Para especialista, propostas de Direitos Humanos devem sair do papel

Para a advogada e especialista em Direitos Humanos, Márcia Maria de Paiva Borges Martini, o momento é de colocar em p...

24/02/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Para especialista, propostas de Direitos Humanos devem sair do papel

Para a advogada e especialista em Direitos Humanos, Márcia Maria de Paiva Borges Martini, o momento é de colocar em prática e efetivar as políticas públicas dirigidas aos Direitos Humanos. Ela foi uma das expositoras que participou, na manhã desta quinta-feira (24), da penúltima rodada de debates do Fórum Democrático para o Desenvolvimento de Minas Gerais, evento que pretende colher contribuições que possam subsidiar a atuação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais durante os próximos anos.

A palestrante enfatizou três pontos principais que seriam de fundamental importância para a promoção dos Direitos Humanos no Estado, e que estariam diretamente relacionados às funções deliberativa, político-partidária e fiscalizadora do poder legislativo. A primeira proposta estaria centrada na institucionalização da participação social, mediante a ampliação de mecanismos de consulta e acompanhamento de matérias e projetos de lei relevantes. A especialista considera que, dessa maneira, o cidadão poderia acompanhar, opinar e atuar efetivamente no processo de tomada de decisões do processo legislativo. "Assim, os parlamentares teriam uma real ideia do que pensam e querem os seus representados", comenta.

Um segundo ponto destacado por Márcia Martini seria a criação de um Programa Mineiro de Direitos Humanos e a revisão do Plano Mineiro de Direitos Humanos que, na sua opinião, está defasado e não espelha as necessidades de Minas Gerais na área. A especialista pondera que essa proposta, mesmo estando no âmbito de atuação do Poder Executivo, deve ser acolhida e discutida pelo legislativo mineiro, que se propõe, a partir da realização do Fórum Democrático, incluir os Direitos Humanos como um dos pilares para o Desenvolvimento do Estado. " Se a Assembleia quer assumir uma posição de caixa de ressonância da sociedade, ela deve recolher, articular e encaminhar as demandas recebidas às instituições responsáveis", avalia.

O último ponto destacado pela palestrante foi a necessidade de fiscalização dos recursos destinados aos programas, projetos e ações na área de Direitos Humanos, bem como a apresentação de emendas ao orçamento estadual e de sugestões de adequação de valores e metas aos projetos da área, com o propósito de não apenas reconhecer e identificar os direitos humanos, mas colocá-los em prática.

Propostas - De acordo com Márcia Martini, essas sugestões fazem parte de um documento aprovado na 3ª Conferência Estadual de Direitos Humanos, realizada pela Assembleia de Minas em setembro de 2008, e que sintetizou 141 propostas para o desenvolvimento dos direitos humanos no Estado. Na sua opinião, todas essas propostas podem fazer parte da agenda da Assembleia para os próximos anos.

Outras sugestões que fazem parte desse documento e que também foram destacadas pela palestrante para a promoção dos direitos humanos são a realização de estudos e pesquisas sobre a situação dos direitos humanos no Estado, inclusive em parceria com instituições de ensino locais; o incentivo à criação de Comissões Legislativas Municipais de Direitos Humanos e Cidadania; o desenvolvimento da educação em cidadania, de forma a destacar o papel dos indivíduos como atores políticos de suas comunidades; a elaboração de informativos, boletins e cartilhas sobre os direitos humanos; a articulação com as entidades da sociedade civil e o apoio às atividades de promoção e defesa dos direitos humanos no Estado, dentre outras.

A pesquisadora ressaltou também a iniciativa da Assembleia Legislativa de promover o Fórum Democrático e, principalmente, de incluir os Direitos Humanos como um dos temas centrais para o desenvolvimento do Estado. Para ela, todos os temas discutidos durante o evento perpassam e se comunicam, de alguma forma, com a questão dos Direitos Humanos, o que mostra a importância de se promover uma discussão sobre o assunto.

 

 

 

 

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