DEPUTADO ANDRÉ QUINTÃO (PT)
Discurso
Comenta sua participação na abertura do V Festival Lixo e Cidadania,
realizado no Município de Belo Horizonte. Comenta a importância do
trabalho realizado pela Associação dos Catadores de Papel, Papelão e
Material Reciclável - ASMARE -, do Município de Belo Horizonte. Comenta
encontro realizado com representantes das creches comunitárias do
Município de Belo Horizonte para discutir a inclusão da educação infantil
na abragência do Fundo Nacional para a Educação Básica - FUNDEB.
Reunião
63ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 15ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 26/08/2006
Página 27, Coluna 1
Assunto MEIO AMBIENTE. DIREITOS HUMANOS. MENOR. EDUCAÇÃO.
Aparteante DOMINGOS SÁVIO.
Legislatura 15ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 26/08/2006
Página 27, Coluna 1
Assunto MEIO AMBIENTE. DIREITOS HUMANOS. MENOR. EDUCAÇÃO.
Aparteante DOMINGOS SÁVIO.
63ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 15ª
LEGISLATURA, EM 22/8/2006
Palavras do Deputado André Quintão
O Deputado André Quintão - Sr. Presidente, Deputado Rogério
Correia, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, Belo Horizonte sedia
hoje - e já aconteceu a abertura - do 5º Festival Nacional Lixo e
Cidadania. Pela manhã, tivemos a presença da Associação Nacional
dos Catadores de Materiais Recicláveis, do Fórum Nacional de
População de Rua, de centenas de catadores de materiais
recicláveis de todo o País, inclusive os de nossa Capital, Belo
Horizonte, representada, na solenidade de abertura, pela D.
Geralda, Presidente da Asmare, e pelo Luiz Henrique, que coordena
nacionalmente o movimento.
Tivemos representantes de órgãos estaduais e a presença efetiva
do governo Lula por intermédio do Ministro do Desenvolvimento
Social Patrus Ananias, da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva;
do Ministro Luiz Marinho e do próprio Prefeito de Belo Horizonte,
Fernando Pimentel.
Esse festival discutirá, até o final da semana, diretrizes,
experiências e políticas públicas que buscam compatibilizar a
erradicação dos lixões, a efetiva implantação de políticas
estaduais, municipais e nacional da gestão dos resíduos sólidos,
com forte participação dos catadores de material reciclável,
principalmente na coleta seletiva a ser estimulada e implementada
em todo o País.
Dessa maneira, busca-se conjugar a coleta, o tratamento e a
destinação final do lixo de maneira adequada, mas incorporando
socialmente essas pessoas e esses trabalhadores que resistiram e
hoje se transformaram em verdadeiros agentes socioambientais,
parceiros da coleta seletiva do lixo, em que dão um exemplo de
como é possível compatibilizar respeito ambiental, desenvolvimento
sustentável e inclusão social.
Fiquei feliz em poder participar da abertura do 5º Festival Lixo
e Cidadania. Acompanhei o movimento dos catadores de material
reciclável desde a sua origem, no final da década de 80, em Belo
Horizonte, com a fundação e a organização da Asmare.
Posteriormente, como Secretário de Desenvolvimento Social de Belo
Horizonte, quando era Prefeito o Ministro Patrus Ananias,
continuei acompanhando esse trabalho.
Com a Dra. Eliana Cátia, Superintendente da SLU, tive a
oportunidade de acompanhar todo o trabalho de reforço e apoio aos
catadores de material reciclável, que eram estigmatizados e
sofriam preconceito por parte dos segmentos insensíveis a essa
causa. Com o indispensável apoio da Arquidiocese de Belo
Horizonte, por meio da Pastoral da Rua, da Cáritas, foi possível
fazer com que o trabalho crescesse, ampliando seus galpões,
organizando os trabalhadores, agregando valor ao produto por eles
coletados, rompendo com o círculo dos intermediários e com a
superexploração. A Asmare de Belo Horizonte é uma referência para
todo o País.
