Márcio Lopes de Freitas, Presidente da Organização das cooperativas Brasileiras - OCB.
Discurso
Legislatura 17ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 23/11/2012
Página 32, Coluna 1
Evento Ciclo de debates: "Cooperar 2012 - Ano Internacional das Cooperativas."
Assunto INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS. CALENDÁRIO.
Observação No decorrer de seu pronunciamento, procede-se à exibição de "slides".
74ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 6/11/2012
Palavras do Sr. Márcio Lopes de Freitas
Muito boa tarde. Em primeiro lugar, quero cumprimentar o nosso Presidente da Mesa, Deputado Anselmo José Domingos, em cuja pessoa cumprimento os membros desta Assembleia. Agradeço-lhe por este evento, uma homenagem especial ao movimento cooperativista. Deixo aqui a minha gratidão e o meu reconhecimento em nome do movimento cooperativista brasileiro por esta homenagem e pelo reconhecimento desta Casa ao nosso movimento. Também quero cumprimentar, de maneira muito especial, o Deputado Antônio Carlos Arantes, que preside a nossa Frente Parlamentar do Cooperativismo em Minas Gerais. Deputado, muito obrigado pelo trabalho que V. Exa. vem desenvolvendo e pela positiva contaminação cooperativista de sucesso não só aqui na Assembleia, mas também em todo ambiente político de Minas Gerais. Devemos muito a pessoas como V. Exa. O mesmo vale para o Deputado Federal e Prefeito eleito Paulo Piau. Quero cumprimentar e agradecer a todos vocês. Também, de uma maneira muito especial, quero cumprimentar os demais integrantes da Mesa, como o Tiago Lacerda, pela sua exposição e pelo seu trabalho. Cumprimento ainda o João Neiva pela sua apresentação. Por fim, quero cumprimentar um grande líder, o meu líder Alysson Paulinelli, o nosso eterno Ministro da Agricultura, o homem que fez a diferença no resgate da cidadania da agropecuária brasileira.
O convívio com Alysson Paulinelli é sempre motivo de orgulho. Meu pai já o citava como referência. Eu tenho orgulho de poder conviver com ele. Paolinelli, é uma alegria estar com você, trocar ideias e tentar evoluir juntos. Cumprimento todos os dirigentes do movimento cooperativista que estão aqui e os líderes das cooperativas. Como não posso cumprimentar individualmente cada um, cumprimento meu comandante, o Dr. Ronaldo Scucato, que é meu chefe. Ele brinca que sou o chefe dele, mas é o oposto. Sou soldado do cooperativismo em Brasília, e quem coordena as cooperativas em Minas Gerais é ele. Tenho orgulho de ser um soldado de Minas Gerais, sob o comando do Ronaldo Scucato. Ronaldo, é sempre muito bom estar aqui, na terra do cooperativismo mineiro, convivendo com vocês. Cumprimento o timão do Ocemg. Na pessoa do William, cumprimento a equipe fantástica e que me dá muito orgulho pelo belo trabalho que realiza sob o comando do Ronaldo na Ocemg, no Sescoop, no Sindicato. Deputados, falarei um pouco sobre a complementariedade e sobre a responsabilidade do movimento cooperativista na atividade política. Para chegar a esse contexto, contarei uma história. Falarei sobre o Ano Internacional do Cooperativismo que estamos vivendo. Entendendo essa questão maior do cooperativismo que está acontecendo no mundo e trazendo-a para o Brasil, podemos chegar à conclusão sobre a importância do movimento cooperativista como base de organização social e alavanca de fomento e de realização da boa política. Todos vocês já me conhecem. Presido o sistema OCB, que é composto pelo movimento cooperativista brasileiro como um todo. Temos um lema: você participa, todos crescem. Hoje, o cooperativismo está presente em 110 países, que têm registro de cooperativas participantes da Aliança Cooperativa Internacional, conforme declarado na semana passada, em Manchester, onde estávamos eu e o Ronaldo. É um movimento que hoje congrega mais de 1 bilhão de pessoas, se somarmos todos os cooperados, pessoas que trabalham na área e lideranças. Paolinelli, é uma das maiores ONGs do planeta, equivalendo a muitas