DEPUTADO CARLOS PIMENTA (PDT)
Discurso
Comenta a ausência de recursos financeiros na maioria das Prefeituras do
Estado para pagar o 13º salário dos servidores públicos municipais.
Comenta a situação das estradas brasileiras, destacando as condições
precárias da Rodovia BR - 135. Manifesta pesar pelo crime ocorrido no
Município de Bragança Paulista, no Estado de São Paulo.
Reunião
94ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 15ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 19/12/2006
Página 4, Coluna 4
Assunto ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. TRANSPORTE. SEGURANÇA PÚBLICA.
Aparteante DINIS PINHEIRO, DOUTOR VIANA, ZÉ MAIA, CÉLIO MOREIRA.
Legislatura 15ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 19/12/2006
Página 4, Coluna 4
Assunto ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. TRANSPORTE. SEGURANÇA PÚBLICA.
Aparteante DINIS PINHEIRO, DOUTOR VIANA, ZÉ MAIA, CÉLIO MOREIRA.
94ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª
LEGISLATURA, EM 12/12/2006
Palavras do Deputado Carlos Pimenta
O Deputado Carlos Pimenta - Sr. Presidente, Deputado João Leite,
parlamentares, imprensa, senhoras e senhores, abordarei dois
assuntos bastante atuais e importantes. Queria aproveitar a
presença do nosso companheiro Carlos Mário, Prefeito Municipal de
Francisco Dumont, para falar a respeito da primeira questão, que é
a dificuldade, neste final de ano, de as Prefeituras honrarem o
compromisso de pagar o 13º salário aos seus servidores. Por várias
vezes, a imprensa, aqui hoje muito bem representada, tem feito
reportagens sobre essa dificuldade. Seguramente, quase 1 milhão de
funcionários públicos dos 853 Municípios mineiros enfrentarão
problemas para receber o seu 13º salário.
Ao abordarmos uma notícia como essa, pode parecer que os
Prefeitos não querem arcar com o compromisso de pagar o 13º
salário; mas, na verdade, as Prefeituras estão absolutamente
impossibilitadas de fazer isso, o que gerará uma frustração muito
grande nas pessoas que trabalham, constroem e lutam, que têm de
receber o que lhes é de direito.
No entanto, a maioria das Prefeituras do Estado não terá
condições de pagar o décimo-terceiro.
Caro Prefeito Carlos Mário, conhecemos o movimento liderado por
vários Prefeitos, inclusive por V. Exa., com o intuito de
sensibilizar o governo federal para que ele disponibilizasse mais
1% do FPM às Prefeituras de todo o País. Observamos que esse
movimento toma corpo, já que os Prefeitos se deslocam até Brasília
e pedem o apoio dos parlamentares federais. Infelizmente, na
Capital do Brasil, percebe-se um grande silêncio.
Se pusermos na balança o que acontece com as Prefeituras do
Estado e do País, veremos que grande parte das despesas que elas
assumem não lhes pertencem constitucionalmente. Hoje; o grande
vilão, o gargalo que existe nas Prefeituras é transporte escolar.
Qualquer uma, por menor que seja, não gasta com transporte escolar
menos que 20% de suas receitas. Verificamos que mais de 50% dos
alunos transportados são de responsabilidade do Estado, ou seja, o
governo do Estado é que deveria arcar com as despesas de
transporte desses alunos. Entretanto, as Prefeituras não podem
discriminá-los. Diante de um aluno da rede estadual, por exemplo,
não poderá dizer: “Você é aluno da rede estadual. Saia do ônibus,
pois não poderá ser nele transportado”.
Não transportar esses alunos é, portanto, humanamente impossível,
ainda que a Prefeitura não seja constitucionalmente responsável
por eles. Grande parte dos recursos públicos municipais é
consumida no pagamento de consertos de carros, bem como do
combustível utilizado pela Polícia Militar. Muitos funcionários
são cedidos ao Estado e à União, como forma de suprirem a
necessidade de pessoal dos referidos entes. Portanto, se
observarmos bem essa questão, veremos que grande parte dos
recursos dos Municípios é utilizada no pagamento de despesas que
não são de sua responsabilidade, mas contas do Estado e da União.
Todavia os Prefeitos não encontram respaldo para suas
reivindicações, quando procuram o governo federal, Ministros,
Deputados Federais e Senadores.
Na verdade, 1% do FPM seria suficiente para pagar o décimo-
terceiro. Entretanto, segundo informações que recebemos, nem mesmo
esse percentual os Prefeitos conseguirão do governo federal.