Na Câmara Municipal, tive a oportunidade de ser autor de uma lei
que instituiu a política pública para a população de rua de Belo
Horizonte. Como Presidente da Comissão de Participação Popular,
esta Casa foi sede de uma das edições do Festival Lixo e
Cidadania.
Numa audiência pública da Comissão de Participação Popular,
conseguimos fazer com que a Feam alterasse um inciso de sua
resolução, prevendo que, para efeito de licenciamento ambiental
rumo à erradicação dos lixões e à implantação de aterros
controlados e sanitários, seria precondição a incorporação social
dos catadores de material reciclável. Foi uma grande conquista,
pois precisamos erradicar os lixões em nosso Estado, que possui
aproximadamente 562 Municípios com lixões.
Há seres humanos vivendo nos lixões e dos lixões, situação
inaceitável no atual estágio civilizatório. Ao retirar essas
famílias dos lixões, é preciso tomar o cuidado de incorporá-las
socialmente nos programas voltados para a criança e o adolescente,
como o Peti, no Agente Jovem, Juventude Cidadã. Essas famílias
devem ser incorporadas aos programas de transferência de renda. É
preciso ajudar esse segmento a organizar-se, para estabelecer
parcerias para a eficiente gestão de resíduos sólidos, com o
estímulo à coleta seletiva, nos moldes que a Asmare realiza tão
bem e de maneira tão luminosa em Belo Horizonte.
Além disso, houve a participação da Assembléia numa das edições
do “Festival Lixo e Cidadania”. Eu, o Deputado Laudelino,
representando o Bloco PT-PCdoB, os Deputados Padre João e Biel
Rocha, assim como todos os membros da nossa bancada, conseguimos,
com o apoio da Mesa da Assembléia e de todo o conjunto da
Assembléia, realizar o maior evento institucional desta Casa em
2005, o seminário denominado “Lixo e cidadania”, que contou ainda
com o apoio de 56 entidades. Esse evento foi precedido de 11
encontros temáticos regionais. Foram consolidadas 410 propostas,
que foram encaminhadas ao poder público nos níveis federal,
estadual e municipal. Conseguimos incluir um representante do
fórum estadual “Lixo e cidadania” na comissão que discute essa
política estadual. Encaminhamos as propostas ao Congresso Nacional
porque desde 1991 tramita uma proposta que trata da gestão dos
resíduos sólidos, o marco regulatório dessa política pública no
plano federal. Ao Projeto de Lei nº 203/91 também foram
incorporadas dezenas e centenas de sugestões que emergiram desse
seminário.
Deputado Domingos Sávio, V. Exa., que tem compromisso com essa
política pública, coordenou o encontro realizado em Divinópolis.
Por meio desse seminário e dos fóruns municipais e regionais,
conseguimos estimular a organização dos catadores de material
reciclável e das entidades que trabalham nessa área. Hoje o
Secretário José Carlos Carvalho anunciou, no galpão do meu bairro,
o Pompéia, na Avenida dos Andradas, 7.300, que esse espaço do
governo estadual se transformará em centro de referência de
reciclagem. Dezenas de entidades nacionais e observadores
internacionais, além de Ministros de Estado, estavam juntos aos
catadores. Esta é uma experiência que não tem cor partidária,
emergiu da organização dos catadores e se soma aos esforços do
poder público, nos níveis federal, estadual e municipal. Daí,
nossa alegria, como representante do povo e integrante da
Assembléia, por esse movimento sobre lixo e cidadania.
O Deputado Domingos Sávio (em aparte)* - Obrigado, Deputado André
Quintão. Quero unir-me a V. Exa nessa avaliação, que considero
extremamente positiva. De fato, que a sociedade, por meio da sua
capacidade de organizar-se e articular-se com o poder público,
enfrente e resolva problemas que, ao longo de décadas e séculos,
foram-se avolumando! Esses problemas não afetam apenas a vida de
um ou de outro cidadão. Se não forem enfrentados, destroem, matam
a natureza e a vida. Portanto, entendemos ser fundamental que esse
tipo de ação ocorra de maneira suprapartidária, reunindo os
diversos segmentos do poder público, nos níveis municipal,
estadual e federal.
