ALMG discute novamente situação da Escola Pandiá Calógeras

Comissão de Assuntos Municipais promove audiência pública nesta terça, para tratar da reforma do prédio e seus impactos.

08/08/2014 - 16:35

Um novo evento para tratar da situação da Escola Estadual Pandiá Calógeras, em Belo Horizonte, que se encontra fechada para reforma, será realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização realizará audiência pública nesta terça-feira (12/8/14), às 15h30, no Auditório, atendendo a requerimento do deputado Rogério Correia (PT).

O prédio da escola Pandiá Calógeras, situado na Praça Carlos Chagas, 35, bairro Santo Agostinho, vem passando por reformas desde 2012. Isso levou à transferência de suas atividades para outro imóvel, na rua Santa Catarina, 894, bairro de Lourdes, em novembro de 2012.

Outra comissão da ALMG, a de Educação, Ciência e Tecnologia, esteve nesses locais em 2013 e 2014 para conferir a realização da reforma no prédio antigo e conferir se as instalações provisórias atenderiam aos alunos e aos servidores da escola. A ação ocorreu depois que foram recebidas denúncias de pais de alunos sobre o atraso da reforma e as precárias condições das instalações, o que afeta o funcionamento do colégio.

Visitas - Nas visitas realizadas, foram verificados no prédio da rua Santa Catarina divisórias quebradas, fiação exposta e falta de iluminação e ventilação adequadas, além do excesso de barulho, devido ao insuficiente isolamento acústico. Estudantes reclamaram também que não há espaço para educação física e, no horário para essa atividade, eles permanecem em sala jogando damas.

Mães de alunos também reclamaram que só existe uma saída na escola e que as escadas são apertadas, o que aumenta o risco de acidentes. Alguns estudantes teriam inclusive desmaiado nos corredores, devido ao calor do local sem ventilação. Além disso, o pátio para recreio é pequeno e não comporta todos os 1.400 alunos, divididos em dois turnos. De acordo com a diretora Marta Eliana Campos, muitos estudantes acabam, por essa razão, permanecendo em sala durante o recreio, o que aumentou, por exemplo, o número de carteiras quebradas.

Reforma - Já as instalações originais da escola passaram por reforma estrutural e em 2014 deveria ser realizada a reforma final, orçada em R$ 4,8 milhões. A obra contemplaria, por exemplo, as instalações hidráulicas e elétricas, a manutenção dos telhados e a renovação do piso, mas, segundo a diretora, teria sido cancelada.

Convidados – Além da diretora da E. E. Pandiá Calógeras, Marta Campos, foram convidadas para a reunião na terça (12): as secretárias de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e de Educação, Ana Lúcia Gazzola; a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores (SindUTE/MG) e presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Beatriz da Silva Cerqueira.