Historicamente, dezembro sempre foi um mês bom para as
Prefeituras, que costumavam receber uma cota a mais do FPM, um
aumento de ICMS, devolução de Imposto de Renda, etc. Este ano, a
situação piorou e, na contramão da história, o FPM pago no dia 10
foi quase 40% menor que o pago em 10/12/2005.
Vejam como a situação está! A grande maioria dos Prefeitos -
cerca de 95% - não poderá pagar o décimo-terceiro. A situação
torna-se mais grave, já que, em dezembro, o FPM diminuiu 40%.
Destarte, é importante que esta Casa seja solidária com as
Prefeituras Municipais.
Tomamos a iniciativa de enviar ofícios a todos os parlamentares
federais, aos Senadores, ao Presidente da República e ao Ministro
da Fazenda na tentativa de encontrar uma solução. Quando é para
ajudar as Prefeituras, o Brasil não tem dinheiro, mas o País, só
neste ano, gastou quase R$160.000.000.000,00 com o pagamento dos
juros da dívida externa brasileira. Alguma coisa está errada.
Em uma entrevista, perguntaram ao Presidente da República por que
o Brasil crescerá menos que 3% este ano, e ele respondeu que o
brasileiro tem de trabalhar mais. Disse ainda que o problema seria
resolvido posteriormente e que, em 2007, tiraria a diferença.
Parece até brincadeira o Presidente dar uma demonstração como
essa. Se o País está parado e não produz, conseqüentemente o ICMS
cai e as Prefeituras e o FPM recebem menos.
Ontem o Presidente declarou que não é de esquerda nem de direita.
Afirmou que, ao peso de seus cabelos brancos, está no centro, onde
está a verdade e o equilíbrio. Todavia, nossa situação é realmente
dramática. Infelizmente, milhares de funcionários públicos
municipais não receberão o 13º salário. Será uma grande frustração
não só para os funcionários, como também para os Prefeitos, que
são funcionários públicos municipais. Acredito que não exista um
Prefeito nesta terra que não queira pagar seu décimo-terceiro. Uma
pequeníssima minoria economizou o ano inteiro, tirando dinheiro da
saúde, da área social, guardando um pouco aqui e ali para
conseguir pagar o décimo-terceiro, mas a grande maioria deixará
milhares de trabalhadores municipais de todo o País,
principalmente de nosso Estado, frustrados.
O Deputado Dinis Pinheiro (em aparte)* - Cumprimento o Deputado
Carlos Pimenta, sempre inteligente em suas manifestações. A falta
de dinheiro e recurso financeiro para o pagamento do décimo-
terceiro atinge aproximadamente 90% dos Municípios mineiros e
brasileiros. Esse é um antigo problema, e, a cada dia que passa,
há uma concentração maior, excessiva, injusta e cruel de recursos
nas mãos de poucos, sobretudo nas mãos do governo federal.
Aproximadamente 70% desses recursos se encontram de forma
antagônica, e há mais adversidades, mais obstáculos e inúmeros
encargos para os Municípios.
V. Exa., que tem grande sensibilidade social e um espírito
municipalista extraordinário, mais uma vez, alerta as autoridades
e os governantes acerca da necessidade de se promoverem alterações
profundas e rígidas na distribuição de recursos no País. O anseio
dos Prefeitos dos Municípios por esse 1% de FPM tornou-se uma luta
histórica, de longa data. É inaceitável que até hoje esse impasse
não tenha sido resolvido.
O Governador Aécio Neves, com muita sabedoria, tem lutado
bravamente no que diz respeito à ação visando à divisão do pacto
federativo para que os Municípios e Estados tenham maior aporte de
recursos financeiros. V. Exa. sempre foi solidário às nossas lutas
e ações e tem-se pautado por buscar caminhos e instrumentos que
verdadeiramente possam atender os Municípios mais carente. Há um
projeto importantíssimo que trata da redivisão do ICMS para
beneficiar mais de 700 cidades mineiras, aproximadamente 14
milhões de mineiros.
É necessário que essas duas ações ocorram o mais rápido possível.
Uma, no âmbito nacional, liderada com muita sabedoria pelo
Governador Aécio Neves, e outra, aqui, com todos os Deputados e as
Deputadas, de forma harmoniosa, votando rapidamente o projeto de
lei que trata da redistribuição de ICMS. Encontramo-nos aqui para
ajudar os mais pobres, mais carentes e menos favorecidos.
Parabéns, Deputado Carlos Pimenta, pelo brilhantismo de sua
manifestação.