Como Prefeito de Divinópolis tive a oportunidade de ser parceiro
da sociedade, do cidadão, na organização da Associação dos
Catadores de Material Reciclável de Divinópolis - Ascadi. Naquela
época, articulamos uma visita à Asmare.
Nessa época, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente esse
bonito trabalho, que se iniciava em Belo Horizonte. O Prefeito era
o Sr. Célio de Castro, nosso amigo e companheiro, que, sempre
muito fraterno e solícito, abriu as portas não apenas para
conhecermos o que era realizado pela Asmare, entidade não
governamental - aliás, isso obviamente não dependia da Prefeitura
-, mas também para nos mostrar as parcerias da época entre o
Município e a entidade. Da mesma forma, fizemos em Divinópolis.
Como Deputado Estadual, ao lado dos demais colegas, pude
participar do seminário “Lixo e cidadania”, a que V. Exa. se
referiu. O debate tem produzido resultados. Às vezes, alguns
cidadãos que nos acompanham ou assistem a uma audiência pública ou
a um seminário por meio da TV Assembléia podem pensar que esses
debates são enfadonhos. Pode haver aqueles que jogam palavras ao
vento, mas há debates que produzem resultados concretos.
Certamente esse já está produzindo.
Embora não tenha uma ligação direta, o episódio de hoje tem uma
correlação com essa preocupação do poder público. Desejo louvar as
ações do Sr. José Carlos Carvalho, Secretário de Estado, grande
parceiro, que tem feito todo esforço - aliás, com a destinação de
recursos orçamentários da Secretaria -, para organizar, em
parceria com os Municípios, a sociedade civil, os movimentos dos
catadores de material reciclável, atividade que gera emprego e
renda e trata de maneira mais digna o cidadão que antigamente era
tido como catador de lixo.
Não se deve simplesmente fazer uma referência como essa de
maneira pejorativa. Esse é um cidadão que trabalha com dignidade e
enfrenta uma atividade difícil, mas fundamental para a vida. Por
si só, já seria o bastante e altamente louvável ver alguém
levantar de madrugada para recolher papelão, garrafas e plásticos,
a fim de tirar o seu sustento. Ele está tratando de salvar a vida
do planeta. Além disso, ajuda-nos a preservar os nossos mananciais
de água e oferece condições para que as vias urbanas estejam mais
apropriadas para a nossa vida em coletividade.
Portanto, Deputado André Quintão, são freqüentes não só os nossos
embates, mas também a nossa sintonia nos propósitos de
trabalharmos por Minas Gerais. Somo-me a V. Exa. neste momento.
Podemos dizer que há muito o que fazer. Há muitas cidades onde o
lixo está a céu aberto, existem situações de miséria humana e
muito problema de destruição do meio ambiente. Nesse
enfrentamento, a sociedade civil e o cidadão têm de tomar, cada
dia mais, consciência de que devem não somente debater sobre o
assunto e efetuar cobranças, mas também estender a mão, procurando
oferecer a sua sugestão e disposição de trabalho.
O governo municipal tem um papel fundamental. Não podemos
esquecer-nos de que a Prefeitura, o governo estadual e
naturalmente o federal devem agir de forma direta para enfrentar
esse problema. Compartilho do sentimento de que é um desafio para
todos nós tratar o lixo com a responsabilidade de quem está
lidando com a vida.
Deputado André Quintão, obrigado pelo aparte.
O Deputado André Quintão - Deputado Domingos Sávio, obrigado. O
5º Festival Nacional Lixo e cidadania ocorre exatamente nessa
perspectiva. Há determinadas bandeiras e objetivos que devem ser
assumidos por todos, como poder público e sociedade civil.
