CPI das Carvoarias quer prorrogar trabalhos por 30 dias

A CPI das Carvoarias aprovou, nesta terça-feira (7/5/2002), requerimento da deputada Elbe Brandão (PSDB) solicitando ...

07/05/2002 - 14:18
 

CPI das Carvoarias quer prorrogar trabalhos por 30 dias

A CPI das Carvoarias aprovou, nesta terça-feira (7/5/2002), requerimento da deputada Elbe Brandão (PSDB) solicitando o apoio do Colégio de Líderes para a prorrogação dos trabalhos da CPI por 30 dias. Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito, iniciados em 20 de setembro de 2001, já haviam sido prorrogados no dia 19 de março, até a data limite de 14 de maio. A necessidade de prorrogação dos trabalhos foi uma questão unânime entre os membros da CPI, que se comprometeram a buscar o apoio dos respectivos líderes partidários.

Segundo a relatora da CPI, deputada Elbe Brandão, a prorrogação dos trabalhos é fundamental para que ela possa apresentar um relatório com propostas de melhoria para os trabalhadores e de desenvolvimento para a sociedade, e não apenas com denúncias de irregularidades. A deputada cobrou a apresentação de um estudo, solicitado à Mesa da Assembléia, relativo às diferenças salariais entre os trabalhadores contratados pelas empresas e os trabalhadores terceirizados.

SUPERINTENDENTE DA ACESITA TERÁ QUE EXPLICAR DECLARAÇÕES

O superintendente da Acesita Energética, Fábio Antônio Fonseca Nascimento, terá que prestar esclarecimentos à CPI sobre declarações feitas por ele e veiculadas, em 21 de dezembro de 2001, na Rádio Aranãs, da região do Vale do Jequitinhonha. A Comissão aprovou requerimento nesse sentido, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PPB). A proposição, que só terá validade se os trabalhos forem prorrogados, solicita ainda o comparecimento de um representante da Rádio Aranãs.

O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), presidente da CPI, exibiu uma fita com cópia da entrevista na qual o superintendente critica a Comissão, questionando o seu sentido e, ainda, a credibilidade de seus membros. Fábio Nascimento disse ainda, na entrevista, que a Comissão é uma "peça teatral" e que há interesses partidários na CPI, relativos a uma possível campanha contra a terceirização.

Desculpas - Os deputados não aceitaram o pedido formal de desculpas feito pelo superintendente por meio de carta enviada à Comissão. Na correspondência, ele alega que as declarações foram fruto de um momento de exaltação. Os membros da CPI consideraram uma falta de respeito e exigem que seja feita uma retratação pública, inclusive na programação da Rádio Aranãs.

O deputado Dalmo Ribeiro Silva (PPB) disse que há crime de falsidade ideológica nas declarações do superintendente e que serão tomadas as devidas providências. O diretor-presidente da Acesita Energética, Rubens Teodoro da Costa, enviou correspondência à Comissão dizendo que a empresa não endossa os comentários feitos por Fábio Nascimento.

Exoneração - A deputada Elbe Brandão esteve em Brasília na semana passada para pedir esclarecimentos ao Ministério do Trabalho sobre a exoneração do ex-delegado regional do Trabalho em Minas Gerais Wellington Gaia. Segundo a deputada, a exoneração não aconteceu por pressões políticas, mas, sim, por motivos pessoais. "Eles afirmaram que os trabalhos de fiscalização vão continuar", declarou a deputada.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Adelmo Carneiro Leão (PT); Fábio Avelar (PTB); Elbe Brandão (PSDB); Bilac Pinto (PFL); Dalmo Ribeiro Silva (PPB); Márcio Cunha (PMDB); e Paulo Piau (PFL).

 

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