Pronunciamentos

JANIR ADIR MOREIRA, Grão-mestre ad vitam. Secretário-geral adjunto da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil.

Discurso

Transcurso do Dia do Maçom.
Reunião 45ª reunião ESPECIAL
Legislatura 17ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 26/08/2014
Página 4, Coluna 1
Assunto CALENDÁRIO. HOMENAGEM.
Observação O número que acompanha o Requerimento Sem Número, constante no campo Proposição Citada, é para controle interno, não fazendo parte da identificação da norma referida.
Proposições citadas RQS 2615 de 2014

45ª REUNIÃO ESPECIAL DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 17ª LEGISLATURA, EM 21/8/2014

Palavras do Sr. Janir Adir Moreira


O Sr. Janir Adir Moreira - Exmo. Sr. Deputado Fabiano Tolentino, autor do requerimento que deu origem a esta homenagem, representando o ilustre deputado Dinis Pinheiro, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais; Exmo. Sr. Roney Luiz Torres Alves da Silva, advogado-geral do Estado de Minas Gerais, neste ato representando o governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho; eminente Sr. Amintas de Araújo Xavier, grão-mestre do Grande Oriente do Brasil Minas Gerais; Sr. José Humberto Bahia, sereníssimo grão-mestre adjunto do Grande Oriente de Minas Gerais; Sr. Geraldo Eustáquio Coelho de Freitas, eminente primeiro-vigilante da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais; Exmos. Srs. Deputado Federal Domingos Sávio, nosso querido irmão; Gabriel Campos de Oliveira, deputado federal e coordenador líder da bancada federal da Assembleia Maçônica do Grande Oriente do Brasil; Sr. Joaquim Francisco Neto, delegado assistente da Polícia Civil de Minas Gerais, representando o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais.

Meus irmãos maçons presentes, demais irmãos espalhados por todos os rincões desta nossa Minas Gerais e do nosso Brasil, comunidade que nos acompanha pela TV Assembleia, minhas senhoras e meus senhores. É com grande satisfação que, na qualidade de secretário-geral adjunto da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil - CMSB -, venho à tribuna da Casa do povo mineiro para agradecer ao deputado Fabiano Tolentino a proposição das homenagens alusivas ao Dia do Maçom e, ao mesmo tempo, para nos posicionarmos em relação aos desafios que nos são impostos a cada momento de nossas vidas, em especial de nossa vida maçônica.

Temos certeza absoluta da singular dedicação, do esforço sobre-humano, do acendrado amor à causa maçônica do irmão deputado estadual Fabiano Tolentino e dos outros deputados irmãos que sempre se esmeraram em propor essas homenagens, que, com o passar dos anos, têm marcado o calendário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em especial o hoje deputado federal Domingos Sávio, que, durante todo o tempo em que esteve nesta Casa, propiciou-nos a condição de estarmos aqui para sermos homenageados como instituição maçônica. Nossa instituição, portanto, queridos irmãos e amigos, grava indelevelmente a mais profunda gratidão a esses irmãos, que têm honrado a condição de maçons, tendo em conta o prodigioso trabalho que desenvolvem em benefício da coletividade, mas, acima de tudo, preservando a ética e a moral nesta e em outras Casas Legislativas.

As comemorações do Dia do Maçom, portanto, meus irmãos, já demonstram efetivamente que o nosso lema é o trabalho pela coletividade, pois enaltecem exatamente a participação efetiva dos maçons no movimento que resultou na Independência do Brasil, quando o nosso querido irmão Joaquim Gonçalves Ledo, então primeiro-vigilante do Grande Oriente Brasílico, em sessão realizada na Loja Maçônica Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, proferiu inflamado discurso defendendo a imediata independência da pátria brasileira. Mas nem só de história pode viver a maçonaria. Vivemos no momento presente, e é nossa responsabilidade também fazermos história.

