reunião está marcada para as 16 horas, no Auditório, e foi solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT).

A obra traz uma abordagem inédita do rompimento da barragem de Fundão em novembro de 2015, ilustrada com fotografias feitas pelo próprio autor. O fio condutor do livro é o ciclo do ouro em Minas, tratando da história da mineração, do ouro ao minério de ferro, até chegar aos dias atuais.

Mestre em Administração pela Universidade Federal de Minas Geais (UFMG) e em Administração Financeira pelas Universidades de Alicante, Barcelona e Carlos III (Espanha), o autor faz uma análise do discurso da mineradora Samarco expresso em balanços e relatórios oficiais. Também chama atenção para o papel do estado de regular a atuação de empreendimentos de grande porte.

A apresentação do livro é do deputado Durval Ângelo. Para ele, devido à abordagem crítica e fiel, “o autor, com certeza, se tornará referência histórica deste acontecimento”. O parlamentar destaca, ainda, o registro fotográfico em imagens singulares que narram a tragédia em suas múltiplas dimensões. “Muito mais do que o relato do acontecimento, são as imagens que arrombam a alma da gente. Emocionam porque nos fazem compreender a complexidade da tragédia, e é este o grande mérito do autor”.

Convidados - Além do autor do livro, foram convidados para a reunião o promotor Guilherme Meneghin; o membro da Coordenação Estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens, Pablo Andrade Dias; a integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Letícia Oliveira Gomes de Faria; o presidente da Cáritas da Diocese de Governador Valadares (Vale do Rio Doce), padre Nelito Nonato Dornelas; e o membro do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, Márcio Zonta.