Direitos Humanos discutirá laudo sobre morte de
modelo
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais reúne-se na próxima quarta-feira
(25/6/2003), às 9h30, no Auditório, para obter esclarecimentos sobre
o novo laudo pericial sobre a morte da modelo Cristiana Aparecida
Ferreira, ocorrida em agosto de 2000. A reunião foi solicitada pelo
deputado Durval Ângelo (PT), a partir de um documento da Pastoral
Evangélica e do Conselho da Vara de Execuções Criminais, em que o
secretário-geral do Instituto Brasileiro dos Operadores da Segurança
Pública, pastor Roberto Luiz da Silva, questiona alguns
procedimentos na investigação da morte da modelo e solicita que a
comissão ouça vários dos envolvidos no caso.
Foram convidados para a reunião o chefe da Divisão
de Recrutamento e Seleção da Academia de Polícia (Acadepol),
Alexandre Alves Liberal; o perito criminal da Polícia Civil,
Whalnner Marinho Gonçalves; o coordenador do 2º Tribunal do Júri,
Francisco de Assis Santiago; o professor de Anatomia Patológica da
UFMG, Roberto Pereira Campos; o técnico do Ministério Público com
especialidade em Medicina Legal, Ernane José da Costa; e advogada,
Eunice Batista da Rocha Filha.
O novo laudo foi elaborado a pedido do Ministério
Público, que discordou das investigações feitas pela Polícia Civil.
O laudo do MP afirma que Cristiana foi agredida e sofreu fratura no
nariz e deslocamento da traquéia. O responsável foi o legista
Roberto Pereira Campos, contratado pela família da modelo. Baseado
nesse documento, o MP apontou como assassino de Cristiana Ferreira o
detetive particular Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho. Os
documentos anteriores, elaborados pelo Instituto Médico-Legal e
Instituto de Criminalística, ligados à Polícia Civil de Minas,
haviam constatado que não foi encontrado nenhum sinal de violência
no corpo da modelo. Por esse motivo, o inquérito da Polícia Civil
concluiu o caso como morte por envenenamento.
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