Debate público sobre sustentabilidade destacou
papel do catador de material reciclável

debate_ambienteEm junho de 2011, Minas Gerais contava com 114 organizações de catadores de material reciclável em 145 dos 853 municípios do Estado. Só em Belo Horizonte, eles eram responsáveis pelo recolhimento de 3,5 mil toneladas de material, contra 700 toneladas recolhidas pela Prefeitura via coleta terceirizada. Os dados foram apresentados pelo diretor do Centro Mineiro de Referência em Resíduos, José Aparecido Gonçalves, durante o Debate Público Dia Mundial do Meio Ambiente: sustentabilidade ambiental, realizado na manhã de sexta-feira (3/6/11), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a requerimento da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Segundo José Aparecido Gonçalves, cerca de dez mil pessoas viviam então da reciclagem no Estado. Ele lamentou que essas pessoas ainda parecessem invisíveis para a sociedade, embora em número significativo. "Confundimos os catadores com os restos que a sociedade produz. Muitas vezes, eles não são percebidos", salientou. Conforme José Aparecido, que à época coordenava o Fórum Estadual Lixo e Cidadania, 53% dos resíduos no Estado tinham destinação correta, mas a maior parte era composta de matéria orgânica, que poderia ser aproveitada em hortas, por exemplo.

Ele afirmou que, até 2001, os materiais eram armazenados em lixões, mas o cenário começou a mudar a partir de 2003, quando aterros ou usinas de triagem e compostagem foram licenciados no interior. "Ainda assim, a quantidade de resíduos em lixões continua preocupante", alertou. Ele reforçou que a quantidade de material orgânico e reciclável nos lixões poderia diminuir se as pessoas fizessem a separação dos resíduos em casa.

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