religiões e crenças. Se acrescentarmos os familiares, os envolvidos, teremos uma tremenda força. O cooperativismo gera mais de 100 milhões de empregos com carteira assinada, dentro das cooperativas. Se considerarmos a capacidade de multiplicação de renda provocada pelas cooperativas em suas regiões, Municípios cooperados e a quantidade de empregos gerados, o número será ainda maior. Com um movimento desse tamanho, estamos, há muitos anos, buscando o reconhecimento das Nações Unidas para o cooperativismo. Isso vem acontecendo, vem sendo tentado há muito tempo. Desde a época que um conhecido nosso, um líder, Roberto Rodrigues, assumiu a Presidência da Aliança Cooperativa Internacional, ele vem buscando esse espaço na ONU. E, como todos sabemos, o Roberto tem aquele jeitinho, ou seja, ele é mais mineiro do que muitos mineiros aqui; é muito jeitoso, ia sondando e buscando espaço nas Nações Unidas para que o cooperativismo fosse reconhecido. Isso vem sendo difícil. Participei disso porque, na época em que o Roberto era o Presidente da Aliança Cooperativa Internacional, eu era o Presidente da Organização das Cooperativas de São Paulo. O escritório dele, no Brasil, ficava dentro da Ocesp, então, à época, eu tinha o privilégio de conviver com o Presidente da ACI todos os dias, quando ele se encontrava no Brasil. É mais ou menos igual a história de um padre que está com o Papa na paróquia dele, ou seja, ele está convivendo com a pessoa mais importante. Portanto, convivíamos com isso e sabemos que o Roberto tinha o desejo de ver o cooperativismo ser reconhecido pela Nações Unidas, em razão do papel das cooperativas. Nós sabemos o papel que as cooperativas exercem.
Há pouco, antes do evento, eu conversava com o Clóvis, e comentávamos que sabemos do papel social, do papel econômico fundamental no desenvolvimento de cada Município, de cada região, de cada comunidade. Mas como podemos fazer para que os governantes, os políticos, as pessoas que têm poder de decisão e de articulação nos reconheçam? E, reconhecendo-nos, aplainem um pouquinho mais o caminho que as cooperativas têm de seguir. Essa é uma luta, e, dentro dela, o Roberto fazia reivindicações, assim como o outro Presidente da ACI, um italiano, Ivano Barberini, que continuou reivindicando, mas nada conseguiu. Assumiu a Presidência da ACI uma empresa inglesa, a Pauline Green, que continuou com essa reivindicação. Por que isso foi reconhecido só agora, em 2012? É aí que vale a pena contar uma historinha que pouca gente do cooperativismo conhece. Na realidade, em 2010, tivemos a eleição do que seria o Ano Internacional de 2012. O Ronaldo Scucato esteve comigo na Assembleia da ONU em Nova York, quando foi decidido o Ano Internacional das Cooperativas. Então, isso é fruto de uma história de que todos vocês, do cooperativismo, fazem parte. Isso é fruto do resultado de um trabalho de cooperativas do mundo inteiro, principalmente diante do perfil da crise de credibilidade que nasceu nos Estados Unidos – mais do que crise econômica é uma crise de credibilidade, de identidade. Portanto, essa situação é resultado dessa crise, que criou um embaraço e um descrédito muito grande nas instituições e nos sistemas montados no mundo inteiro. Cada uma das cooperativas teve um papel preponderante. E governantes sérios começaram a perceber que onde havia cooperativa a mitigação dos efeitos da crise foi muito maior do que onde não havia. É uma realidade. Há muita história para se contar sobre isso. Em setembro de 2008, quando o Banco Lehman Brothers, dos Estados Unidos, quebrou, os bancos privados americanos tiveram saques e fuga de capital da ordem de 45% em 15 dias - o Heli Penido lembra-se disso. Sabem quem absorveu os depósitos na outra ponta, que teve a confiança da população do país mais capitalista do mundo? O sistema Credit Union, o sistema cooperativista de crédito americano, que recebeu os depósitos, Deputado, porque recebeu a confiança da população numa instituição que era da base.