A eliminação de 566 lixões em Minas Gerais é um desafio que deve
ser, como a Assembléia já está fazendo, assumido por todos nós. O
objetivo é compatibilizar a coleta seletiva com a educação
ambiental, pois a produção de lixo é muito grande. Cada ser humano
produz, em média, 1kg de lixo por dia. É muito lixo. Muitas vezes,
não reaproveitamos determinados materiais e matérias que são
plenamente reutilizáveis. Isso ocorre até na alimentação. Está
aqui o Deputado Padre João, que é do Consea e pode confirmar isso.
Repetidas vezes os talos das hortaliças são jogados fora, quando
poderiam ser reaproveitados, aliás com um potencial nutritivo
muito grande.
Portanto, estimular a redução da produção de lixo deve ser um
objetivo a ser perseguido. A nossa sociedade é altamente
consumista. O apelo ao consumo e à mercadoria é muito grande, daí
a importância de estimularmos o reúso, a reciclagem, a coleta, o
tratamento e a destinação final do lixo. É inconcebível que, em
pleno ano de 2006, tenhamos ainda centenas de Municípios sem uma
destinação adequada para o lixo. É necessário um forte apoio
estadual e municipal para que esses Municípios se adaptem à
legislação ambiental, mas tratando de incorporar socialmente os
catadores de materiais recicláveis.
Parabenizo aqui, mais uma vez, o Fórum Estadual Lixo e Cidadania,
que está fazendo um excelente trabalho em toda Minas Gerais. Na
semana passada, a convite, estive na cidade de Passos, no Sudoeste
mineiro, num encontro regional desse fórum. Participamos hoje da
abertura, com a presença de várias organizações que tratam de lixo
e cidadania de Municípios mineiros de variadas regiões.
Aproveito a oportunidade para cumprimentar José Aparecido
Gonçalves, o “Cido”, que é um dos organizadores desse festival,
bem como a nossa querida amiga D. Geralda, da Asmare, hoje com seu
trabalho reconhecido internacionalmente. Cumprimento também os
estudantes que estão acompanhando os trabalhos da Assembléia
Legislativa.
Tratarei aqui, Deputado Biel Rocha, de um segundo assunto,
vinculado à educação. Realizamos, em parceria com o movimento de
educação infantil nacional, com o Fórum Mineiro de Educação
Infantil, um encontro, semana passada, com as creches comunitárias
de Belo Horizonte. O objetivo era discutir a inclusão da educação
infantil no Fundo Nacional para a Educação Básica - Fundeb.
Sabemos que hoje o Fundef só financia o ensino fundamental. Há uma
proposta tramitando no Congresso Nacional para multiplicar por dez
o volume de recursos destinado a um novo fundo, o Fundo Nacional
da Educação Básica, que financiaria o ensino médio e o infantil.
Na proposta original, o financiamento se estenderia ao ensino de 4
a 6 anos, ou seja, somente à pré-escola. Houve uma grande
mobilização nacional, para mudar esse quadro.
Aqui, na Assembléia Legislativa, como coordenador da Frente
Parlamentar dos Direitos da Criança e do Adolescente, e com o
apoio dos Deputados de todos os partidos, fizemos um abaixo-
assinado do conjunto da Assembléia, dos militantes da área da
criança e do adolescente, fomos a Brasília e entregamos essa
documentação ao Presidente da Câmara dos Deputados, à comissão
especial que analisa o Fundeb. Conseguimos uma grande vitória: a
inclusão de alunos de até 3 anos.
Então, na proposta, o Fundeb atinge todo o ensino infantil, de
até 6 anos, além do próprio ensino médio. Só que o texto que está
em tramitação hoje no Congresso trata de maneira ambígua a
incorporação da educação infantil conveniada. Há uma interpretação
de que toda a educação infantil será coberta pelo Fundeb e uma
outra de que serão somente as redes estaduais e municipais de
ensino infantil.
Então, estamos apresentando - eu queria contar com a assinatura
novamente de todos os Deputados e Deputadas desta Casa - uma
solicitação ao Presidente e ao relator da Comissão Especial que
analisa o Fundeb no Congresso Nacional, para que deixe explícito
que as creches conveniadas com os poderes públicos municipais
poderão também ser beneficiadas com os recursos do referido Fundo.
