Para lembrar seu dia, maçons lotam Plenário em reunião
especial
O Plenário ficou tomado pelos maçons nesta
sexta-feira (29/8/08), data que a Assembléia Legislativa de Minas
Gerais escolheu para realizar Reunião Especial lembrando o Dia do
Maçom, comemorado em 20 de agosto no País. A reunião atendeu a
requerimento do deputado Domingos Sávio (PSDB), ele também um maçom
há quase duas décadas. Além de Domingos Sávio e do deputado
Lafayette de Andrada (PSDB), representando a Presidência da ALMG,
compuseram a mesa da solenidade os grão-mestres das três maiores
lojas maçônicas do Estado e representantes de outras entidades da
Maçonaria mineira.
Domingos Sávio homenageou outro deputado maçom,
Lafayette de Andrada, um descendente direto do primeiro grão-mestre
brasileiro, o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada.
Domingos Sávio lembrou também que a Maçonaria esteve presente em
todos os movimentos libertários nacionais, dentre eles, a
Inconfidência Mineira, Independência do Brasil e Proclamação da
República. Mas enfatizou que a instituição continua presente na vida
nacional, como em 2005, quando as três maiores lojas de Minas se
reuniram no Plenário para protestar contra o aumento de impostos; e
em 2006, quando no Senado foi lida uma carta à nação, editada pelas
27 grandes lojas maçônicas brasileiras, condenando a corrupção no
País.
Bandeira - Agradecendo a
homenagem, o deputado Lafayette de Andrada destacou que "a palavra
liberdade, escrita na bandeira de Minas Gerais, é o ideal maçônico
transformado em um símbolo vivo". Ele citou grandes personalidades
da história mundial e brasileira pertencentes à ordem, como Abraham
Lincoln, Shakespeare, Voltaire e Mozart; além de Rui Barbosa, José
de Alencar e Teófilo Otoni. E concluiu dizendo que, mais do que
nunca, as virtudes da Maçonaria, como o equilíbrio e a busca da
liberdade são necessários ao mundo atual.
Falando também sobre o momento presente da vida
nacional, o grão-mestre Antônio José dos Santos, da Grande Loja
Maçônica de Minas Gerais (GLMMG), questionou se hoje se pode
considerar o Brasil realmente independente, levando em conta o
quadro crítico que vive o País. Ele criticou os problemas
enfrentados em vários setores, como saúde, educação, cultura, meio
ambiente, e defendeu: "na crista desses acontecimentos, precisamos
empunhar uma bandeira pela salvação do Brasil, fortalecendo a
Maçonaria".
Ética - O grão-mestre do
Grande Oriente de Minas Gerais (GOMG), Hedison Damasceno, reforçou
que a Maçonaria, presente nas transformações do mundo desde o século
17, dedica-se ao estudo e solução dos problemas humanos, seguindo o
seu lema de paz, justiça e fraternidade. Ele acredita que,
atualmente, a instituição está mais voltada para o campo da
moralidade e dos costumes. "Contra a crise ética e moral, erguem-se
as vozes indignadas de nossas lojas e irmãos", afirmou.
O grão-mestre adjunto do Grande Oriente do Estado
de Minas Gerais (GOEMG), Eduardo Teixeira de Resende, usou seu
discurso para condenar a supremacia, no mundo atual, do poder
econômico sobre os outros poderes - eclesiástico, político/militar e
do conhecimento. "Hoje, poucas pessoas dominam o PIB mundial", disse
ele, lembrando que a Maçonaria sempre pautou sua atuação pela busca
do conhecimento. E que foi na busca desse poder que a ordem teve
papel destacado em movimentos sociais em todo o mundo. "Nós, maçons,
somos criados para sermos artífices da história", declarou.
Demolay - Também na
reunião, um jovem da Ordem DeMolay, formada por jovens entre 12 e 21
anos e patrocinada pela Maçonaria Universal, apresentou a chamada
"Cerimônia das Luzes". Com sete velas acesas, simbolizando faróis na
escuridão, o jovem descreveu o que cada uma delas simbolizava: amor
entre pais e filhos, reverência ao sagrado, cortesia,
companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo.
Também compuseram a mesa o presidente do Supremo
Conselho do Grau 33 de Minas Gerais, Sebastião Cardoso; e o
grão-mestre do Grande Oriente do Estado de Minas Gerais, Amintas
Araújo Xavier.
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