Subemprego pode ser reduzido com o treinamento

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      O segundo Painel do Seminário "Trabalho e Existência" aconteceu na manhã

desta quarta-feira (12/11),no Teatro da Assembléia Legislativa,com o  tema "As

Muitas Faces  do Trabalho  Informal", tendo  como expositor  o professor  Luiz

Antônio Machado  da Silva,  mestre em  antropologia da Universidade Federal do

Rio de Janeiro, e como debatedor o professor Eduardo Rios Netto, da UFMG.

      O professor Luiz Antônio analisou a questão do trabalho informal em seus

aspectos sociológicos,  colocando o  trabalho como a base da coesão social e o

assalariado como base de integração dessa sociedade.

         Para  êle,  a  informalidade  do  trabalho  é  um  dos  problemas  do

assalariamento, e  que o  trabalho não  é uma  mercadoria, porque não se tem o

controle sobre sua produção.

    Já o professor Eduardo Rio Netto, na condição de economista concentrou sua

palestra nos  números. Ele  mostrou que  o entre  os anos  80 e  95, o produto

interno bruto  brasileiro cresceu  1,99%, a população cresceu 1,5% e a taxa de

desemprego cresceu 5,2%. O rendimento real decresceu no período 1,4%.

      Eduardo Netto  entende que  o maior problema do Brasil é má qualidade do

emprego. Ele  defende uma  maior flexibilização da legislação trabalhista como

forma de minorar o problema. Essa má qualidade fez com que aumentasse o número

de trabalhadores por "conta própria".

      O economista deixou claro que a tendência atual do mercado é de promover

políticas ativas  de emprego através de treinamento e qualificação de pessoal,

para se  tentar incluir  no mercado a grande população dos excluídos que vivem

do subemprego.E  concluíu afirmando que a questão da exclusão de trabalhadores

no mercado de trabalho é um fenômeno específico do capitalismo.

      Os trabalhos  do Segundo  Painel foram coordenados pela professora Maria

Regina Nabuco, da PUC-MG.

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Responsável pela informação: Eustaquio Marques - GCS - 031-2907800

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