Itajubá recebe debate sobre ICMS Solidário nesta quinta-feira (30)

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove em Itajubá, nesta quinta-feira (30/8/07), o sétimo encontro regional...

27/08/2007 - 00:01
 

Itajubá recebe debate sobre ICMS Solidário nesta quinta-feira (30)

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove em Itajubá, nesta quinta-feira (30/8/07), o sétimo encontro regional do Fórum Técnico ICMS Solidário. Especialistas, deputados e lideranças do Sul de Minas vão discutir com a população propostas para aprimorar o Projeto de Lei (PL) 637/07, do deputado Dinis Pinheiro (PSDB), que altera a Lei 13.803, de 2000, conhecida como Lei Robin Hood. O encontro, que começa às 8h30, será no Anfiteatro Albert Sabin, da Faculdade de Medicina de Itajubá (Avenida Rennó Júnior, 368 - Bairro Medicina).

O PL 637/07 modifica os critérios de distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os municípios mineiros, a partir da divisão em três grupos, com base em critérios econômicos, sociais solidários e de compensação solidária. O objetivo é redistribuir uma parte do imposto, beneficiando cidades que estejam em situação desfavorável em relação à média per capita de ICMS do Estado. A previsão é de que 762 municípios sejam beneficiados com aumento de repasse, enquanto 91 perderiam recursos. "A proposta busca uma distribuição de recursos mais justa, mais humana e mais cristã. O exercício da vida pública só tem significado se for voltado para as pessoas mais carentes. Esse projeto beneficia mais de 15 milhões de pessoas, é um grande instrumento de transformação social", argumenta o autor do projeto.

Simulação feita pela Consultoria da ALMG, com base nos valores do ICMS de abril deste ano, revela que apenas 10 municípios de toda a região do Sul de Minas terão perdas, caso sejam modificadas as regras. Das 11 microrregiões, nove teriam ganhos na apuração média: Andrelândia (17,18%), São Lourenço (10,89%), Alfenas (6,52%), Itajubá (6,17%), Varginha (4,36%), São Sebastião do Paraíso (4,08%), Santa Rita do Sapucaí (3,74%), Lavras (2,84%) e Pouso Alegre (2,13%). As microrregiões de Passos e Poços de Caldas perderiam, respectivamente, 3,87% e 2,41%.

Como um todo, o Sul de Minas, responsável por uma população de 2,6 milhões de habitantes, teria um aumento de arrecadação na ordem de 2,84%. O município que teria o maior ganho é o de Toledo, que passaria de R$ 10,25 per capita, para R$ 12,21, um aumento de 19,11%. Por outro lado, Arceburgo teria uma redução de 20,93% no repasse do imposto, caindo de R$ 25,69 para R$ 20,31 por pessoa.

A programação do encontro em Itajubá inclui exposições técnicas sobre a Lei Robin Hood e sobre o projeto, além de pronunciamentos e debates. Solicita-se que as sugestões para aprimoramento do PL 637/07 sejam apresentadas por escrito e, se possível, em disquete ou CD, com o nome do proponente, telefone, endereço eletrônico e nome da instituição que representa. Todas as propostas serão consolidadas na etapa final do fórum, em Belo Horizonte. A programação completa do Fórum está disponível no hotsite do evento, na página da Assembléia: www.almg.gov.br.

Previsão legal - De acordo com a Constituição Federal, de todo o ICMS arrecadado no Estado, 25% destinam-se aos municípios. Desse montante, pelo menos 75% devem ser distribuídos de acordo com o Valor Adicionado Fiscal (VAF), que retrata o movimento econômico do município, e o restante conforme determinar a lei estadual.

Atualmente, o ICMS em Minas é distribuído de acordo com os seguintes critérios e percentuais dos recursos destinados aos municípios: VAF (79,68%); área geográfica (1%); população (2,71%); população dos 50 municípios mais populosos (2%); educação (2%); produção de alimentos (1%); patrimônio cultural (1%); meio ambiente (1%); saúde (2%); receita própria (2%); cota mínima (5,5%); e municípios mineradores (0,11%). O cálculo da parcela de cada município é uma média aritmética que leva em conta o desempenho do município e o peso de cada critério.

Projeto altera forma de distribuição do ICMS

A proposta original do PL 637/07 é distribuir, pelo critério do VAF, o mínimo determinado pela Constituição Federal, que é 75% - e não os 79,68% atuais. Assim, os 4,68% restantes serão redistribuídos a partir de um novo critério, chamado ICMS Solidário. Já os demais critérios não terão o índice alterado, mas serão separados em dois grupos, um relativo a critérios econômicos e outro relativo a critérios sociais.

Os critérios econômicos são o VAF (75% dos recursos), produção de alimentos (1%), meio ambiente (1%), receita própria (2%) e municípios mineradores (0,11%). Os critérios sociais são área (1%), população (2,71%), população dos 50 mais populosos (2%), educação (2%), patrimônio cultural (1%), saúde (2%) e a cota mínima (5,5%). A divisão dos recursos será feita em três etapas. Todos os municípios participam da primeira fase, relativa aos critérios econômicos. Aqueles que apresentarem índice de ICMS per capita igual ou superior à média do Estado acrescida de 40% não participam da divisão de recursos do segundo grupo, com critérios sociais solidários.

Realizada essa nova distribuição, cada município alcança um novo valor per capita, que é confrontado com o novo valor médio do Estado. Apenas os municípios que ficarem abaixo da média do Estado acrescida de 40% seguem para a divisão de recursos do ICMS Solidário. Essa parcela, instituída pelo PL 637/07, é distribuída conforme a população de cada município.

 

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