DEPUTADO CORONEL SANDRO (PSL)
Questão de Ordem
Legislatura 19ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 13/03/2020
Página 12, Coluna 1
Assunto DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (DPMG). ESPORTE E LAZER. (LGBT). POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS (PMMG).
Proposições citadas PL 1523 de 2020
10ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 11/3/2020
Palavras do deputado Coronel Sandro
O deputado Coronel Sandro – Deputado Sargento Rodrigues, eu vou mais longe ainda. Na minha opinião, essa fala da defensora pública caracteriza improbidade administrativa, além de ofender também o Estatuto dos Servidores Públicos. Há uma infração disciplinar aí, salvo engano, talvez até passível de demissão. Quando alguém investida num cargo tão relevante, como esse de defensor público no Estado de Minas Gerais, vem aqui e acusa a bissecular, a mais tradicional instituição pública de Minas Gerais de praticar o racismo institucional, dá para perceber que o que ela faz lá, na defensoria, além dos seus afazeres – que eu acredito que ela deva fazer também – é ativismo político, o que é inadmissível nos dias de hoje. E, só para lembrar, defensora Júnia Roman, essa instituição que pratica o racismo institucional, como diz a senhora, no ano passado, na legislatura passada, mantinha aqui, como assistente militar do presidente da Assembleia, o Cel. Gedir, um negro. Isso é só para dar um exemplo. Eu acho que a senhora passou dos limites, abusou, falou o que não devia e vai responder por ter falado o que não devia, porque é assim que funcionam as instituições democráticas, é assim que funciona um país democrático como o Brasil, e a Assembleia não vai deixar passar. Respeite a Polícia Militar de Minas Gerais. Respeite. Pelo que a senhora disse, o racismo institucional que nós praticaríamos na Polícia Militar, parece que constam nos nossos livros de treinamento, nos nossos cursos, nos nossos manuais, que têm que ter a prática de racismo. A senhora pisou na bola sério, defensora. Sugiro que a senhora comece a se retratar para não ter as coisas pioradas para o seu lado. Outro assunto, Sr. Presidente: todos conhecem e sabem que, muitas das vezes, eu venho aqui e faço críticas muito ácidas e contundentes à atuação da imprensa no Brasil e em Minas Gerais, de uma maneira geral. É uma imprensa que omite, altera, adultera, supervaloriza fatos negativos, enfim, pouco compromissada com a verdade. É claro que a gente faz essa generalização porque não é possível individualizar condutas num universo tão grande de profissionais, mas hoje apareceu uma oportunidade. E, sim, é possível encontrar bons jornalistas. E hoje eu faço aqui alusão à jornalista Thaís Mota, do jornal O Tempo. Ela fez uma matéria sobre um projeto de lei que apresentei nesta Casa há uns 10 dias. Pela manchete, ela proíbe que o sexo biológico seja o único critério para definir gênero, e isso não vem mais ao caso. Em resumo: é sobre esporte. Na verdade, o projeto que eu apresentei impede que o atleta trans dispute competições com atletas do sexo oposto ao seu. Em resumo: ele é homem, sexo masculino, sexo biológico; fez a transformação e poderia disputar competições com o sexo feminino. Isso é uma grande injustiça com as mulheres, porque um atleta homem, que teve seu físico forjado, construído todo com muita testosterona, por mais que faça o tratamento hormonal, jamais vai perder toda a força que adquiriu. Então, o que hoje já está acontecendo no mundo é que as nossas mulheres não estão querendo mais praticar esporte, porque elas sabem – nos Estados Unidos principalmente – que estão entrando para disputar o 2º lugar, já que não têm condições de competir com atletas que eram do sexo masculino e que agora são trans e estão disputando a competição com o sexo feminino. Há um caso no Brasil no vôlei. Eu acho um absurdo. Alguém que foi homem a vida inteira, tem a mão do tamanho de uma tampa de caçarola, bate naquela bola de vôlei para pegar nas meninas. É um absurdo isso. A matéria feita por essa jornalista do jornal O Tempo, Sr. Presidente, foi precisa, sem opiniões que desmerecessem aquele que apresentou o projeto ou o público. Então, sim, é possível fazer jornalismo sério. Está aqui. Fica o meu elogio ao jornal O Tempo por essa matéria publicada hoje em relação ao projeto de lei que apresentei para impedir que atletas trans, principalmente aqueles que foram homens a vida inteira, disputem competições com mulheres, porque isso é uma injustiça com as nossas mulheres. E ela foi tão precisa que fez o correto: na última linha da matéria, ela disse ainda que não é a primeira vez que esse tema é proposto na Assembleia. No ano passado, um projeto do deputado Bruno Engler propunha a mesma medida. A diferença é a multa. Isso porque eu coloquei nesse projeto – no anterior, apresentado pelo deputado Bruno Engler, não há – uma multa de 100 salários mínimos para a federação, a associação desportiva ou qualquer um que descumpra. Tem que fazer valer a multa, não se pode descumprir para pagar e descumprir a lei. Muito obrigado.