DEPUTADO CORONEL SANDRO (PSL)
Discurso
Legislatura 19ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 14/05/2021
Página 24, Coluna 1
Assunto CALENDÁRIO. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI). EDUCAÇÃO. HOMENAGEM. PESSOAL. SAÚDE PÚBLICA. SEGURANÇA PÚBLICA. TRABALHO, EMPREGO E RENDA.
Aparteante BRUNO ENGLER
Observação Pandemia coronavírus 2020.
37ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 12/5/2021
Palavras do deputado Coronel Sandro
O deputado Coronel Sandro – Sr. Presidente, Sr. Deputados, boa tarde! Quero aqui também prestar a minha homenagem aos enfermeiros de todo o Brasil, especialmente aos de Minas Gerais e, em especial, àqueles que me deram a sua atenção no período em que estive internado sob cuidados médicos recentemente. Realmente é uma categoria invejável, que merece toda a nossa honra, todos os nossos elogios e que a gente busque formas de reparar algumas injustiças a que eles estão submetidos, em especial o baixo nível salarial. Então, ficam aqui as minhas congratulações a todos os enfermeiros, em especial, os enfermeiros de Minas Gerais.
Sr. Presidente, eu vou abordar alguns assuntos. O primeiro deles é para enaltecer a iniciativa do governo do Estado, na área de educação, de colocar em prática o projeto denominado projeto Somar, que, em resumo, faz a união da iniciativa privada com o poder público para ofertar um modelo novo de gestão educacional. É inovador e, no caos em que se encontra hoje a educação no Brasil, e Minas Gerais faz parte desse contexto, as iniciativas que visem melhorar o rendimento dos alunos, melhorar essa relação ensino-aprendizagem e fazer com que o Brasil seja impulsionado a ocupar melhores lugares nos rankings de desempenho, devem ser louvadas e incentivadas.
Lembramos que o Projeto Somar é um projeto-piloto, que vai ser integrado por três escolas da região metropolitana. O ensino continuará gratuito. A gestão da escola será feita por educadores, servidores do Estado de Minas Gerais, diretor, vice-diretor e secretário. Haverá gestão administrativa de uma organização não governamental. Lembro que há resistência a esse projeto. Como sempre, nós sabemos de onde. Os que se dizem progressistas, na verdade são de esquerda, são comunistas. A qualquer mudança que se vai fazer, propondo algo novo que tenha relação com tirar da zona de conforto do ensino público os que lá estão, há sempre uma reação.
Hoje tivemos uma audiência pública em que o programa foi explicado. Aqueles que são contra apresentaram os seus argumentos, mas, na verdade, o que nós estamos buscando é sempre melhorar. Não há razão para impedir uma iniciativa desse porte, sob a alegação, entre as várias que ouvi hoje, de que não existe pesquisa apontando que isso dá certo. Ora, pelo amor de Deus! Isso é uma forma de gestão nova. Se formos buscar, num passado recente, a iniciativa privada e o poder público já fazem uma parceria há muito tempo. Essa parceria existe no sistema de saúde. Por exemplo, uma grande quantidade de hospitais privados fazem hoje atendimento pelo SUS. O poder público paga, e as pessoas têm o serviço e os procedimentos. ProUni, na área educacional federal. O poder público paga a faculdade, a universidade, e o aluno tem direito à vaga gratuita. Enfim, são enes exemplos que, se não comprovam que funciona para aqueles que são céticos, que não acreditam, pelo menos são indicativos de que a iniciativa do governo do Estado tem que prosperar. E nós temos que testar o modelo. Então parabéns. Fica aqui meus cumprimentos a toda equipe que elaborou o projeto.
