Data-base para servidores do TCEMG permanece na pauta da CCJ

O Projeto de Lei (PL) 4.597/10, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), que fixa em 1º de maio a dat...

08/06/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Data-base para servidores do TCEMG permanece na pauta da CCJ

O Projeto de Lei (PL) 4.597/10, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), que fixa em 1º de maio a data-base para os servidores daquele órgão, continua na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Na reunião desta terça-feira (8/6/10), o relator da matéria, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), emitiu um relatório opinando pela legalidade, juridicidade e constitucionalidade do projeto. Mas o deputado Antônio Júlio (PMDB) pediu vista do parecer, de forma que sua votação ficou adiada.

Ao justificar o seu pedido de vista, Antônio Júlio argumentou que qualquer reajuste salarial de servidores do Estado deve ser feito por lei específica, e não automaticamente como está proposto. Porém, o deputado Sebastião Costa (PPS) esclareceu que o projeto define apenas a data-base, resguardando a prerrogativa do Legislativo de conceder os reajustes salariais.

Em três dos quatro outros projetos da pauta, seus relatores pediram prazo regimental para emitir seus pareceres. Sebastião Costa é o relator do PL 4.075/09, do deputado Duarte Bechir (PMN), que estabelece punições para pessoas físicas e jurídicas que venderem veículos com hodômetro adulterado.

Antônio Júlio pediu prazo regimental para apresentar seus pareceres aos PLs 4.284/10, do deputado Leonardo Moreira (PSDB) e 4.434/10, do deputado Célio Moreira (PSDB). O primeiro altera a Lei 13.685, de 2000, que obriga o Estado a divulgar informações sobre veículos apreendidos pela polícia. Segundo os dispositivos acrescentados, o valor obtido com o leilão do veículo, caso não seja possível identificar a conta corrente do proprietário, será dividido entre o Estado e o município de emplacamento. Se o carro tiver sido emplacado em outro Estado, o dinheiro será repartido entre o Estado e o município onde ocorreu a apreensão. Já o PL 4.434/10 proíbe a venda e distribuição de pulseiras coloridas, conhecidas como "pulseiras do sexo", no Estado de Minas Gerais.

Já o PL 4.359/10, do deputado Leonardo Moreira, recebeu parecer pela ilegalidade na comissão. A matéria obriga as escolas públicas e privadas do Estado a instalarem em seus computadores programas que bloqueiam o acesso a sites pornográficos. De acordo com o parecer do relator, deputado Délio Malheiros (PV), essa providência não deve ser estabelecida em lei, tratando-se de decisão administrativa de cada escola.

Deputados discutem concessão de títulos de utilidade pública

Após a deliberação sobre os projetos da pauta, os deputados discutiram uma decisão da CCJ de 2008, segundo a qual não seriam mais concedidos títulos de utilidade pública para entidades religiosas. Antônio Júlio se manifestou contra essa decisão, uma vez que muitas delas desenvolvem importantes trabalhos sociais. Sebastião Costa e Dalmo Ribeiro Silva alegaram que a vedação está respaldada por lei.

Antônio Júlio ainda questionou um decreto do Governo publicado em 5 de maio, que concede anistia a devedores de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado. Ele criticou a falta de divulgação do dispositivo e argumentou que é favorável à anistia, mas que ela deve ser determinada por lei, e não por decreto. Sebastião Costa discordou da falta de publicidade do dispositivo, relatando que em sua cidade, Divino (Zona da Mata), diversos microempresários estão se mobilizando para conferir se têm direito ao benefício.

Presenças - Deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), presidente; Sebastião Costa (PPS), Antônio Júlio (PMDB), Délio Malheiros (PV) e Rômulo Veneroso (PV).

 

 

 

 

 

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