O Deputado Doutor Viana (em aparte) - Agradeço ao nobre colega
Deputado Carlos Pimenta. Reforçarei o seu pronunciamento.
Durante quatro anos assistimos à luta permanente dos Prefeitos,
liderada pela AMM, para tentar que o governo federal aumente 1% do
FPM, mas a maioria não sabe que sofreu uma perda de mais de 3%
nesse período. O governo federal não reduziu nenhuma das taxações
que lhe cabe e estas são direcionadas apenas à União. Porém,
reduziu o Imposto de Renda - IR - em várias situações e o IPI de
automóveis e outros produtos, sendo que são esses dois impostos
principais que compõem a parcela do FPM. Portanto, os Prefeitos
não conseguiram 1% de aumento para ajudar a pagar o 13º salário,
como V. Exa. acabou de mencionar, e ainda perderam, sem perceber,
mais de 3% nesse período.
Deixo isso registrado e parabenizo V. Exa. por seu
pronunciamento. Não presenciei os 3 minutos iniciais da sua fala,
mas gostaria de lembrar a nossa BR-135, no Trevão, onde um trecho
de 10km já está criminosamente cheio de buracos. Vamos continuar
irmanados para salvar vidas evitando acidentes naquele trecho.
O Deputado Carlos Pimenta - Obrigado, Deputado Doutor Viana.
Para encerrar, Sr. Presidente, quero ser solidário com o
movimento dos Prefeitos, encabeçado pela AMM, pelo Dr. Athos
Avelino, Prefeito de Montes Claros, que por diversas vezes esteve
em Brasília este mês. O Prefeito Carlos Mário esteve presente a
esta reunião dando-nos o prazer da sua participação.
Não podemos desistir, desanimar nem “jogar a toalha”. Apesar de o
Presidente dizer que o povo brasileiro tem de trabalhar mais, que
no ano que vem recuperará 2% ou 3% de crescimento, o Brasil está
empobrecendo. Ainda há pouco, escutei por uma rádio de Belo
Horizonte o pronunciamento do Vice-Presidente da República, José
Alencar, em que confirma que, se o País não tiver uma atuação
muito vigorosa, com muita força para crescer, empobrecerá cada vez
mais. A cada dia vemos avanços negativos nos “rankings” mundiais
de mortalidade infantil, IDH e pobreza extrema, apesar dos
programas sociais eleitoreiros, de última hora, que não levam a
nada, porque não geram emprego nem dão dignidade às pessoas. Como
conseqüência, essa situação está levando os Municípios também ao
empobrecimento, e 90% ou mais não pagarão o 13º salário.
As estradas estão uma calamidade, Sr. Presidente. O Deputado
Doutor Viana falou sobre a BR-135. Quem trafega por essa estrada
sente desespero, vontade de morrer.
O governo anuncia uma nova medida provisória estadualizando
outras estradas. O que já está bom será privatizado agora. Na
Fernão Dias, haverá cinco pontos de pedágio daqui a São Paulo.
Quer dizer, a pessoa terá de pagar aproximadamente R$30,00 para ir
de Belo Horizonte a São Paulo. Aliás, isso está mais ou menos bom,
pois ainda há muitos buracos, mato e falta de sinalização na
estrada. Agora, 80% da malha rodoviária federal encontra-se numa
situação de calamidade pública. As chuvas vieram para terminar o
que já foi feito. Foi um tapa-buraco criminoso.
O Brasil está pobre. Os órgãos internacionais estão levando o que
querem do País. Enquanto o valor do pagamento dos juros e dos
encargos das dívidas é de R$160.000.000.000,00, o da saúde é
apenas de R$40.000.000.000,00. Quer dizer, um quarto do que se
paga hoje aos bancos internacionais é destinado à saúde pública do
povo brasileiro. Por isso se pagam R$2,00 por consulta e R$7,00
por dia de internação em qualquer hospital. Isso é o que está
acontecendo.
Sr. Presidente, se V. Exa. me permite um pouco mais de tempo, é
chegada a hora, após as eleições, de começarmos a repensar. O
Congresso precisa ter altivez, voz forte, e não pode abaixar a
cabeça. Na minha terra, diz-se que, quando a pessoa abaixa muito a
cabeça, termina mostrando os fundos. Eles estão dando com os pés
nos fundos do povo brasileiro. Isso é um desrespeito. Precisamos
de pessoas que nos defendam, questionem e cheguem ao Presidente da
República e lhe digam: “V. Exa. não pode dizer que o pobre tem de
trabalhar mais. O pobre está morrendo de tanto trabalhar, e não
está recebendo o suficiente”. Estamos aí sofrendo. Infelizmente, 1
milhão de trabalhadores municipais de Minas Gerais não receberá o
décimo-terceiro, porque foram enganados. Quer dizer, confiaram,
acreditaram na palavra do Congresso Nacional e do governo federal
de que receberiam 1% a mais do FPM. Eles foram até lá com o pires
na mão e estão aí com o rosto vermelho de vergonha e de tristeza,
porque não receberão esses recursos. O seu Natal será pobre,
minguado, fraco. Os Prefeitos estão sendo qualificados como
vilões. Na verdade, eles foram enganados.
