DEPUTADO ALENCAR DA SILVEIRA JR. (PDT)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 29/08/2025
Página 90, Coluna 1
Indexação
53ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 27/8/2025
Palavras do deputado Alencar da Silveira Jr.
O deputado Alencar da Silveira Jr. – Sr. Deputado, presidente Tadeu, meu amigo, nós temos uma história nesta Casa: uma história que começou com seu pai e, nessa caminhada, continuou com a chegada de V. Exa. aqui. Eu inicio agradecendo ao amigo, ao parceiro, ao companheiro por essa construção. Quero agradecer a todos os deputados e deputadas, a todos os companheiros e companheiras, a todos os amigos e amigas, aos telespectadores da TV Assembleia, TV que nós criamos há quase 28 ou 29 anos – faz aniversário no dia 30 de novembro.
Eu havia dito ao Tadeu que a gente ia falar só um muito obrigado hoje, mas um muito obrigado de coração. Eu tenho uma caminhada no Legislativo Estadual – tive a oportunidade de escrever para todos e todas do nosso grupo no WhatsApp –, que começou em 1988. São mais de 30 anos, e 31 anos dentro desta Casa, onde a gente sempre fez por valorizar o Poder Legislativo, onde a gente fez uma Assembleia que é exemplo para todas as assembleias do Brasil. Nós temos um quadro de funcionários que… Se eu cheguei aonde cheguei, se eu tive a condição de ter os meus oito mandatos nesta Casa, isso se deve muito aos funcionários desta Casa, aos funcionários do nosso Legislativo, que mostraram, acima de tudo, que este Parlamento tem que ser cada dia mais valorizado. Este é um Parlamento de onde – deste Plenário – saíram projetos que foram exemplos para o Brasil inteiro.
Eu gostaria, mais uma vez, de agradecer a cada um e a cada uma, porque, desde a primeira hora em que estivemos no gabinete, colocamos uma ideia, uma ideia de renovação, de compromisso, para que possamos, dentro do tribunal, dar continuidade ao nosso trabalho, fiscalizando mais, compartilhando mais, ajudando e abrindo as portas ou mostrando o que está certo, como é que tem que ser feito. Tem que ser feito o correto.
Neste tempo, ainda temos vários projetos que estão tramitando nesta Casa, e, antes de tomarmos posse no tribunal, vamos tentar aprová-los aqui. Mas, do fundo do coração, mais uma vez quero falar: muito obrigado. O meu pai me ensinou o seguinte: quem não agradece não merece o que recebeu. Eu estou aqui agradecendo a oportunidade que terei de dar continuação à minha vida pública dentro de um Tribunal de Contas que está mudando, que está se aperfeiçoando, que está se abrindo, que está conseguindo conciliar as ideias. É isso que a gente vai fazer. Podem ter certeza de que o meu mandato no Tribunal de Contas é o mandato de cada um dos senhores e das senhoras, de todos os colegas.
O senhor, presidente Tadeu, com certeza… Eu costumo falar para o Tadeuzinho que nós chegamos aqui ensinando-o. Pegávamos o menino da terra do pequi e falávamos: “Menino, venha cá, vamos fazer assim”. Ele era o deputado mais novo naquela hora. Mas o menino engatinhou, correu e chegou à presidência desta Casa. Hoje é uma das maiores lideranças em Minas Gerais. Sabe conversar com a direita, com a esquerda, com o meio, com todos os deputados. Eu tenho que lhe agradecer. Não vou falar muito, senão vou chorar. Vou deixar para chorar no dia em que for fazer o discurso de despedida.
Eu quero lembrar que todos, neste Plenário, estão convidados para um almoço que eu vou dar lá no Restaurante Popular. Estou marcando o dia certinho para ninguém falar que não pode ir. Eu tenho certeza, sei que vou ter que mudar o meu jeito, mudar algumas ideias que tenho e fazer por onde, mas quero fazer um compromisso com os Srs. Deputados e com as Sras. Deputadas, meus colegas e amigos. Eu faço o compromisso de lealdade, sinceridade e correção, assim como fiz com os meus eleitores até hoje. Aliás, isso começou com os meus eleitores em 1988, nos 10 mandatos consecutivos que tive. Eu nunca vou decepcionar algum dos nossos companheiros aqui e nem o povo mineiro. Esse é o compromisso que faço desta tribuna. Esse é o compromisso que faço com cada um.
Sobre a minha família, quero falar que, hoje cedo, a Francilene me escreveu um negócio bacana. Também quero falar da Júlia e do Arthur. Foi difícil chegar aonde a gente chegou. A gente sabe como é que a gente começou. É por isso que eu quero agradecer. Todos nós temos família, temos filhos, filhas, e só Deus sabe o que passamos na vida pública. Só Deus sabe a falta de atenção! Eu falava muito isso com o João Magalhães. Eu falava: “João, muitas vezes, nós deixamos, e temos companheiros que deixam muito mais…”. Muita gente pensa o seguinte: “Você é deputado!”. Mas eles se esquecem de que a gente não tem fim de semana, não tem sábado, não tem domingo, não tem férias, ou as férias são muito poucas. A gente vive para a população. A população, um dia, tem que entender isso, tem que saber o que é ser deputado.
Eu tive a oportunidade de mostrar o que é ser deputado, o que é ser vereador e o que existe desse lado de dentro. Eu tive oportunidade de mostrar o que a nossa família passa, inclusive na hora em que você está em um telefonema. Aliás, eu costumo falar sobre isso com o Tadeu. Um dia, a professora da Júlia pediu a ela para fazer um desenho da sua família. Eu falava com o Gustavo desde que essa menininha era recém-nascida. Eu falava com ele: “Olhe aqui, Gustavo, o que eu vi hoje”. A Júlia fez um desenho mostrando a sua família. Ela mostrou a nossa família em um desenho contendo a mãe, a Fran, ela, o Arthur, que é o irmão dela, o cachorrinho que tínhamos lá em casa, a Nikita, e o pai com o telefone na mão. São coisas como essa que nos fazem parar e falar: será que é isso? Foi isso que eu vivi por 31 anos dentro desta Casa. São 31 anos de companheirismo e de saber discutir não só a política. A gente precisa ter um bom convívio nesta Casa. Precisamos ter uma boa convivência, porque muitos são… Coloquem no papel: passamos mais tempo com os nossos companheiros aqui… Vou fazer as contas com o deputado Adalclever Lopes. Lá no 23º andar, o Adalclever deixando a presidência da Assembleia, a gente falou: “Você fez as contas de quanto tempo você ficou aqui neste ano? Quanto tempo você ficou aqui? Quanto tempo você passou do lado dos meninos? Quanto tempo você ficou ao lado da família?”. Comece a fazer essa conta. Por isso a gente valoriza esta Casa e esse mandato.
A gente mostra que ser deputado hoje, com rede social, é cada vez mais difícil. Mas a gente não trabalha só em rede social. E, quando vamos tentar o voto de cada um, chegando ao gabinete, pedindo e mostrando, firmamos o compromisso de fazer um bom trabalho no TCE. E tenham certeza absoluta de que isso vai acontecer. Estou embolando, estou falando… Vamos fazer um discurso na hora em que estivermos indo embora, mas hoje estou aqui para dizer obrigado. Muito obrigado pelos votos que a gente teve aqui, os votos que começaram desde o início. Agradeço também aos deputados e às deputadas que não estão aqui. Nós recebemos hoje vários recados por “Zap” de colegas deputados que não puderam estar aqui, hoje, para votar, mas que, de coração, estão presentes. Muito obrigado a todos. Valeu! Contem sempre comigo! Obrigado!