Sabatinada apresenta projetos estratégicos para Hemominas

A ampliação dos postos avançados de coleta de sangue e a consolidação do Centro de Tecidos Biológicos de Minas Gerais...

06/07/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Sabatinada apresenta projetos estratégicos para Hemominas

A ampliação dos postos avançados de coleta de sangue e a consolidação do Centro de Tecidos Biológicos de Minas Gerais (Cetebio) são algumas das metas da Fundação Hemominas para os próximos anos. O mapa estratégico da fundação foi apresentado pela médica Júnia Guimarães Mourão Cioffi durante sabatina da Comissão Especial que analisou sua indicação para a presidência da fundação, nesta terça-feira (28/6/11).

O parecer do deputado Doutor Viana (DEM), opinando pela aprovação da indicação, foi aprovado pela comissão. Agora, a indicação é submetida ao Plenário para ser votada em turno único. "A candidata é uma pessoa identificada com o trabalho e que conhece muito bem a Hemominas. Tenho certeza de que dará continuidade aos projetos já em andamento e ainda irá propor outros avanços", afirmou o relator.

Júnia Guimarães Mourão Cioffi é pediatra, hematologista e hemoterapeuta, com Mestrado em Gestão de Políticas Públicas. Começou a trabalhar como médica do Hemominas em 1989. Em 1999 assumiu a Diretoria Técnico-Científica da instituição e, agora, deixou a função para assumir a presidência da fundação.

De acordo com a sabatinada, a Hemominas tem por objetivo, segundo seu mapa estratégico, garantir a satisfação de doadores e pacientes e manter o atendimento da demanda por produtos e serviços. Entre os desafios colocados estão alcançar a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), manter o atendimento aos requisitos de qualidade dos produtos e serviços, consolidar o Cetebio e alcançar o atendimentos aos requisitos de qualidade e segurança em TI.

A Hemominas tem uma administração central que define diretrizes para manter o padrão de qualidade e segurança das 24 unidades espalhadas pelo Estado. Uma das propostas apresentadas pela sabatinada é que as coletas de sangue possam ser facilitadas por meio da criação de postos avançados. Essas unidades, implantadas em parceria com os municípios, fariam coletas periódicas em locais determinados. As bolsas de sangue seriam processadas nas unidades da Hemominas mais próximas e o sangue devolvido ao município pronto para ser usado. Segundo Júnia Cioffi, a intenção é que o projeto seja expandido para municípios com mais de 100 mil habitantes e com grande demanda transfusional.

A hematologista ainda explicou que a fundação utiliza o atendimento aos hospitais como um dos indicadores de eficácia do atendimento da instituição. Em 2010, 90% da demanda dos 500 hospitais atendidos pela instituição foram atendidas. Em dezembro, o índice foi de 96,5%.

A Hemominas também faz atendimentos domiciliares a hemofílicos, acompanha gestantes com Doença Falciforme e ainda desenvolve atividades voltadas para a conscientização para a importância da doação. Ainda são desenvolvidas atividades de treinamento de profissionais da hemorrede nacional e de pesquisa em grupos de trabalho em âmbito nacional e internacional.

Cetebio deve começar a fornecer material para transplante ainda este ano

Sobre o Cetebio, Júnia Cioffi afirmou que o objetivo é que o centro atenda não só Minas Gerais, mas também os pacientes do SUS que precisem de transplante de tecidos, como o caso dos grandes queimados de pele; dos pacientes de doenças degenerativas osseomusculares, que precisam de transplantes de tendão, ossos, articulações e cartilagens; além do banco de sangue de cordão umbilical.

Para 2011, após o credenciamento pelo Ministério da Saúde, o Cetebio fornecerá pele para os queimados de Minas Gerais e começará a fazer os protocolos dos processamentos do tecido músculo-esquelético e do sangue de cordão.

Entre os projetos em andamento na fundação, estão o Laboratório de HLA, que tem o objetivo de ampliar o número de doadores de medula óssea; o Laboratório do NAT, em parceria com o Ministério da Saúde, que visa a ampliar a segurança dos testes sorológicos de biologia celular para HIV e Hepatite C; além da Central de Imuno-Hematologia, para melhorar os testes com doadores e o Projeto de Plasmaférese-Terapêutica. "Até 2010 Minas Gerais não tinha nenhum serviço do SUS para isso", afirmou.

Deputados fazem perguntas sobre dificuldades da fundação

Em resposta a perguntas dos deputados Doutor Viana e Luiz Carlos Miranda (PDT), Júnia Cioffi afirmou que uma das maiores dificuldades da Hemominas é a conscientização das pessoas para a importância das doações. "A população ainda não vê a doação de sangue como um ato de cidadania", avaliou. Ela acredita que a nova portaria que ampliou a faixa etária para doação de sangue poderá ajudar. Segundo ela, o índice ideal de doadores, segundo a Organização Mundial de Saúde, é de 5% da população. No Brasil, esse índice é um pouco maior que 2%.

O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) fez diversos questionamentos à hematologista sobre as contratações precárias na fundação, as triagens de doadores que não são feitas por médicos e as condições dos contratos com hospitais privados.

Júnia Cioffi esclareceu que as contratações foram feitas em caráter temporário, enquanto não se abre concurso para preenchimento de vagas. Sobre as triagens de doadores, ela informou que o atendimento experimental foi feito por outros profissionais da saúde com curso superior, após consulta ao Conselho Federal de Medicina. Em relação aos contratos para fornecimento de produtos do Hemominas a hospitais, a médica explicou que a fundação não tem controle sobre os valores que os hospitais repassam aos pacientes. No entanto, segundo ela, a Hemominas apresenta sua tabela de custos sempre que há algum questionamento.

O deputado Adelmo Carneiro Leão defendeu a abertura de concurso público para a fundação e que a Hemominas forneça as informações sobre os custos de seus produtos e serviços aos pacientes no momento que assinar contrato com os hospitais.

O deputado Dr. Wilson Batista (PSL) falou da dificuldade dos pacientes que precisam providenciar doadores de sangue antes de serem submetidos a determinadas cirurgias. O parlamentar questionou se os postos avançados de coleta não poderiam estar vinculados a hospitais para facilitar esse tipo de doação. A sabatinada esclareceu que o convênio é sempre feito com o gestor municipal, porque se o candidato à doação for inapto, precisará ser absorvido pelo sistema público de saúde para o caso de algum tratamento.

O deputado Carlos Mosconi (PSDB) confirmou os avanços da política de sangue no País, desde a criação dos hemocentros, e apoiou o nome de Júnia Cioffi para a presidência do Hemominas, em função de seu conhecimento e trajetória na instituição.

Presenças - Deputados Dr. Wilson Batista (PSL), presidente; Carlos Mosconi (PSDB), vice; Doutor Viana (DEM), relator; Adelmo Carneiro Leão (PT); e Luiz Carlos Miranda (PDT).

 

 

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