No Brasil não foi diferente. O último trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009 - e nos esquecemos facilmente dessas coisas - foram terríveis. Quem é da agricultura lembra que estávamos entrando para fazer uma safra em que não houve uma multinacional nos oferecendo um grama de adubo, um banco oferecendo crédito, nem público nem privado. Quem, seis meses antes, vivia batendo às portas das cooperativas e dos produtores oferecendo crédito, na hora do plantio da safra de 2008, sumiu. Se verificarem as estatísticas, o Sistema Financeira Nacional recuou 6%, no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009. Seis por cento foi o recuo do Sistema Financeiro Nacional. As nossas cooperativas de crédito brasileiras cresceram 26% no mesmo período, e não foi por falta de juízo, mas por responsabilidade que tinham com seus cooperados. Então, elas atenderam aos cooperados na hora em que eles precisavam. Isso, Paolinelli, aconteceu aqui, no Brasil, aconteceu com o crédito e aconteceu na agricultura. Darei só um exemplo: 2008, nessa fase, foi um ano que começou fantástico. O mundo virava para nós e dizia: “Produz, porque eu quero comprar; faz frango, porque quero comprar frango; faz suíno, porque quero comprar suíno; produz leite, porque quero comprar leite”. O mundo dizia isso ao Brasil, e nos preparamos para isso. As nossas cooperativas se prepararam. Muitas fizeram investimento pensando nesse mercado em expansão. Veio a crise de setembro, o mercado atravessou, e a coisa travou. Em outubro de 2008, lembro-me do Presidente de uma cooperativa de Santa Catarina chamado Mário, cooperativa que vocês conhecem como marca Aurora, Central Oeste Catarinense. O Mário me ligou e disse: “Márcio, não tenho uma geladeira vazia em Santa Catarina. Onde há geladeira, há um frango meu. E faz dois meses que não vendo 1kg de frango para exportação. O mercado parou. O que faço? Não posso parar, o meu cooperado não pode parar”. E o Mário pegou o pessoal que vendia frango para ele na Ásia, no Japão, na China, e trouxe para o Brasil, mandou para a América Latina, repensou a sua estratégia de venda, e foi colocar esses frangos no mercado. Enquanto a BR Foods, financiada pelo BNDES, portanto com recurso nosso, pegou R$700.000.000,00 no BNDES e parou de alojar pintinho e suíno, porque a operação estava dando prejuízo, não tinha mercado, e ela não tinha compromisso com o produtor, este ficou com as granjas vazias. A Aurora não deixou de alojar nenhum pintinho e se virou. Achou os mercados e buscou a expansão no mercado interno e em outros mercados alternativos.
Por que estou contando isso para vocês? Porque foi isso que fez a diferença, e provavelmente cada cooperativa de vocês aqui teve que se virar de um jeito para dar volta na crise. Isso foi no mundo inteiro, e no mundo inteiro pode ser observado que, onde houve a presença de uma cooperativa, os efeitos da crise foram extremamente mitigados. Na área de consumo, na área de crédito, na área agrícola, na área de serviços e trabalho, isso foi fundamental. Foi quem foi buscar alternativa, porque tem compromisso com a base. E foi por isso que, na Assembleia das Nações Unidas, o reconhecimento foi unânime e deu muito orgulho - o Ronaldo estava lá, junto comigo e com o Senador Moka – ver cada manifestante de cada país do mundo inteiro levantar e apoiar a ideia de comemorar o Ano Internacional das Cooperativas. Então quem fez o Ano Internacional das Cooperativas não foi a vontade da Pauline Grym ou da ACI, mas o dia a dia, a rotina do movimento cooperativista que vocês fazem aqui e que o