Gostaria ainda de falar sobre a segurança e o plano de governo do
Estado, mas não será possível.
Finalizando, manifesto o pesar desta Casa, que é o do povo
mineiro, pelo hediondo crime ocorrido em Bragança Paulista. Um
casal e sua filha de 5 anos foram seqüestrados, sem nenhuma
possibilidade de defesa, colocados brutalmente no porta-malas de
um carro, no qual atearam fogo, e eles morreram. O Governador
Aécio Neves está muito certo em dedicar nesse próximo governo toda
a sua estrutura no plano prioritário da segurança pública de Minas
Gerais, blindando as fronteiras de Minas para que esses maus
elementos e bandidos não venham para cá. Portanto o governo
precisa ter tolerância zero com essa bandidagem. Parabenizo o
Governador Aécio Neves.
Sr. Presidente, obrigado pela extrema paciência. Na verdade, o
governo está muito certo em fazer essa blindagem do nosso Estado;
dedicar prioridade absoluta à segurança pública, olhando todas as
faces dela, como a questão do policial militar e civil e das
nossas fronteiras; trazer e tornar disponíveis os recursos. Não
queremos que, em Minas Gerais, ocorra o mesmo que em Bragança
Paulista, o que chocou o mundo. Essa notícia foi veiculada em
todos os meios de comunicação do País e do exterior. Vejam que
covardia prender um casal com uma criancinha de 5 anos no porta-
malas de um carro e atear fogo, sem possibilidade alguma de
defesa. Os caras-de-pau aparecem na televisão com o braço e o
rosto queimados dizendo que não sabem de nada, negando tudo. É
preciso forca e pena de morte no Brasil para esse povo que comete
esse crime hediondo. Infelizmente somos obrigados a fazer esse
desabafo.
O Deputado Zé Maia (em aparte)* - Sr. Presidente, Srs. Deputados,
agradeço a concessão da palavra e cumprimento o Deputado Carlos
Pimenta pelo sóbrio discurso que fez da tribuna desta Casa. Lendo
hoje nos jornais sobre esse crime hediondo de Bragança Paulista, e
V. Exa. fala sobre ele da tribuna, lembrei-me de uma decisão de
uma das mais altas Cortes de Justiça deste país, o STJ, que
flexibiliza a aplicação das leis que tratam de crimes hediondos.
Fico triste quando vejo, num país como o Brasil, algumas decisões.
O STF, vez por outra, toma decisões que assustam o País. Quando as
Cortes maiores da Justiça brasileira, como o STJ, o STF, tomam
decisões como a de flexibilizar, Deputado João Leite, nosso
Presidente aqui hoje, crimes como esse de Bragança Paulista são
atingidos por essa lei, que foi feita para elementos como esse.
Num País em que não há pena de morte nem de prisão perpétua, não é
possível não ter uma decisão mais firme, mais forte que dê ao
bandido a clara noção de que o crime não compensa. Então, Deputado
Carlos Pimenta, é importante a provocação de V. Exa. É bom
lembrarmos sempre que o País tem de sinalizar para os bandidos que
o crime não compensa. Isso é possível com leis sérias e firmes.
Não é possível ser flexível com pessoas como essas que pegam o
trabalhador e queimam o marido, a mulher e o filho. É
profundamente lamentável que tenhamos ainda nesta Nação cortes que
dêem guarida a criminosos hediondos. Essas atitudes são
profundamente lamentáveis.
Concordo também com o Deputado Carlos Pimenta quando fala das
ações de segurança pública em Minas Gerais. Acho que nesses quatro
anos, Deputados João Leite e Célio Moreira, temos muito a
comemorar, embora tenhamos de fazer aqui um parêntese ao lembrar
que o governo federal ficou devendo muito a este Estado no repasse
do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Aqui temos de comemorar a integração das polícias, que era um
sonho antigo e que se tornou realidade agora com o Governador
Aécio Neves. Temos também de comemorar a criação da Guarda
Penitenciária, retornando os policiais a suas reais funções,
deixando aos Agentes Penitenciários a guarda das cadeias. Trata-se
de um processo que se está iniciando, mas tenho certeza de que
haverá de se consolidar.
