Plenário recebe veto parcial do governador à lei do cooperativismo

O Plenário da Assembléia recebeu quatro mensagens do governador Aécio Neves durante a Reunião Ordinária de Plenário d...

12/04/2004 - 00:00
 

Plenário recebe veto parcial do governador à lei do cooperativismo

O Plenário da Assembléia recebeu quatro mensagens do governador Aécio Neves durante a Reunião Ordinária de Plenário desta quarta-feira (7/4/04), sendo que uma delas contém o veto parcial à Proposição de Lei 15.956, que dispõe sobre a política estadual de apoio ao cooperativismo. Foram vetados os artigos 12 e 13 da proposição, que determinam que o Estado definirá medidas para isentar o pagamento de tributos nas operações realizadas entre cooperativas e que os órgãos fazendários adotarão escrituração simplificada para as cooperativas. Nas razões do veto, o governador atesta que não existe, na proposição, estimativa do impacto orçamentário-financeiro da medida, como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso havia sido registrado no parecer da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia.

Outra mensagem recebida pelo Plenário contém o Projeto de Lei 1.538/04, que altera a denominação da Companhia de Processamento de Dados do Estado de Minas Gerais (Prodemge) para Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais. Segundo o governador, devido ao dinamismo da área de informática, a medida tem o objetivo de colocar a companhia "em um universo mais amplo, inerente ao campo da tecnologia da informação.

Projeto muda estatuto dos servidores civis de Minas Gerais

Também nesta quarta-feira, o governador encaminhou à Assembléia mensagem contendo o Projeto de Lei Complementar 52/04, que altera dispositivos da Lei 869, de 1952, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Minas Gerais. Na mensagem, o secretário de Planejamento e Gestão, Antônio Anastasia, explica que "a proposição busca a compatibilização entre o regime jurídico dos servidores públicos de Minas e a necessidade de implementação de princípios meritocráticos de produtividade da Administração Pública".

Anastasia justifica que os motivos das alterações na Lei 869 são o aperfeiçoamento contínuo do servidor, com a valorização da qualificação profissional e o desempenho para fins de desenvolvimento na carreira. Nesse sentido, a proposição define novos conceitos de quadro de pessoal, plano de carreira, carreira, nível, grau, cargo público de carreira, progressão e promoção e estabelece as fases características das carreiras do Poder Executivo Estadual.

A quarta mensagem recebida traz o Projeto de Lei 1.537/04, que autoriza o Executivo a doar o imóvel que especifica à Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG).

Tribunal de Contas - A Presidência informou que a prestação de contas do Tribunal de Contas do Estado relativa ao exercício de 2003 foi publicada em essencialidades no "Diário do Legislativo" desta quarta (7) e distribuída em avulso aos deputados nesta data. Informou ainda que o prazo de dez dias para requerimento de informações ao Tribunal de Contas será contado a partir de segunda-feira (12/4), encerrando-se na quinta-feira, dia 22 de abril.

Câmaras municipais - Durante a reunião, os deputados Carlos Pimenta (PDT), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Alencar da Silveira Jr. (PDT) defenderam que a Assembléia precisa se posicionar em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal de mudar a forma de calcular as vagas nas câmaras municipais. Para os deputados, muitos municípios ficarão prejudicados com essa decisão do STF. Já o deputado Biel Rocha (PT) registrou o aniversário de 151 anos da Câmara Municipal de Juiz de Fora, comemorados nesta quarta (7), onde ele passou seis anos de sua vida política. Também pela questão de ordem, o deputado Durval Ângelo (PT) lembrou a cassação dos mandatos dos deputados Sinval Bambirra, Clodesmidt Riani e Dazinho, no dia 8 de abril de 1964. "Eles foram um exemplo de luta para todos nós", disse.

Deputados se pronunciam sobre a Copasa

A natureza dos contratos firmados entre a Copasa e os municípios mineiros para o tratamento de água e esgoto foi abordada pelo deputado Rogério Correia (PT). Segundo ele, em alguns municípios o controle do processo licitatório de obras de saneamento passa a ser obrigação das prefeituras, sem uma fiscalização da Copasa. "Entendo que essa obrigação é da Copasa", disse Correia ao afirmar que os recursos oriundos para tais obras foram garantidos no governo federal para a companhia de saneamento. Ele cobrou a presença do presidente da Copasa na Assembléia para debater esses contratos. Em sua fala, Rogério Correia informou ainda alguns dados contidos no inquérito policial envolvendo o prefeito de Alfenas, José Wurtemberg Manso, oito vereadores da cidade e o empresário José Augusto Godoy Neto. Na conclusão do delegado Rosemberg Oto Quaresma, o prefeito e os vereadores poderão ser cassados por corrupção ativa e passiva e improbidade administrativa. Pelo inquérito, o delegado presume ainda que o dinheiro distribuído pelo prefeito aos vereadores, em agosto de 2002, era proveniente do empresário, "com objetivo de levar alguma vantagem com a aprovação do contrato de renovação da concessão de água e tratamento de esgoto".

Para o deputado Miguel Martini (PSB), a Copasa tem conduzido os contratos com os municípios mineiros de "uma maneira correta e competente" e que são poucos os casos em que a responsabilidade no processo de licitação tem ficado com as prefeituras. "Defendo que cada centavo do dinheiro público seja bem aplicado", afirmou. Ele comentou ainda um aparte feito pelo deputado Chico Simões (PT) durante o pronunciamento de Rogério Correia. Na ocasião, Simões informou que existe uma norma técnica na Copasa que suspende temporariamente que o processo de licitação seja acompanhado pelas prefeituras. "Se confirmarmos essa informação, esta questão está resolvida", opinou Martini. Ele disse ainda que vai pedir que o presidente da Copasa venha à Assembléia para constatar a confiança dos deputados petistas em relação à companhia no sentido de que ela deva acompanhar os processos de licitação de obras de saneamento. Em aparte, Rogério Correia disse que o PT é defensor do fortalecimento das empresas públicas, independente de qual governo elas façam parte.

 

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