O relator da CPI do Narcotráfico, deputado Rogério Correia (PT) pediu a distribuição de cópias do relatório final aos demais membros da Comissão, à Polícia Federal e ao Ministério Público, durante a reunião desta terça-feira (12/12/2000). O objetivo da distribuição, segundo Correia, é possibilitar uma análise pormenorizada do relatório e abrir espaço para o encaminhamento de propostas e emendas que o enriqueçam e o complementem. O deputado Rogério Correia reforçou que "o relatório final é a compilação de um trabalho desenvolvido em equipe" e que, por isso, sugeriu que os outros órgãos competentes tivessem acesso antes de sua apreciação. As sugestões podem ser enviadas ao relator até as 11 horas de quarta-feira (13/12/2000), quando serão avaliadas e compiladas. Às 14 horas, a Comissão irá apresentar e apreciar o relatório em sua versão final.

A CPI foi instalada em 25 de novembro de 1999 para, no prazo de 120 dias, apurar o tráfico de drogas no Estado de Minas Gerais. Os trabalhos foram prorrogados por três vezes e se prolongaram por mais de um ano, período em que foram feitas mais de 50 reuniões, além de viagens para apuração de denúncias "in loco". Foram realizadas reuniões e colhidos depoimentos nas regiões do Triângulo Mineiro, de Governador Valadares e de Montes Claros.

O uso de drogas foi tratado, também, como fato político, social e cultural da atualidade. Nesse sentido, a Comissão promoveu reuniões com a participação de especialistas que abordaram a questão da Aids, do contexto social em que as drogas estão inseridas e das formas de tratamento dos usuários. Além disso, foram amplamente discutidas a prevenção e a repressão ao narcotráfico, questionando o cumprimento do papel institucional da Polícia, do Ministério Público e das Forças Armadas nessa empreitada.

Participaram da reunião os deputados Marcelo Gonçalves (PDT) - presidente, Paulo Piau (PFL) - vice-presidente, Rogério Correia (PT) - relator, Marco Régis (PPS), Carlos Pimenta (PSDB) e Sargento Rodrigues (PSB).

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