LEONARDO PUNTEL, Ministro do Superior Tribunal Militar; almirante de esquadra
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 1ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 20/06/2023
Página 6, Coluna 1
Assunto HOMENAGEM. SEGURANÇA PÚBLICA.
Proposições citadas RQN 1691 de 2023
9ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 15/6/2023
Palavras do Alte.-Esq. Leonardo Puntel
O Alte.-Esq. Leonardo Puntel - Deputado estadual Antonio Carlos Arantes, 1º-secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na pessoa de quem cumprimento todas as autoridades e personalidades já nominadas e aqui presentes; deputado estadual Coronel Henrique, autor do requerimento já pela segunda vez, aqui neste plenário da nossa Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Graças ao senhor podemos comemorar e relembrar feitos históricos tão importantes da nossa Marinha do Brasil e também de nossa pátria.
Naquele longínquo ano de 1865, no estuário do Rio da Prata, no Rio Paraná, uma batalha importante aconteceu, em que dois importantes mineiros participaram e também relembraram aquele período. O primeiro grande mineiro e grande brasileiro, que foi deputado estadual nesta Assembleia, nesta Casa, que também foi, posteriormente, deputado federal, senador da República, ministro da Marinha e governador do Estado de Minas Gerais, Dr. Raul Soares. O Dr. Raul Soares foi ministro da Marinha nos anos de 1919 e 1920. Foi o primeiro-ministro civil da Marinha do Brasil. Como ministro, com certeza, em 1919 e 1920, no Rio de Janeiro, ele presidia as comemorações da Batalha Naval do Riachuelo. Posteriormente, como governador de Minas, ele convidava, durante o 7 de setembro, a tripulação do Encouraçado Minas Gerais para abrir o desfile de 7 de setembro aqui desta capital. Uma curiosidade, a banda do navio, a banda do Encouraçado Minas Gerais abria o desfile tocando o hino do navio, que era o hino Oh! Minas Gerais, que, em 1920, foi um hino composto, no Rio de Janeiro, com música italiana e letra composta por Eduardo das Neves, em homenagem ao encouraçado. Posteriormente virou uma canção do Estado de Minas Gerais.
Um outro mineiro fundamental e muito importante para a vitória no 11/6/1865 foi Felisberto Caldeira Brant, mineiro, o Marquês de Barbacena, um diplomata que, na ocasião de Independência do Brasil, em 1822, estava em Londres e recebeu a importante tarefa do imperador Dom Pedro I de estruturar as primeiras tripulações da Esquadra Brasileira Independente. Coube ao Marquês de Barbacena, em Londres, na Inglaterra, pessoalmente, escolher os 50 oficiais da Marinha Britânica, já na inatividade, para que, juntamente com oficiais brasileiros, tripulassem os primeiros navios da Esquadra Brasileira Independente, e principalmente escolheu pessoalmente o comandante dessa esquadra, o Alte. Thomas Cochrane, que atendeu ao convite e assumiu o comando da nossa Esquadra Brasileira.
Nos anos de 1822 e 1823, durante as guerras da independência, os jovens tripulantes da esquadra eram os aspirantes e guardas-marinhos Tamandaré e Barroso. E 40 anos depois, em 1865, já almirantes, comandantes das Forças Navais Combinadas, durante a Guerra do Paraguai, o Alte. Tamandaré e o seu amigo, colega de turma de Escola Naval, Alte. Barroso, comandante da Esquadra Brasileira, bloqueando o Rio Paraná e o Rio Paraguai, em proveito das forças brasileiras durante a guerra. Naquele domingo, dia 11/6/1865, Alte. Barroso, logo após dar a ordem de preparar para o combate, determinou ao sinaleiro içar, na verga de boreste do mastro principal da Fragata Amazonas, o seu navio Capitânia, o sinal: o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever. Muito obrigado.