Esta é uma primeira iniciativa importante. No dia 4/9/2006, haverá
uma reunião da Comissão Especial, e queremos que fique bem claro
na proposta do Fundeb que, além da rede pública municipal, as
creches comunitárias, que atenderam, antes do poder público, essas
crianças, também sejam enquadradas no Fundeb, desde que atendidos
os requisitos de qualidade e de bom atendimento.
A segunda questão refere-se à subnotificação de estudantes que
temos hoje em Minas Gerais em entidades conveniadas, relativamente
à educação infantil. Precisamos discutir o censo escolar e a
educação infantil. Só temos hoje 10 mil crianças notificadas no
censo escolar como integrantes da rede infantil conveniada. Temos,
só em Belo Horizonte, 23 mil crianças em creches conveniadas, ou
seja, o dobro do número que está valendo para todos os Estados. Já
apresentamos o requerimento nas Comissões de Educação e de
Participação Popular a pedido do Fórum Mineiro de Educação
Infantil, para realizarmos o mais rápido possível uma audiência
pública em que discutamos o censo escolar e a educação infantil em
Minas Gerais. Se a criança está no censo escolar, ela pode receber
a merenda escolar do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Imaginem, crianças que hoje estão em creches que prestam o
atendimento à educação infantil têm o convênio com o poder público
municipal ou estadual, mas que, por um motivo ou outro, não estão
integradas ao censo escolar. Essas crianças, essas entidades e
esses Municípios deixam de receber recursos do Ministério da
Educação, do governo federal e recursos para a alimentação
escolar.
Queremos realizar essa audiência pública para ampliarmos a
abrangência do censo escolar estadual para um maior número de
entidades de educação infantil de crianças que estão em creches
comunitárias em Minas Gerais. Entendemos que isso poderá ampliar o
apoio financeiro dos governos para a área de educação infantil em
Minas Gerais.
A terceira questão já está sendo discutida, mas ficará para as
leis regulamentares do Fundeb, o chamado fator de diferenciação ou
o custo por atendimento, o custo da educação infantil, o custo do
ensino médio. Foi uma grande conquista incorporar o ensino
infantil de crianças de até 3 anos no Fundeb. É necessário que
essa inclusão realmente ocorra e que o valor a ser definido por
criança atendida na educação infantil seja compatível com as
necessidades do atendimento. Precisamos de um atendimento de
qualidade. Sabemos que a educação infantil universalizada ajuda
principalmente as mães trabalhadoras. A entrada da criança pequena
na escola favorece o convívio psicopedagógico, social, lúdico, o
prazer, a formação e a alimentação dessa criança e libera a
família para o seu sustento.
Sabemos que esse é um direito que precisa ser mais enraizado na
cultura dos direitos do povo brasileiro. Não é justo que somente o
filho do rico, o filho do empresário tenha o direito de entrar
mais cedo na escola. É fundamental também que, para aquelas
famílias que assim o desejarem, haja um atendimento para as
crianças de até 3 anos e que a pré-escola seja cada vez mais um
direito de toda criança no Brasil, principalmente aquelas mais
pobres, para que, depois, tenham condições adequadas para seu
desenvolvimento educativo, pedagógico, profissional, esportivo e
social. Daí a nossa convicção de que o Fundeb precisa ser aprovado
pela Câmara Federal e ser aperfeiçoado com essas pequenas
alterações que possam incorporar as creches comunitárias, e que
cada nível de governo faça a sua parte.
Assim, estaremos dando um firme passo na consolidação dessa
cultura de direitos na área da educação, cuidando da criança
pequena, do ensino fundamental, do ensino médio e do sonho do
jovem em atingir a universidade, hoje mais próxima com o ProUni e
com a ampliação das vagas nas universidades federais. Portanto, a
Assembléia Legislativa, mais uma vez, está presente nesse debate.
Como Coordenador da frente parlamentar, sinto-me feliz em poder,
com a ajuda dos Deputados e das Deputadas desta Casa, participar
dessa conquista do povo brasileiro. Muito obrigado, Sr.
Presidente.