mundo inteiro tem feito. Então, é importante dizer isso, porque também precisamos aproveitar a ocasião de ter um reconhecimento das Nações Unidas, bater caixa, tocar tambor e mostrar essa diferença. Não fazemos isso bem feito. O João é um pouco exceção, porque bate um pouco dessa caixa baseado naquela São Roque dele, na história do cooperativismo em São Roque. Então precisamos fazer mais isso e aproveitar... O mundo reconhece a diferença da cooperativa? Temos de bater tambor, tocar caixa, fazer barulho e sermos reconhecidos por essa diferença. Além disso, fazer com que o ano de 2002 não seja um fim em si do reconhecimento, mas o início de um reconhecimento permanente do cooperativismo como atividade importante em todos os setores da economia. Por isso temos de promover muita coisa, realizar reuniões e trabalhar logomarcas. Aqui há uma série de ações que estamos tentando fazer para chamar a atenção, como sessão solene do Congresso Nacional, um evento como este – aliás, por isso, Deputado, agradeço o reconhecimento -, criar um “hotsite” específico para isso, postar vídeo. Criamos um selo comemorativo do Ano Internacional do Cooperativismo. Na segunda-feira da semana passada, foi lançada a moeda do cooperativismo em Porto Alegre - aliás, fiquei no
lançamento e passei a mão nela. Na verdade, peguei um avião para Londres, a fim de levar a primeira moeda e entregá-la para a Pauline Grym, em Manchester, na Inglaterra, numa assembleia, na quarta-feira passada. Neste ano tivemos uma extração da Loteria Federal em comemoração... O meu tempo se esgotou. Desculpe-me, Deputado! Peço que me dê mais um tempo. Então, podemos destacar uma série de condições e ações que temos. Aqui é para os senhores terem uma ideia do selo, da extração da Loteria Federal no dia do cooperativismo e a moeda a a que muitos dos senhores terão acesso. Na verdade, é uma moeda maravilhosa, linda, com valor de face de R$5,00, de prata, para colecionador. Dei uma de presente para o Ronaldo Scucato na semana passada. Os senhores terão oportunidade de ter acesso a ela. Realmente é um orgulho. Temos de promover ações para comemorar.
E mais do que isso, com o ano internacional reconhecido, o Roberto Rodrigues foi chamado pela FAO, que é um outro órgão das Nações Unidas e que hoje tem como Diretor-Geral o brasileiro José Graciano, que comandou aquele programa do governo, o Fome Zero. É uma pessoa dedicada e esforçada, nem muito feliz nas ações dele no governo Lula, mas que tem boa-vontade e boa intenção e é amigo do Roberto. Na verdade, convidou o Roberto e o indicou para ser o Embaixador Mundial Especial da FAO para o cooperativismo mundial – estive também nessa assembleia. O Roberto hoje recebeu o título de Embaixador Mundial Especial da FAO para o Cooperativismo. Na verdade, ostentará esse título por dois anos, divulgando e trabalhando a ideia do cooperativismo, principalmente para os países em desenvolvimento, para que seja uma ferramenta cada vez mais útil. Repito: o Roberto está com esse título. Agora mais do que esse título, ele recebeu na assembleia da ACI na semana passada o prêmio Pioneiros de Rochdale, que é o máximo do cooperativismo no mundo. A maior honraria que alguém pode imaginar no cooperativismo é receber esse troféu. Esse prêmio é entregue a cada quatro anos para uma pessoa. É difícil alguém consegui-lo. O Roberto foi agraciado com esse prêmio, Pioneiros de Rochdale, e está muito orgulhoso e feliz por isso. Considero que foi merecido por sua liderança e pelo trabalho que tem realizado no Brasil e no mundo inteiro. Então ele recebeu essa honraria.
