O presidente da Assembléia, deputado Anderson Adauto (PMDB), recebeu, nesta quarta-feira (20/12/2000), o relatório final da CPI do Narcotráfico e documentos que, segundo o deputado Rogério Correia (PT), confirmam o envolvimento do secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Lopes, com o empresário Aquiles Caetano, acusado de vários ilícitos e, recentemente, objeto de denúncia pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por estelionato e formação de quadrilha. A partir da quebra de sigilo bancário de Caetano, requerida pelo deputado Marco Régis (PPS), foram encontrados documentos que comprometem o secretário Mauro Lopes.

O relator da CPI, deputado Rogério Correia (PT), expôs ao presidente, de forma genérica, as conclusões contidas no relatório, inclusive o pedido de afastamento do secretário Mauro Lopes. Correia destacou, também, a importância da aprovação do relatório por unanimidade e do tratamento que os membros da Comissão deram à matéria, entendendo que o narcotráfico é um problema político suprapartidário.

Parabenizando os membros da Comissão, o deputado Anderson Adauto agradeceu a participação da Polícia Federal e do Ministério Público nos trabalhos da CPI, destacando a importância da parceria entre os órgãos responsáveis pelo bem-estar social, no combate ao crime organizado. Em nota distribuída à imprensa, após a reunião, o presidente Anderson Adauto esclareceu que o relatório seria encaminhado, entre outros, à Igreja, à Procuradoria Geral de Justiça e ao chefe do Poder Executivo do Estado. Em virtude das restrições constitucionais à divulgação dos dados e provas obtidos a partir de quebra de sigilo bancário (artigo 5º, incisos X e XII da Constituição da República), somente o Ministério Público receberá o relatório acompanhado de todas as provas coletadas.

Participaram do encontro os deputados Anderson Adauto (PMDB) - presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Gonçalves (PDT) - presidente da CPI, Paulo Piau (PFL) - vice-presidente, Rogério Correia (PT) - relator, Sargento Rodrigues (PSB) e Marco Régis (PPS). Também estavam presentes o promotor André Ubaldino; o delegado da Polícia Federal, Cláudio Dornellas; e o agente da Polícia Federal, Luciano de Paiva, que acompanharam e assessoraram a CPI.

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