Em dois meses de investigação, a Polícia Civil identificou e prendeu a quadrilha que, em maio deste ano, sequestrou uma dentista no bairro Vila da Serra, em Nova Lima (Região Metropolitana de Belo Horizonte). O esclarecimento desse crime motivou uma reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para oferecer uma moção de aplauso aos policiais envolvidos na operação. Atendendo a requerimento dos deputados João Leite e Leonardo Moreira, ambos do PSDB, foram homenagedos nesta terça-feira (8/10/13) os delegados e as equipes de investigadores e inspetores de Nova Lima, Ouro Preto, Itabirito, Mariana, Pedro Leopoldo, Sabará e Vespasiano.

O deputado João Leite lembrou o episódio, relatando que a dentista foi mantida refém por várias horas dentro de um carro conduzido por um adolescente, que ameaçou matá-la caso a polícia fosse acionada. O parlamentar aproveitou para pedir alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com João Leite, trata-se de uma boa lei, mas que tem sido usada por adultos criminosos para se valerem de adolescentes para cometerem crimes.

A mesma opinião foi manifestada pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT). “Não há que se discutir idade em casos de crime violentos contra a pessoa”, afirmou. O deputado apoiou a homenagem, destacando que, apesar de não significar gratificação nem aumento de salário, a moção de aplauso representa uma motivação a mais para os policiais continuarem combatendo o crime.

Também presente à reunião, o deputado Cabo Júlio (PMDB) disse que, apesar do pequeno efetivo, dos baixos salários e da incerteza sobre a volta para casa no final do dia, os policiais civis em Minas Gerais trabalham com muita dedicação. “É nosso papel também mostrar o lado bom da polícia”, afirmou o deputado.

Uma das delegadas homenageadas, Lorena Vaz de Melo, disse que dois adolescentes envolvidos no sequestro da dentista foram apreendidos, mas um deles já fugiu do centro de internação onde cumpria regime semiaberto. Mesmo assim, ela valorizou a ação rápida da Polícia Civil, que investigou e esclareceu o caso em dois meses, prazo considerado curto. A delegada se mostrou feliz por “conseguir trazer um pouco de tranquilidade aos moradores do Belvedere e do Vila da Serra”.

Para o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere, Ricardo Michel Jeha, o número de ocorrências policiais no bairro caiu sensivelmente. Já o diretor da Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, José Renato Pereira Filho, agradeceu a toda a equipe de investigadores pelo sucesso da ação policial.

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