LDO tem avulsos distribuídos

Está pronto o relatório do deputado Dilzon Melo (PTB) sobre o Projeto de Lei (PL) 3.293/06, do governador, que traz a...

12/07/2006 - 00:01
 

LDO tem avulsos distribuídos

Está pronto o relatório do deputado Dilzon Melo (PTB) sobre o Projeto de Lei (PL) 3.293/06, do governador, que traz as diretrizes para elaboração da lei orçamentária para o exercício financeiro de 2007 (LDO). O parecer estava na pauta da reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária com membros das comissões permanentes da Assembléia Legislativa de Minas Gerais desta quarta-feira (12/7/06), mas não chegou a ser votado. Foram distribuídas cópias (avulsos) do parecer aos demais deputados. Acomissão se reúne novamente nesta quarta às 16 horas para discutir o assunto.

O relator optou por rejeitar 245 da 280 emendas apresentadas ao projeto na fase inicial da tramitação. Em seu relatório, acrescenta as emendas de nºs 281 a 284, e mais subemendas às emendas nºs 54, 99, 114, 131 e 279. O deputado Dilzon Melo considerou que a maioria das emendas propostas pelos deputados modificavam o anexo das metas e prioridades, acrescentando novos objetivos sem levar em consideração a meta de superávit primário estabelecida para 2007 (que ficou em R$ 1,69 bilhão). Outra grande parcela das emendas acrescentaria despesas que já estavam previstas no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), ou modificariam o plano, sendo que este não é o momento para fazê-lo. Outras emendas foram rejeitadas por detalharem ações em um nível que só é possível na própria lei do orçamento, de acordo com o relator.

O relatório menciona a Lei de Responsabilidade Fiscal, que faz com que a LDO tenha o papel de compatibilizar as estratégias da política fiscal e a execução do programa de trabalho do governo. "As prioridades da administração pública devem, obrigatoriamente, refletir os limites impostos pelo equilíbrio entre receitas e despesas", afirma Dilzon Melo em seu relatório.

Interpretação ampla - Entre as emendas acatadas pelo relator Dilzon Melo está a de nº 279, do deputado Sebastião Helvécio (PDT), que dá interpretação ampla ao termo "ações e serviços públicos de saúde", incluindo entre esses serviços a Copasa, o Hospital Militar e o Hospital da Previdência. O tema é polêmico, pois a determinação exata do que são essas ações e serviços é que vai dizer se o Estado está ou não gastando os 12% que a Emenda à Constituição 29 determina que sejam aplicados em saúde. A Emenda 29 requer uma lei complementar federal que a regulamente, o que daria fim à polêmica, mas até hoje essa lei não existe.

Novidades - A LDO para 2007 segue, basicamente, o mesmo padrão das normas dos anos anteriores. Uma mudança este ano é que a proposta original do governo, no inciso V do artigo 15º, impede que emendas de deputados anulem as dotações orçamentárias destinadas ao Pasep e ao Fundo de Incentivo ao Desenvolvimento (Findes). O fundo, criado pela Lei 15.981, de 2006, tem como objetivo dar suporte financeiro a programas de financiamento destinados ao desenvolvimento e à expansão do parque industrial mineiro e das atividades produtivas e de serviços nele integradas. O relatório do deputado Dilzon Melo acaba com esta proibição em relação ao Findes. Ou seja, só os recursos do Pasep não podem ser anulados.

Outra novidade, de acordo com o consultor da Gerência de Orçamento da Assembléia Legislativa, Rogério Gurjão Pinheiro, é a possibilidade de que o Executivo, por medida de economia de recursos, deixe de publicar a lei orçamentária no jornal impresso "Minas Gerais" e a publique apenas na internet. Essa possibilidade está expressa no artigo 17 do projeto.

Presenças - Na reunião da manhã estiveram presentes os deputados Dilzon Melo (PTB), Elisa Costa (PT), José Henrique (PMDB), Luiz Humberto Carneiro (PSDB) e Sebastião Helvécio (PDT).

 

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