Eletrificação rural na Zona da Mata é debatida em Leopoldina

Com a presença do presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB); do secretário de Estado de Governo, Danilo ...

21/11/2003 - 20:34
 

Eletrificação rural na Zona da Mata é debatida em Leopoldina

Com a presença do presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB); do secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro; de vários deputados e prefeitos da região, a Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas promoveu um amplo debate sobre eletrificação rural, nesta sexta-feira (21/11/2003), em Leopoldina, na Zona da Mata. A Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina se comprometeu, na reunião, a aderir ao programa de eletrificação rural do governo de Minas, após esclarecimentos feitos pelo diretor, Manoel Antônio Neiva, sobre a posição da empresa quanto aos projetos dos governos federal e estadual.

O Projeto Clarear, que contará com recursos federais, estaduais e municipais, além de verba das empresas, também foi abordado no evento. A defesa do programa foi uma unanimidade entre os deputados presentes. "Para atrair mais pessoas para o campo, precisamos assegurar melhores condições de trabalho para as pessoas que vivem na zona rural", afirmou o presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB). Os deputados Célio Moreira (PL), José Henrique (PMDB) e Fábio Avelar (PTB) também manifestaram apoio ao projeto, que pretende levar energia para todas as propriedades rurais de Minas até o final de 2006, ao custo de R$ 530 milhões.

Requerimento - O objetivo da reunião, segundo o autor do requerimento para sua realização, deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), era saber o posicionamento da Cataguazes-Leopoldina sobre a eletrificação rural, pois existia o temor de que não houvesse interesse da empresa em aderir aos financiamentos dos governos federal e estadual para levar eletrificação a todas as propriedades rurais de sua área de cobertura. "Já estamos envolvidos no Programa Luz para Todos, do governo federal, mas as condições para a liberação de recursos para as empresas de energia ainda estão sendo definidas", explicou Manoel Antônio Neiva.

O diretor da Força e Luz garantiu que a empresa está em contato permanente com o Ministério das Minas e Energia e, assim que as condições de financiamento estiverem definidas, a companhia vai aderir ao programa. "Estamos aguardando as condições dos financiamentos a serem concedidos para esse programa, pois não se pode exigir que a empresa quebre ou que repasse todos os custos da eletrificação rural para seus consumidores", justificou.

Secretário de Governo, empresa e deputado comentam entraves para eletrificação

O secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro, cobrou esclarecimentos para orientar a ação do governo de Minas. "O projeto federal de levar eletrificação a todas as propriedades rurais está em estágio avançado e a Cemig já se posicionou a favor", disse. O Programa Clarear, do governo do Estado, tem os mesmos objetivos: levar energia para todas as propriedades rurais de Minas até o final de 2006, ao custo de R$ 530 milhões. O secretário afirmou que a iniciativa do Programa Clarear é do governador Aécio Neves. O assessor de Comunicação da Cataguazes-Leopoldina, Mauro Rios, por sua vez, disse que "esse programa é do governo federal, e os recursos ainda estão sendo definidos".

O assessor também fez outros questionamentos, afirmando que "não é verdade que a Cataguazes-Leopoldina não queira participar do programa". Segundo ele, a empresa nunca deixou de integrar nenhum projeto de eletrificação rural de nenhum governo. O deputado Antônio Carlos Andrada reagiu às reclamações da empresa. "Estamos aqui apenas para dar o exemplo da Cemig, para mostrar à Cataguazes-Leopoldina que o processo poderia ser mais adiantado", justificou.

Projeto Clarear - Segundo o secretário Danilo de Castro, o Programa Clarear vai contar com recursos dos governos federal, estadual e prefeituras, além das próprias empresas. A Eletrobrás arcaria com 40% dos custos do projeto, outros 30% seriam bancados pelas empresas de energia e os 30% restantes seriam divididos entre Estado e municípios. De acordo com ele, as prefeituras teriam que arcar com 14% dos custos do projeto, dinheiro que poderia ser financiado em até 48 parcelas. Para garantir os recursos dos municípios, o secretário disse que está pedindo à bancada mineira no Congresso que aprove emendas no Orçamento da União para beneficiar suas regiões de origem.

Balanço da atuação governamental

Para o diretor da Cataguazes-Leopoldina, os 65 municípios de sua área de cobertura são privilegiados, se comparados com as outras regiões do Estado. Ao todo, 97% dos domicílios contam com energia elétrica. Na zona urbana, esse percentual chega a 98%, mas cai para 85% na zona rural. São 6 mil propriedades rurais sem eletrificação. Mesmo assim, a empresa alega que tem se esforçado para ampliar sua cobertura na zona rural. Nos dois últimos programas de eletrificação rural do governo federal, foram beneficiadas 3 mil propriedades. Já com o Luz de Minas, desenvolvido pelo governo Itamar Franco, foi possível levar energia a 800 propriedades rurais na área de atuação da Cataguazes-Leopoldina. Até 2004, a empresa estará investindo R$ 200 milhões na construção de cinco usinas hidrelétricas, para gerar 100 megawatts de energia.

Requerimento - Foi aprovado, na reunião, requerimento do deputado Antônio Carlos Andrada, solicitando reunião conjunta das Comissões de Assuntos Municipais, de Turismo e de Agropecuária para discutir o desenvolvimento da Zona da Mata.

Presenças - Participaram da reunião o presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), e os deputados Célio Moreira (PL), presidente da comissão; Antônio Carlos Andrada (PSDB); Fábio Avelar (PTB) e José Henrique (PMDB). Também estiveram presentes o deputado federal Lael Varela (PFL); o vice-diretor do Detel, Bené Guedes; o subsecretário de Estado de Política Regional e Urbana, Aristides Vieira; e o vice-prefeito de Leopoldina, Guilherme Junqueira.

 

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