Ex-deputado Carlos de Faria Tavares morre aos 92 anos
Está sendo velado no Cemitério do Bonfim, com
sepultamento previsto para as 16h30 desta terça-feira (18/5/04), o
corpo do ex-deputado Carlos de Faria Tavares, que morreu na manhã
desta terça, em sua casa em Belo Horizonte, aos 92 anos de idade.
Faria Tavares foi deputado estadual à 3ª Legislatura (1955-59), pelo
Partido Social Progressista (PSP) e era o último signatário vivo do
"Manifesto dos Mineiros", documento histórico divulgado em outubro
de 1943 por membros da elite liberal de Minas Gerais, defendendo o
fim da ditadura do Estado Novo e a redemocratização do país. Carlos
de Faria Tavares era viúvo, deixa uma filha, três netos e três
bisnetos. Seu filho, o embaixador Alfredo Carlos Tavares, morreu no
ano passado.
Político, advogado e empresário, Tavares era
natural de Córrego Danta e filho de Secundino de Faria Tavares,
patriarca que deu quatro filhos à política. Carlos era o mais velho
dos quatro. Os outros foram Dario de Faria Tavares, médico,
secretário de Estado da Saúde e deputado federal; Expedito de Faria
Tavares, advogado e deputado estadual por três legislaturas,
secretário do Interior no Governo Rondon Pacheco; e José de Faria
Tavares, advogado, juiz e professor, que foi constituinte mineiro em
1947. Carlos Faria foi também fundador e primeiro presidente da
extinta MinasCaixa.
Um dos fundadores da UDN, o ex-deputado assinou o
Manifesto dos Mineiros contra a Ditadura Vargas juntamente com nomes
como Virgílio de Melo Franco, Pedro Aleixo, Milton Campos, Artur
Bernardes, Magalhães Pinto e Afonso Arinos de Melo Franco. Depois de
deixar a política, tornou-se empresário de mineração, presidindo a
Usina Wigg e a Ipaminas, até constituir sua própria mineradora.
Orgulhava-se de jamais ter sido multado por descumprimento da
legislação ambiental.
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