Todo ano a história é a mesma quando o assunto é a Páscoa: ovos de chocolate mais leves e mais caros no comércio. A pesquisa anual realizada pelo Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) mostra essa realidade. Se antes os rótulos traziam numerações impressas, com ovos de números iguais apresentando o mesmo peso, ultimamente os fabricantes aboliram essa referência e agora o consumidor tem que ficar atento ao peso dos produtos, que é quase sempre cada vez menor, apesar de as embalagens muitas vezes permanecerem ilusoriamente do mesmo tamanho. A pesquisa do Procon Assembleia foi feita em 18 estabelecimentos entre os dias 14 e 15/3/16.

Consulte a pesquisa completa.

Alguns exemplos de ovos de Páscoa que encolheram no peso e cresceram no preço:

Foram encontrados, no entanto, dois casos em que o peso do ovo aumentou, mas o preço subiu muito mais. O ovo Alpino de colher ganhou 1,4% no peso e 15,17% no preço. Para o ovo Amandita, o aumento no peso foi de 14,1% e o preço subiu 32,56%.

O alento para os consumidores vem das chamadas “colombas de Páscoa”. Tais produtos ganharam peso e ficaram mais baratos em relação a 2015. 

Devido ao fato de os pesos dos ovos de Páscoa terem variado em relação a 2015, o Procon Assembleia decidiu comparar os preços tomando como base o peso de 100 gramas de cada tipo/marca de ovo. Assim, a conclusão é que em 2016 os ovos de chocolate estão custando, em média, 37,95% mais caros que no ano anterior. As maiores altas ocorreram nos ovos Tortuguita (Arcor), com 72,37%, Sonho de Valsa (Lacta), com 41,51%, Times (Arcor), com 45,01%, e Kit Kat (Nestlé), com 40,65%.

O consumidor deve ficar atento também aos preços diferentes para o mesmo produto. Dependendo do estabelecimento, essa variação chega a 92,66%. É o caso do ovo Bis (240g), que pode ser encontrado por R$ 25,90 até R$ 49,90. O preço do ovo Amandita (231g) varia entre R$ 21,18 e R$ 38,90, uma diferença de 83,66% entre o preço mais baixo e o mais alto.