8ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª LEGISLATURA, EM 8/3/2006 Palavras do Deputado Arlen Santiago O Deputado Arlen Santiago* - Sr. Presidente, Deputado Rêmolo Aloise, Deputadas, Deputados, telespectadores da TV Assembléia, cumprimento todas as mulheres do Brasil, de Minas Gerais, lembrando-me da minha esposa, Laís, e das minhas filhas, Laisinha, Luísa e Lara. Em minha casa, são quatro valorosas pessoas do sexo que está sendo homenageado hoje. Mas o que me traz a esta tribuna é o desejo, que acredito não ser apenas meu, mas de muitos de nós e de muitos cidadãos mineiros, de fazer justiça a um nome, a um grande mineiro, a Walfrido dos Mares Guia. Falo do homem, do empreendedor audacioso e arguto, do homem público sério, dedicado e competente; do Ministro que fez do nada um dos mais importantes e produtivos Ministérios do atual governo federal. É esse homem, de tantos serviços prestados ao Brasil, seja na iniciativa privada - como empresário que acreditou no sertão mineiro, implantando em Montes Claros uma indústria de tecnologia de ponta, única produtora de insulina da América Latina e do Hemisfério Sul, e que criou um pequeno cursinho vestibular e, com ele, construiu um grande complexo educacional -, seja no setor público - em que revolucionou a educação pública mineira, deixando a Secretaria de Educação com reconhecimento até dos seus críticos iniciais -, que, agora, revoluciona e profissionaliza o setor do turismo nacional, transformado em uma das nossas mais importantes fonte de divisas. Esse homem, senhores, é que querem colocar agora sob os holofotes para a execração pública. Sob qual acusação? A de ter colaborado com a campanha de um amigo e ex-companheiro de chapa de governo, o Senador Eduardo Azeredo. Difícil entender as razões de colocar sob suspeita alguém que assinou um cheque nominal para uma empresa e o depositou. Tudo registrado, perfeitamente identificado. Entender que pode haver uma irregularidade em uma operação como essa não é desrespeito apenas com o Ministro Walfrido dos Mares Guia, mas com toda a classe política, com todos nós, simplesmente porque se lança suspeita sobre ela, apenas por envolver homem público. Quantos outros cheques assinados por empresários, profissionais liberais, cidadãos comuns foram depositados na conta dessa empresa? São todos suspeitos? Se Walfrido não fosse Ministro, fosse simplesmente um empresário bem-sucedido como, de fato, é, estaria agora sob suspeita, debaixo dos holofotes do denuncismo? Certamente não; está colocado ali apenas por ser um homem público. Isso tem de acabar no Brasil. Não é possível que se continue a agredir um homem público, sério, apenas por ser um homem público. Que se puna com rigor os que tiveram desvio de conduta, inclusive aqueles que construíram sua carreira simplesmente às custas do denuncismo, mas que se preservem os homens sérios, bem- intencionados deste país. Atitudes assim só afastam os homens da vida pública, abrindo espaço para quem dela quer-se aproveitar. Não tentem arrastar para a lama, onde muitos - inclusive alguns que se postavam como vestais, detentores do monopólio da honestidade - chafurdam, alguém que só tem compromisso de ajudar o Brasil. Walfrido não tem de provar nada. Quem tenta lançar dúvidas sobre ele, sim, precisa antes explicar que sinais de irregularidade pode haver em uma operação que seguiu todas as normas legais. O Brasil não tem o direito de queimar os seus melhores quadros; ao contrário, precisa preservar suas lideranças. E Walfrido é uma das lideranças nacionais de maior expressividade, um grande nome do PTB para o Brasil. Deixem Walfrido em paz. O País precisa dele. * - Sem revisão do orador.