Empresários do setor da água mineral querem redução de imposto

A cobrança de tributos sobre a produção da água mineral no Estado foi discutida, na manhã desta quarta-feira (18/11/0...

18/11/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Empresários do setor da água mineral querem redução de imposto

A cobrança de tributos sobre a produção da água mineral no Estado foi discutida, na manhã desta quarta-feira (18/11/09), durante reunião conjunta das comissões de Minas e Energia e Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. De acordo com o deputado Braulio Braz (PTB), que solicitou a reunião, a carga tributária de 18% cobrada pelo Governo é maior do que em outros estados e impede que Minas tenha capacidade de competir no mercado nacional

O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), por sua vez, lembrou que a comissão aprovou requerimento durante reunião realizada no dia 28 de outubro, solicitando ao secretário de Estado da Fazenda que reveja a questão do ICMS e do regime tributário sobre o produto. "A Assembléia tem sido generosa ao atender o Governo. Espero que o Executivo se sensibilize com as nossas reivindicações", observou.

Para o deputado Neider Moreira (PPS), a água mineral deve ser classificada como alimento e não bebida. "Temos regiões que não possuem água de qualidade, e a água é a única opção para a população. Já o deputado Antônio Júlio (PT) acredita que "já está passando da hora" de o Governo do Estado tomar uma atitude. Segundo ele, o que está acontecendo hoje com a água mineral aconteceu há três anos com o refrigerante pet. O imposto cobrado era mais caro que o próprio produto, o que resultou no fechamento de várias empresas.

Solução difícil - O diretor de Mineração da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Newton Reis de Oliveira Luz, disse que o Executivo está sensível ao problema, mas que não é fácil a solução. "Temos uma questão tributária complicada", completou. Segundo ele, o assunto deve ser discutido em conjunto com representantes do Governo e do setor.

O assessor da Superintendência de Tributação da Secretaria da Fazenda, Ricardo Luiz Oliveira de Souza, lembrou que o imposto cobrado no setor da água mineral chama-se substituição tributária, que é "uma forma mais prática de se pagar o ICMS".

Segundo ele, a substituição tributária ocorre quando o imposto é calculado e pago na saída do produto dos estabelecimentos ou ainda por quem a lei atribuir a necessidade. "É bem mais fácil fiscalizar assim do que percorrer bares e outros estabelecimentos que comercializam o produto", completou.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam) e do Sindicato Nacional de Indústria de Águas Minerais, Carlos Alberto Lancia, a legislação não obriga a adoção do sistema de substituição tributária. "É uma decisão política, o Governo usa se quiser", observou.

Carlos Alberto disse que os microempresários do setor estão fechando suas portas por não dar conta de pagar antecipadamente o imposto. Já o delegado regional da Abinam, Robson Fortes de Araújo, acredita que o consumidor não aguenta mais pagar o valor do produto final e quem ganha com isso são os grandes empresários. "Desse jeito, o setor da água mineral não tem como sobreviver", afirmou.

Neider Moreira lembrou que a comissão já se reuniu com o secretário de Desenvolvimento Econômico e com o secretário da Fazenda propondo a redução do imposto por tempo determinado, para avaliar o impacto na arrecadação do Estado.

Segundo ele, os secretários ficaram de levar a proposta ao governador Aécio Neves, mas até hoje não se manifestaram sobre o assunto. "Esperamos que o Governo nos dê uma resposta sobre isso o mais rápido possível", relembrou. O assessor da Superintendência de Tributação da Secretaria da Fazenda, Ricardo Luiz Oliveira de Souza, disse que vai levar a reivindicação novamente ao chefe do Executivo.

Presenças - Deputados Adelmo Carneiro Leão (PT), Antônio Júlio (PMDB), Braulio Braz (PTB), Dalmo Ribeiro (PSDB), Neider Moreira (PPS).

 

 

 

 

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