Atualmente, preocupados com quaisquer possibilidades que possam, ainda que de longe, comprometer o Estado Democrático de Direito, conquistado a duras penas durante longos anos em nosso país, não podemos perder de vista que cabe a cada um de nós lutar para que os direitos dos cidadãos sejam preservados. E, a pretexto das eleições que se avizinham, devemo-nos conscientizar que essa, meus irmãos, será a grande oportunidade para prestarmos efetivamente importante contribuição ao processo democrático brasileiro, elegendo pessoas comprometidas com a preservação de valores morais e éticos na defesa intransigente do patrimônio público e do interesse da nação brasileira. Essa é a orientação que deveremos ter e a orientação que a maçonaria nos passa e apregoa por todos os rincões da nossa pátria. Elegendo pessoas com esse perfil, estaremos preservando a nossa e as futuras gerações. Necessitamos colocar nos cargos públicos pessoas que se apresentem como agentes de transformação, capazes de organizar-se por meio de equipes preparadas para os enormes desafios dos estados e do País e que tenham história, experiência, competência, transparência, energia, disposição e coragem para manter e melhorar o que é bom, e mudar com ousadia e inovação aquilo que se tem demonstrado como fator de frustração da tão sofrida sociedade brasileira.

É nessa marcha cívica que estamos empenhados, meus irmãos. A maçonaria não vive entre quadro paredes. Ao contrário, estamos a cada momento nos interagindo com a sociedade, buscando soluções capazes de minimizar as situações aflitivas por que passam os cidadãos.

Com a sua capilaridade e contando com lideranças e formadores de opinião em todos os rincões do nosso país, podemos afirmar que a maçonaria representa a união de homens livres, inteligentes e virtuosos por laços de estima, confiança e igualdade e por deveres de fraternidade e prática de virtudes, que no momento atual, a pretexto das eleições que se avizinham, se propõe a um trabalho cívico de conscientização para a responsabilidade do cidadão no exercício da democracia. É o momento de propugnarmos pelo voto consciente, aqui já mencionado pelo nosso eminente irmão grande primeiro-vigilante, Geraldo Eustáquio Coelho de Freitas.

Por voto consciente devemos entender aquele que não se vincula à retribuição por quaisquer pseudobenefícios particulares recebidos de quaisquer candidatos. Voto consciente é exatamente aquele que é direcionado ao prestígio de candidatos que se apresentam com um passado limpo e que se comprometem a trabalhar por uma sociedade melhor, pelo Estado e País mais evoluídos, com programas de desenvolvimento e sustentabilidade voltados ao bem-estar do povo. Mas, acima de tudo, meus irmãos - e esse é o ponto principal -, a extirpação da corrupção em nosso país é a nossa principal meta, eis que essa mazela, aliada à impunidade, tem corroído os alicerces da nossa pátria.

Estamos comprometidos com os programas que preconizam a moralidade e a ética na política e, assim, na Casa do povo, podemos afirmar que esse compromisso se vincula ao grande objetivo da construção de um Brasil maior, melhor e mais igual. Sempre pugnamos pela fraternidade e pela construção de uma sociedade livre, justa e igualitária. Honra, dignidade, liberdade e fraternidade, portanto, fazem parte dos princípios que, desde os tempos mais remotos, norteiam a instituição maçônica em todo o mundo.

A maçonaria mineira tem exortado o seu povo a formar uma grande cruzada de moralidade em prol da ética no comportamento social e no seio político. A maçonaria não pode se calar, meus irmãos, esta é a verdade, e muito menos se omitir diante das situações que se apresentam. É hora de nos lembrarmos de Martin Luther King, que disse: "O que me preocupa não é o grito dos violentos: é o silêncio dos bons".

Estejam certos: não seremos omissos. A maçonaria mineira e a brasileira têm tomado uma posição clara e definida no contexto social e político, ainda que isso possa provocar o descontentamento de poucos que insistem na tese de nosso recolhimento aos arcanos para nos embalarmos no sono letárgico da inoperância. Muito obrigado.