Um gesto simples e rápido, mas que salva muitas vidas. Pensando nisso, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (Hemominas) se uniram para, nesta terça-feira (21/6/16), promoverem uma campanha conjunta para cadastrar possíveis doadores de medula óssea no banco de dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Paralelamente, serão realizadas ações de conscientização sobre a importância de doar sangue. A campanha acontecerá das 8h30 às 14 horas, no Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira, na sede do Parlamento mineiro.

A campanha foi idealizada pelo deputado João Magalhães (PMDB). Segundo ele, o público-alvo são os servidores da ALMG e demais os frequentadores da sede do Legislativo estadual. “Constatamos que é alta a ineficiência do banco de dados com relação aos doadores de medula óssea e decidimos tomar uma ação no sentido de conscientizar possíveis doadores sobre a necessidade e importância de se cadastrarem”, explicou o parlamentar.

O deputado reforçou que não há desculpa que impeça esse gesto de solidariedade, já que o impacto da doação na vida e na saúde dos doadores é inexistente. “Uma picadinha no dedo, uma gota de sangue e todos os dados genéticos passam a ser parte do banco de dados”, destacou.

De acordo com a funcionária dos Serviços de Captação do Hemominas, Márcia Braga, os participantes da campanha primeiramente repassarão dados básicos à equipe do Hemominas, como identidade, data de nascimento, CPF, endereço, contatos de telefone e e-mail.

Em seguida, serão submetidos a uma leve picada no dedo indicador, por meio de um aparelho que analisará seus dados sanguíneos e os deixará disponíveis no site do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que é administrado pelo Inca.

“Dessa forma, a busca por possíveis doadores compatíveis será feita lá e, em caso de compatibilidade, o possível doador será chamado e fará outros exames, para comprovar se há mesmo compatibilidade. Se sim, passará à terceira fase, que é a doação em si, por forma que será definida pelo Inca e pelo médico”, explicou Márcia.

Fila de espera - Márcia explicou que muitas pessoas temem se cadastrar no banco de medula óssea por acreditarem que os procedimentos para a obtenção da medula sejam dolorosos, mas isso não é verdade. “A punção é feita normalmente no osso da bacia, fora de articulações e não tem nada a ver com a coluna espinhal. É retirada uma pequena porção de líquido, que logo se regenera”, destaca.

A funcionária do Hemominas disse também que é fundamental para os pacientes que o banco de possíveis doadores seja o maior possível para que elas tenham mais chances de sobrevivência. “Quem precisa da doação de medula se encontra em situação muito grave de saúde, com leucemia, linfoma, dependendo dessa doação para sobreviver. Quanto mais possíveis doadores, mais esperanças essas pessoas têm”, completou Márcia.

Facebook - No final do ano passado, ganhou espaço nos veículos de imprensa campanha em favor de Henrique Gravatá, do Rio de Janeiro, criança de 11 anos que precisava de uma doação de medula óssea para se salvar da leucemia. Por meio de mobilização no Facebook, a família conseguiu comover e incentivar o público a cadastrar-se e, felizmente, a campanha foi frutífera, tendo o garoto conseguido realizar o transplante em dezembro.

A comunidade “Doação de Medula Óssea - Henrique Gravatá” já possui mais de 10 mil curtidas e encontra-se ativa mesmo após o objetivo ter sido alcançado, conscientizando o público a respeito da importância de possíveis doadores visitarem o hemocentro mais próximo sempre que tiverem oportunidade.

“Por intermédio desta página, tomamos conhecimento do quão grande é o número de pessoas que aguarda doação de medula óssea. São tantos pedidos de socorro, tais como aqueles que fizemos aqui várias vezes para ajudar nosso querido Henrique”, explica um dos administradores da página, em post de fevereiro.

Contatos - Para agendar sua doação de sangue e fazer o cadastramento de doador de medula óssea basta acessar o site do Hemominas ou ligar no telefone 155. Mais informações específicas sobre a doação de medula óssea estão disponíveis também no site do Redome.