O segundo assunto, Sr. Presidente, diz respeito à esfera federal. Como sempre, todo sistema, e aí incluindo, políticos, imprensa, acadêmicos, universitários, professores, artistas, enfim, toda uma turma que, ao longo de muitos anos, sobreviveu se locupletando de verba pública para incentivar e patrocinar as suas atividades, esse sistema todo é contra o atual governo, presidido pelo Jair Bolsonaro. A cada dia, tendo a mídia como arauto para divulgar, são jogadas ao público informações levianas, falsas, canalhas, enfim, que não condizem com a realidade. Foi assim que esse conjunto de narrativas falsas vem acontecendo desde a posse, no início do mandato. Foi com fogo na Amazônia, com óleo no oceano, com o vídeo da reunião lá do Moro, com a demissão do Moro, com as latas de leite condensado. Enfim, e agora, mais recente, eu aprendi, lendo um grande jornal da mídia brasileira, eu aprendi que existe o orçamento secreto. (– Ri.) Orçamento secreto, deputado Bruno Engler, publicado no diário oficial. Veja a que ponto chega a tentativa de desgastar o governo, de desacreditá-lo. Esse orçamento secreto mais tarde virou orçamento paralelo. Até que os órgãos de imprensa concluíram: se ele é publicado, não pode ser paralelo, nem secreto, ele é público.
Bom, na verdade, trata-se de emendas que permitem que os parlamentares participem da alocação dos recursos públicos, e são emendas dos tais R$3.000.000.000,00 da relatoria do orçamento. Inclusive deputados de oposição, vou citar um, o senador Humberto Costa, do PT, que também fez indicação para aquisição de maquinário. Ou isso é perfeitamente legal e faz parte da dinâmica de gestão do poder público nas diversas casas legislativas e no governo federal, ou o senador Humberto Costa agora é base do governo federal. Então esse senador, que é um dos denunciantes disso, um dos mais virulentos críticos do governo Bolsonaro, deveria explicar, no tal orçamento secreto, porque ele fez a indicação de tratores lá para as suas bases eleitorais.
O deputado Bruno Engler (em aparte) – Muito obrigado, deputado Coronel Sandro. Pedi o aparte a V. Exa. porque ontem, neste Plenário, uma deputada do Psol pediu 1 minuto de silêncio em homenagem aos jovens que foram mortos no Jacarezinho. “Jovens” foi a palavra que ela usou, e todo mundo sabe que se trata de bandidos, de vagabundos, de marginais.
E hoje, pela manhã, na Comissão de Segurança Pública, aprovamos requerimento de minha autoria e de autoria do deputado Sargento Rodrigues, com uma moção de aplauso aos policiais que participaram da operação na favela do Jacarezinho. Bandidos fortemente armados que mataram um policial não merecem a nossa piedade, não merecem homenagem e não merecem minuto de silêncio. Não me compadeço com a morte de vagabundo. Bandido que dá tiro para matar tem que levar tiro para morrer. Lamento a morte do policial e lamento a morte de inocentes. Não lamento morte de bandido, e precisava aqui, neste Plenário, fazer esse adendo para dizer que, da minha parte, e tenho certeza de que da parte de V. Exa. também, não há lamentação, não há homenagem nenhuma para a morte de quem só atrapalha a vida do cidadão de bem e de quem alicia crianças para o tráfico, como aqueles que foram mortos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Parabéns à Polícia Civil pelo excelente trabalho realizado, porque não se resolve violência com flores. O discursinho aqui, da tribuna, é muito bonito, mas o senhor, que foi policial militar, sabe que quando o senhor está sendo alvejado, levando tiro, o senhor atira de volta, defende a sua vida e defende a sociedade. Parabéns aos policiais envolvidos que livraram a sociedade fluminense daquelas pragas que muito atrapalhavam a vida na favela do Jacarezinho. Muito obrigado.
