Deputados vão a Itinga cobrar punição para crime político

Mobilizar a população e cobrar a realização do júri popular são os objetivos da audiência pública que a Comissão de D...

20/05/2005 - 00:01
 

Deputados vão a Itinga cobrar punição para crime político

Mobilizar a população e cobrar a realização do júri popular são os objetivos da audiência pública que a Comissão de Direitos Humanos promoverá em Itinga, nesta quarta-feira (25/5/05), para esclarecer a morte de Vianey Ferreira Campos, militante do PT assassinado em 5/2/00 pelo vereador Hermelino Ribeiro Evangelista (PL). A reunião, solicitada pelo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), será no Plenário da Câmara Municipal (rua Hermes de Castro, 10), às 9h30. Réu confesso de Vianey Campos, o vereador responde ao processo em liberdade. O julgamento deverá acontecer em Araçuaí, mas ainda não tem data marcada.

Hermelino Evangelista já teve a pronúncia anunciada pela Justiça, mas recorreu da decisão. A pronúncia é a decisão judicial que registra a culpa do réu e o remete ao julgamento final no tribunal do júri. Essa decisão implica a comprovação da existência do crime e de indícios suficientes de ser o réu quem o praticou. De acordo com Simone Campos Vilar, irmã do técnico da Emater assassinado, o crime teve motivação política e foi praticado porque Vianey Campos seria o candidato do então prefeito Charles Azevedo Ferraz à sucessão municipal. Ferraz é prefeito de Itinga atualmente.

Vianey Campos foi morto com três tiros à queima-roupa em um bar, onde estava com a mulher e amigos. Hermelino Evangelista, que também era vereador à época do crime, ficou foragido e apresentou-se ao Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) apenas três meses após o assassinato.

Convidados - Foram convidados a participar da reunião os prefeitos de Teófilo Otoni, Maria José Haueisen; de Araçuaí, José Antônio Martins Santana; e de Itinga, Charles Azevedo Ferraz; a vereadora Maria de Lourdes Alves Gusmão, de Itinga, e o presidente da Câmara daquele município, Altair Vilar Guimarães; o promotor Carlos Henrique Torres de Souza, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte; o promotor Eduardo Francisco Louvato Bianco, da Comarca de Araçuaí; Antônio Francisco Patente, advogado da família de Vianey Ferreira de Campos; e Simone Campos Vilar, irmã do militante do PT assassinado.

 

 

 

 

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