Comissão debate problemas com telefonia móvel no interior do Estado

Para debater problemas relacionados à telefonia móvel em pequenos municípios do Estado, a Comissão de Defesa do Consu...

08/04/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão debate problemas com telefonia móvel no interior do Estado

Para debater problemas relacionados à telefonia móvel em pequenos municípios do Estado, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa de Minas Gerais reúne-se na próxima terça-feira (12/3/11), às 10 horas, a requerimento do deputado Antônio Júlio (PMDB). O parlamentar tem sido procurado por moradores de diversos municípios do interior, pedindo providências no que diz respeito à prestação de serviços das empresas.

A principal queixa refere-se à restrição de sinal das operadoras de telefonia celular, que muitas vezes não alcança as áreas rurais e distritos mais afastados, limitando-se ao perímetro urbano do município. Além disso, os consumidores do interior se queixam também do fato de contarem, em seus municípios, com os serviços de apenas uma empresa.

Loteamento - O problema ocorre porque, por ocasião da implantação do Programa de Universalização do Acesso aos Serviços de Telecomunicações do Estado de Minas Gerais, conhecido como Minas Comunica, as operadoras participantes da licitação lotearam entre si os espaços de operação. O lote 1, composto por 151 municípios, com os códigos de área 33 e 37 (Vales do Mucuri, Jequitinhonha, Rio Doce e região Centro-Oeste), ficou a cargo da Oi. A Vivo ganhou o lote 2, correspondente a 134 municípios dos códigos 34, 35 e 38 (Triângulo, Sul, Norte e Noroeste). A vencedora do lote 3 foi a Claro, que implantou a telefonia celular em 127 municípios da região Central e Zona da Mata, áreas 31 e 32.

Lançado em abril de 2007, o programa foi concluído em junho de 2008, quatro meses antes do prazo previsto. Ao todo, 412 municípios do interior aderiram ao programa, a maioria do Norte e Nordeste do Estado, atingindo 2,5 milhões de pessoas. O investimento total do projeto foi de R$ 282 milhões. O governo do Estado contribuiu com R$ 163,5 milhões, a título de fomento às operadoras. Esse investimento representou uma economia de R$ 36,5 milhões em relação aos R$ 200 milhões autorizados, à época, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais para a criação do Fundo de Universalização do Acesso a Serviços de Telecomunicação em Minas Gerais (Fundomic). Os outros 118,5 milhões resultaram de recursos próprios das operadoras.

Queixas - As reclamações contra o programa Minas Comunica são antigas e recorrentes. Em 29 de abril de 2008, em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor e Contribuinte da Assembleia Legislativa, o assunto veio à tona quando o deputado Antônio Júlio (PMDB) questionou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a atuação do programa em alguns municípios do Estado.

Na ocasião, o parlamentar denunciou que diversos prefeitos reclamaram da exclusividade de atuação de operadoras em algumas regiões. "Em Rio Preto, por exemplo, só se fala pela Oi. Há dinheiro público investido e os consumidores estão sendo obrigados a trabalhar com empresas específicas, sem liberdade de escolha", argumentou o parlamentar, à época.

Em resposta, o representante da secretaria, Gilberto Morais Pimenta, disse que o Minas Comunica é um programa de fomento que teve, inicialmente, a intenção de promover a chegada da telefonia móvel aos municípios que não contavam com o serviço. Ele lembrou ainda que o chamado roaming, que abre o sinal para as demais operadoras, é um acordo feito entre as próprias empresas prestadoras de serviço. Sobre essa adequação, todos os representantes das operadoras que venceram a concorrência no programa disseram que as negociações para o roaming já tinham sido autorizadas e estavam adiantadas.

Além de Rio Preto, moradores de outros municípios, como Onça do Pitangui, Piracema e Araújos, também se queixam com frequência do desempenho das operadoras de telefonia.

Convidados - Para a reunião de terça-feira (12), foram convidados: o gerente regional da Anatel, José Dias Coelho Neto; a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Fonseca Furquim Werneck; o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Conselheiro Lafaiete, José Milton de Carvalho Rocha; o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor da Área de Serviços de Alimentos e Serviços Regulamentados pela Anatel, Marcos Tofani Baer Bahia; o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Rodrigo Barbosa; advogados e representantes das operadoras de telefonia.

 

 

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