O deputado Coronel Sandro – Deputado Bruno Engler, que sábias palavras e que alento para as pessoas de bem deste país! Aqui, na Assembleia Legislativa, há deputados que defendem as pessoas de bem e que não permitem, pelo menos, que se passe sem registro a nossa repugnância a todo e qualquer ato que defenda bandido, principalmente aqueles do Rio de Janeiro que submetem aquelas comunidades a um regime de escravidão e de opressão. Isso porque, se não fizerem o que o tráfico quer, eles morrem. Eles têm que permitir que suas casas sejam ocupadas, têm que ceder suas filhas para os traficantes vagabundos, e ainda aparece gente para defender aquele monte de energúmenos.
Então foram CPFs muito bem cancelados. A Polícia Civil do Rio de Janeiro está de parabéns. Bandido bom é bandido que, se enfrenta a polícia, toma tiro na cara e vai para o colo do capeta, e rápido ainda, porque não pode demorar muito aqui, não.
Bom, continuando então, presidente, para encerrar aqui a questão do orçamento secreto, digo, assim, que é mais uma narrativa falsa que não deu certo. E é lamentável que busquem sempre lançar ao público algo de negativo contra o presidente da República, de um governo que não tem registro de corrupção em seus altos escalões, como era muito comum nos governos passados, em especial nos governos do nine e da sua sucessora.
Por isso, agora tentam... A única coisa que os faz acreditar que podem vencer a eleição em 2022, porque não querem disputar a eleição, não, querem forçar uma barra para que o Congresso faça o impeachment do presidente, mas sem crime de responsabilidade, sem apoio popular, porque o povo de bem desta nação brasileira vai às ruas voluntariamente para defender o presidente. Nenhum presidente da história do Brasil teve isso. Eu me orgulho de ser um deles. Em todos os momentos que for preciso, estarei lá para defender o presidente Jair Bolsonaro, porque é um homem que defende a família, cristão, e se opõe a qualquer pauta dessas ditas progressivas que vai contra a moral judaico-cristã para destruir nosso modo de vida. Então, nós seremos, sim, sempre uma barreira contra todo esse sistema corrompido que está aí há muitos anos e que durante muito tempo falou sozinho sem oposição.
Outro assunto: o deputado Bruno Engler foi muito feliz ao fazer a abordagem da operação lá, no Rio de Janeiro. A Polícia Civil agiu corretamente, e, por incrível que pareça, ainda tem gente que defende bandido. Quero lamentar aqui a morte do André Farias, o policial civil morto na operação. Vai ser promovido post mortem, e eu acho que todos aqueles que participaram da operação lá teriam que ser promovidos por ato de bravura, porque enfrentar traficante com fuzil na mão, que é uma arma de porte pesado, que faz um estrago danado, não é para qualquer um, não. Então fica aqui o nosso registro – ouviu, deputado Sargento Rodrigues? – de congratulações à Polícia Civil do Rio de Janeiro e o nosso lamento pela morte do policial civil André Farias.
E, para encerrar, Sr. Presidente, está em curso mais uma tentativa de desestabilizar o governo Bolsonaro, que é a CPI do Renan Calheiros. A CPI do Renan Calheiros como relator, primeiro, já nasce ferida de morte, porque o Renan Calheiros não tem moral para presidir nada neste Brasil. Renan Calheiros é um homem cheio de processos no Supremo Tribunal Federal. Até pouco tempo, estava todo enrolado aí tendo que explicar a sua vida. E essa CPI já ouviu dois ex-ministros da Saúde: Mandetta e Nelson Teich; já ouviu o atual ministro Queiroga; já ouviu o presidente da Anvisa, o Antonio Barra; e hoje, está ouvindo o ex-secretário de Comunicações, o Fábio Wajngarten. Esperava-se que algum deles tivesse algo contra o presidente que pudesse desestabilizá-lo. Nada; tiro n'água. Essa CPI é uma farsa, só serve para fazer barulho num momento em que o Brasil deveria estar em paz, porque querem é um terceiro turno de eleições, porque foi difícil desmamar essa turma. Eles não aceitam ficar sem dinheiro público.
Obrigado, Sr. Presidente. Obrigado.