Para encerrar e não tomar mais tempo, Deputado - empolgo-me muito, e acho que vocês já perceberam que sou apaixonado por isso -, quero mostrar rapidamente como está esse movimento no Brasil. O sistema que tenho a responsabilidade e a honra de presidir é o que chamamos de OCB, composto por três organismos: Organização das Cooperativas Brasileiras, a OCB propriamente dita; Sescoop, nosso braço de formação, leste das cooperativas - como Presidente da OCB, sou também Presidente da Sescoop nacional -; e CNCOOP, entidade sindical patronal das cooperativas. As cooperativas congregam, hoje, 300 mil empregos diretos no Brasil. Conforme nosso planejamento, haverá um crescimento de cerca de 12% ao ano em geração de empregos. Vivemos em uma república sindical, temos uma Constituição que apoia e incrementa as questões sindicais. Então, tomamos a decisão de constituir uma confederação sindical patronal formada pelos sindicatos, em que cada organização é sindicato e representa sindicalmente as cooperativas do Estado. Temos cinco federações regionais e uma confederação nacional. Com isso, temos, no sistema OCB, reconhecimento pleno e espaço de reconhecimento. Temos diversas atribuições, as quais não deixarei de repassar a vocês. Uma delas consiste, principalmente, em representar o interesse das cooperativas de qualquer ramo de atividade em qualquer parte do Brasil, perante as instituições federais, órgãos públicos e também instituições privadas, e em ter espaço de representação, mantendo o cadastro e o registro das cooperativas e representando-as politicamente – digo isso sem nenhuma vergonha - sendo o “lobby” das cooperativas em Brasília, “lobby” no bom sentido. Isso não é feio, ninguém tem de ter vergonha de fazer isso. Sou o lobista das cooperativas em Brasília, onde estou para trabalhar e para defender os interesses das cooperativas brasileiras. Temos diversas ações, mas não falarei sobre cada uma delas. Hoje o nosso movimento conta com 6.586 cooperativas registradas no sistema, em três atividades econômicas diferentes, gerando aproximadamente 10 milhões de empregos, 10 milhões de associados. Esse é um dado de 2011. Batemos os 11 milhões de associados em setembro. Isso quer dizer que há cerca de 33 milhões de pessoas, brasileiros, envolvidos em nosso movimento. Trata-se de um movimento que exportou, no ano passado, US$6.000.000,00 e possui uma movimentação financeira - não gosto de chamar de faturamento - de R$210.000.000.000,00 a R$215.000.000.000,00 projetados para este ano. A movimentação financeira do movimento cooperativista hoje é de R$210.000.000.000,00 a R$220.000.000.000,00. Portanto, é importante. Para se ter uma ideia, hoje, mensuradamente, da safra agrícola brasileira de leite e algodão, falando-se em todos os sentidos, 45% de tudo que se produz passou por uma cooperativa. Então, não dá para dizer que haveria agricultura hoje no Brasil se não fosse a estrutura cooperativa brasileira, mesmo com as dificuldades que temos. Se não fossem as nossas cooperativas, não teríamos a agricultura que temos hoje. Ali está demonstrada a relação das cooperativas por ramo, começando com o setor agropecuário, com 1.500 cooperativas, até as cooperativas de turismo e lazer. São dados para deixarmos como informação na Assembleia. Não vou descrever isso.
Quero encerrar, Deputados, amigos da liderança, Ronaldo Scucato, dizendo que temos o reconhecimento das Nações Unidas, temos garrafa vazia para trocar, temos números e informações, temos o nosso faturamento e a nossa movimentação econômica e social. Está na hora de o cooperativismo se fazer um pouco mais presente nas atividades e influenciar mais as políticas públicas. Um setor que representa 33 milhões de brasileiros e que movimenta R$210.000.000.000,00 precisa de política pública para atender as suas necessidades. E política pública não cai do céu. Sabemos que estamos em uma Casa política. A política reage, dificilmente age. Então devemos ter a capacidade de usar essa nossa rede para nos articularmos e termos representantes legítimos nas esferas políticas do Brasil, em todas as áreas. Nos Municípios, nas Câmaras de Vereadores, nas Assembleias Legislativas e na Câmara Federal, em Brasília, precisamos ter gente nossa, gente como vocês que estão aqui, que assumiram compromissos com o cooperativismo. Como vocês assumiram compromissos com o cooperativismo, as nossas cooperativas têm a obrigação de assumir compromissos com vocês e cobrar ações regulamentadas, articuladas, que possam levar a um desenvolvimento melhor das cooperativas, para que tornem a dar retornos que realmente valem a pena. O lema do ano internacional das cooperativas é que cooperativas constroem um mundo melhor. Não tenho dúvida disso. Precisamos fazer que governos, governantes e políticos também não tenham dúvida disso, porque, realmente, as cooperativas constroem um mundo melhor. Mais uma vez, agradeço a oportunidade, coloco-me à disposição e peço desculpas por extrapolar o tempo, Deputado.
- No decorrer de seu pronunciamento, procede-se à exibição de “slides”.