Comissão parlamentar questiona punição a estudantes da UFMG

As acusações de estudantes contra a direção da UFMG, incluindo alegações de perseguição contra o movimento estudantil...

26/03/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão parlamentar questiona punição a estudantes da UFMG

As acusações de estudantes contra a direção da UFMG, incluindo alegações de perseguição contra o movimento estudantil, serão discutidas pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (30/3/10), às 9 horas, em reunião que acontecerá no Auditório da Faculdade de Letras da universidade, no Campus da Pampulha. O requerimento para realização da reunião é do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), atendendo solicitação do movimento estudantil.

As acusações contra a Reitoria da UFMG se referem a um protesto ocorrido em abril de 2007, quando estudantes ocuparam o Restaurante Universitário, na Pampulha. Dois diretores da União Nacional dos Estudantes (UNE) dizem que o episódio originou uma perseguição que resultou em sua jubilação (desligamento da universidade), no fim de 2009. Leonardo Péricles Vieira, que cursava biblioteconomia, e Matheus Malta Rangel, que estudava Ciências Sociais, ingressaram com uma ação judicial para contestar a decisão.

O argumento para a jubilação, segundo Vieira, foi o "baixo rendimento semestral global". O estudante diz, no entanto, que esse baixo rendimento só aconteceu porque ambos foram impedidos de trancar a matrícula na época que estavam impossibilitados de frequentar as aulas. O impedimento aconteceu enquanto estavam sendo processados administrativamente pela participação na ocupação do Restaurante Universitário.

Vieira e Rangel estavam entre os sete estudantes processados pela direção da universidade. Outro estudante investigado ficou impedido de retirar seu diploma de conclusão do curso até o encerramento do processo administrativo. De acordo com Vieira, nenhum dos sete foi punido com base no processo, mas a jubilação teria sido um artifício para puni-los, mais tarde.

A UNE apoia a reivindicação de seus diretores e também condena proposta da UFMG de instituir um "Código de Convivência Discente", que estabelece regras de conduta para os alunos. Segundo informações da UNE, o código prevê, entre outros pontos, que os estudantes que invadirem espaço público poderão ser expulsos da universidade e terão que esperar cinco anos para reingressarem na instituição.

Convidados - Receberam convite para a reunião o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz; o diretor do Instituto de Ciências Exatas da UFMG, Bismark Vaz da Costa; o diretor de Universidades Públicas da União Nacional dos Estudantes (UNE), Leonardo Péricles Vieira; o inegrante da Rede nacional de Advogados Populares e assessor jurídico da Comissão Pastoral da Terra em Minas Gerais, Élcio Pacheco; o presidente do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros, José Lopes de Siqueira Neto; a representante dos Técnicos Administrativos de Nível Superior do conselho, Leonor Gonçalves; o diretor de Políticas Educacionais da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais, Matheus Malta Rangel; o diretor de Relações Públicas do Centro Acadêmico Afonso Pena da Faculdade de Direito da UFMG, Henrique Pereira de Almeida; e o presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande BH, Gladson Reis.

 

 

 

 

 

 

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