A construção de penitenciárias nesses quatros anos foi o dobro do
que se construiu em toda a história de Minas Gerais. É, portanto,
um avanço extremamente importante.
Destacamos também o programa Cinturão de Segurança, que protege
as fronteiras do Estado de Minas Gerais, minimizando, impedindo e
dificultando que o crime de outros Estado adentrem no Estado de
Minas Gerais.
Portanto, acho que há o que comemorarmos, e muito, na área de
segurança pública em Minas Gerais.
Fica o registro de que o STJ tem uma enorme responsabilidade e
haverá de emitir sinais extremamente fortes para que os criminosos
entendam que o crime não compensa. Cada vez que se flexibiliza uma
lei, que se sinaliza para o criminoso que cometer crime no Brasil
é fácil, que não será punido, que não haverá a dureza necessária,
continuaremos vendo situações como essa de Bragança Paulista.
Temos de ser inflexíveis, principalmente para o criminoso
reincidente, hediondo, latrocida, estuprador, seqüestrador. Temos,
todos juntos, de trabalhar duro e firme contra esse tipo de gente,
especialmente as maiores e altas Cortes da Justiça deste país.
Muito obrigado, Deputado João Leite.
O Deputado Célio Moreira (em aparte) - Também lamento muito esse
crime que destaca o Brasil internacionalmente, esse crime
hediondo, lamentável, ocorrido em Bragança.
Sr. Presidente, hoje Belo Horizonte comemora 109 anos. Há várias
festividades na nossa Capital. Belo Horizonte está avançando, com
a Linha Verde, que tem mostrado essa parceria do Governador Aécio
Neves, que gosta de Belo Horizonte e tem dado uma condição melhor
de tráfego para a nossa Capital.
Quero parabenizar o Sr. Fernando Pimentel, Prefeito de Belo
Horizonte, mas gostaria de fazer algumas observações: Belo
Horizonte está completando 109 anos. Acredito que a Prefeitura
possa contribuir mais para a segurança da nossa Capital e possa
ajudar o governo do Estado. Ele, como homem de fácil acesso e de
confiança do Presidente Lula, poderá convencer o Presidente a
enviar recursos para a segurança e ajudar o Estado de Minas Gerais
a combater principalmente o crime organizado.
Quanto ao transporte, há muito o que lamentar, pois Belo
Horizonte completa 109 anos sem metrô. Temos lutado para a
efetivação desse transporte. Foi criada a Frente Parlamentar em
Defesa do Metrô de Belo Horizonte. Nesta Casa, tivemos a Comissão
Especial do Metrô. A Comissão de Transporte debateu várias vezes o
assunto. Hoje estava agendado, na Comissão de Infra-estrutura do
Senado, debate sobre os metrôs das capitais, mas, como o Ministro
da Pasta não pôde comparecer, foi adiado provavelmente para quinta-
feira. Eu, V. Exa., o Deputado Gustavo Valadares e outros
Deputados participaremos dessa audiência para cobrar do governo
federal a garantia de recursos para que o metrô de Belo Horizonte
se torne realidade. São 109 anos sem metrô. Alguns corredores da
cidade já estão parados - Avs. Raja Gabaglia, próximo ao BH
Shopping, Amazonas, Cristiano Machado e áreas hospitalares e
necessitam de intervenção urgente. O metrô seria a solução para as
áreas hospitalar, central, Barreiro e Venda Nova. Com toda a
certeza, o metrô ajudaria bastante.
Hoje, pela manhã, houve eleição para Presidente da Câmara
Municipal. Gostaria de cumprimentar a nova Mesa da Câmara, a ser
presidida pelo nosso amigo Totó Teixeira, que contou com votação
expressiva. O Vereador Totó Teixeira é aliado do nosso querido
Barreiro, cujo 1º-Vice-Presidente é Henrique Braga, parceiro do
PSDB e componente da nova diretoria. Desejo não só ao Vereador
Totó, mas também a toda a Mesa sucesso na nova empreitada. Tenho
certeza de que o Vereador tem total competência para dirigir
aquela Casa. Está registrado, nos anais desta Assembléia, que o
Barreiro, hoje, na linha de sucessão, conta com o Vereador desse
distrito, que muito tem feito na Câmara. Muito Obrigado.
O Deputado Carlos Pimenta - Muito obrigado, Sr. Presidente.
* - Sem revisão do orador.