Denúncia contra a Vale em Casa Branca motiva audiência
pública
Moradores do distrito de Casa Branca, em Brumadinho
(Região Metropolitana de Belo Horizonte) procuraram a Comissão de
Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para
denunciar o que eles chamam de "terrorismo" por parte da mineradora
Vale. Segundo as denúncias, a empresa vem intimidando os habitantes
com o objetivo de comprar seus terrenos na região para ampliar a
atividade extrativa.
Para esclarecer essa situação e mobilizar a
Justiça, a comissão realiza, na próxima segunda-feira (25/4/11), uma
audiência pública com a presença de moradores locais e autoridades
do Estado. A reunião, requerida pelo presidente da comissão,
deputado Durval Ângelo (PT), acontece no Auditório da Assembleia, às
14 horas.
De acordo com Durval, é inaceitável que uma empresa
como a Vale, segunda maior mineradora do mundo, pratique atos de
violações de direitos como os que estão sendo denunciados. Segundo
ele, os moradores relataram, por exemplo, que das torneiras de suas
casas tem saído água barrenta, situação provocada deliberadamente
pela Vale como forma de pressão para que seus imóveis sejam
negociados com a companhia. O deputado pretende acionar o Ministério
Público para tomas providências no sentido de proteger os moradores
e punir a empresa, caso as denúncias se confirmem.
Convidados - Para a
reunião foram convidados o secretário de Estado Adjunto do Meio
Ambiente e diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF),
Augusto Henrique Lio Horta; o ouvidor Ambiental de Minas Gerais,
Eduardo Machado de Faria Tavares; o promotor de Justiça e
coordenador regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das
Bacias dos Rios da Velha e Paraopeba, Carlos Eduardo Ferreira Pinto;
o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, William dos
Santos; o assessor da Comissão Pastoral da Terra, frei Gilvander
Luís Moreira; e a representante do Movimento pela Preservação da
Serra do Gandarela, Maria Teresa Viana de Freitas Corujo.
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